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PESQUISADORES DISCUTEM RECUPERAÇÃO DE ÁREAS, CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E GESTÃO AMBIENTAL DE ESTABELECIMENTOS RURAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2010

(25/08/2010) Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), em parceria com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais, realizaram curso sobre avaliação das atividades de recuperação de áreas, conservação da biodiversidade e gestão ambiental de estabelecimentos rurais na região do Médio Rio Doce, de 17 a 20 de agosto de 2010, na RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra, no município de Aimorés, MG.

Segundo Geraldo Stachetti Rodrigues, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos organizadores, o curso representa uma iniciativa de transferência de métodos de gestão ambiental e proteção da biodiversidade, com foco em estabelecimentos rurais participantes do programa de fomento florestal do IEF. Essa prioridade enfatiza os objetivos definidos no Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade (Probio II), coordenado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com Janaína Mendonça Pereira, Coordenadora Geral do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas do Médio Rio Doce, apoiado pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO), a atividade de pesquisa cooperativa é uma estratégia para o monitoramento das ações de fomento florestal, que envolvem mais de 200 estabelecimentos rurais na região. Essa iniciativa visa recompor corredores ecológicos e promover a conectividade da paisagem, objetivos convergentes do Projeto componente da Embrapa Meio Ambiente no Probio II – Bioenergia e Conservação da Biodiversidade.

“Busca-se verificar os resultados do fomento florestal e da recuperação de áreas degradadas para promoção da sustentabilidade dos estabelecimentos rurais envolvidos. O curso vem oferecer capacitação metodológica da equipe técnica do projeto para a coleta de dados, apoio analítico e para composição dos Relatórios de Gestão Ambiental para os estabelecimentos de referência do projeto”, diz a coordenadora.

Foram disponibilizadas 20 vagas gratuitas para os técnicos do IEF e do Instituto Terra, entidades responsáveis pelos trabalhos de planejamento e implementação das áreas de recomposição florestal. Com base nos conhecimentos adquiridos durante o curso, esses profissionais incluirão procedimentos de gestão ambiental para a conservação da biodiversidade em suas ações, com especial referência ao contexto de recuperação de áreas degradadas e recomposição de Áreas de Preservação Permanente.

No primeiro dia do curso, discutiu-se ecologia, ecossistemas e impactos globais, introdução à ciência de avaliação de impactos, indicadores de sustentabilidade e gestão ambiental de atividades rurais; o sistema APOIA-NovoRural, com detalhamento da abordagem metodológica, dimensões e indicadores, construção de matrizes de ponderação, índices de desempenho ambiental e agregação do índice de sustentabilidade, estudos de casos de gestão ambiental com esse sistema, com ênfase para a Ecologia da paisagem e conservação da biodiversidade.

No segundo dia, o grupo realizou estudos de campo em estabelecimento rural no entorno da Fazenda Bulcão, com prática em levantamento de dados sobre a ecologia da paisagem, procedimentos analíticos de determinação da qualidade das águas e do solo, assim como verificação dos indicadores de valores sócio-culturais, valores econômicos e de gestão e administração.

No terceiro dia, focou-se a interpretação dos resultados, o embasamento do Relatório de Gestão Ambiental e a revisão de conceitos ecológicos aplicados à agricultura, além de debate sobre os indicadores de sustentabilidade estudados. No último dia, foi procedida uma análise crítica dos indicadores e de sua aplicabilidade aos propósitos do Projeto de Recuperação Florestal no Médio Rio Doce.

No transcorrer das próximas semanas, os técnicos realizarão os estudos de monitoramento nos estabelecimentos rurais de referência do projeto, permitindo a proposição de recomendações de práticas e formas de manejo que favoreçam o desempenho ambiental e a conservação da biodiversidade.
Cristina Tordin

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Projeto tem ações que freiam o desmatamento em município do Maranhão

(20/08/2010) Ações do documento O município de Amarante do Maranhão, a 835 quilômetros a oeste de São Luis, terá a chance de sair da lista de municípios da degradação ambiental. Uma ação da Embrapa Meio-Norte no Projeto Arco Verde, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, vai capacitar multiplicadores de informações em tecnologia de produção para gerar emprego e renda no município sem a necessidade de aumentar o desmatamento.

A primeira ação da Embrapa Meio-Norte em Amarante do Maranhão acontece no período de 30 de agosto a 3 de setembro. Os pesquisadores Laurindo Rodrigues e Luiz Carlos Guilherme ministrarão um treinamento sobre produção de peixes para engenheiros agrônomos, veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas do município. Mais à frente, o trabalho da Unidade vai capacitar técnicos em produção de ovinos, leite a pasto e de mudas frutíferas e florestais.

Esses treinamentos buscam uma saída para dezenas de pessoas que perderam o emprego nas 60 serrarias clandestinas que foram fechadas no município pelo Ministério do Meio Ambiente. Laurindo Rodrigues e Luiz Carlos Guilherme estão avançando na ideia de encontrar alternativas de trabalho e renda à população do município, que tem mais de 37 mil habitantes.

Os pesquisadores apresentaram ao Banco do Nordeste os projetos “Melhoria tecnológica da piscicultura na região de Amarante do Maranhão” e “Unidade simplificada para produção de pescado e hortaliças com ênfase na segurança alimentar da Aldeia Gavião em Amarante do Maranhão”.

Com uma área de quase 8 milhões de quilômetros quadrados, Amarante do Maranhão figura, desde 2008, segundo o Ministério do Meio Ambiente, como o município do Estado do Maranhão que mais vem desmatando suas florestas. A área total desmatada no município até 2009, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE, foi de 2.250 quilômetros quadrados.

Em 2008, o Ministério do Meio Ambiente divulgou, baseado em dados do INPE, um ranking com os 43 municípios da Amazônia Legal que foram campeões em desmatamento naquele ano. Amarante do Maranhão estava na 42ª posição. E para fazer o levantamento, os técnicos do INPE consideraram áreas que sofreram corte raso – desmate completo – ou degradação progressiva.

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Especialistas se reúnem no Quênia para discutir pecuária e efeito estufa

(11/08/2010) Especialistas de diversos países se reúnem em Nairóbi, até o dia 20 de agosto Quênia para discutir e apontar alternativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela pecuária. O evento, organizado pelo Instituo Internacional de Pesquisa em Pecuária (International Livestock Researche Intitute – ILRI), terá a apresentação do pesquisador e chefe-geral da Embrapa Acre, Judson Velentim. Ele mostrará as tecnologias recomendadas pela unidade para reduzir o impacto da atividade na Amazônia.

A recuperação de áreas degradadas, a adoção de técnicas de manejo de pastagem e do rebanho, adequadas às condições ambientais dos países tropicais, serão o foco da apresentação de Valentim. “Com essas tecnologias, o produtor pode mandar o animal para o abate com, aproximadamente, 30 meses. A média no Brasil é de 42 meses e isso significa 12 meses a menos de emissões de metano”, afirma.

O plantio de leguminosas e de árvores no pasto, junto com as gramíneas, recupera solos enfraquecidos, acumula carbono no solo e ajuda a reduzir o uso de fertilizantes a base de nitrogênio, como a ureia. Segundo o pesquisador, para fertilizar um hectare, é necessário, em média, 100 quilos quilos de ureia por ano. “Se o produtor puder reduzir essa quantidade com o uso de leguminosas e árvores, ele terá ganhos no aspecto econômico e, principalmente, ambiental. Além disso, essas técnicas melhoraram a qualidade da alimentação e o gado bem nutrido emite bem menos metano e gases”.

O aumento na produtividade, gerado pela adoção de técnicas apropriadas, resulta em economia para produtores rurais e reduz a pressão pela abertura de novas áreas. “Nas propriedades onde temos experimentos, a taxa de lotação é de 2,9 cabeças por hectares, enquanto que a média nacional é de aproximadamente uma cabeça por hectare”.

Workshop

Um dos resultados das discussões do Workshop sobre emissões de gases de efeito estufa pela pecuária será a edição especial do periódico científico “Proceeding of the National Academy of Sciences”, uma das principais publicações de ciência do mundo, com enfoque multidisciplinar e fundada em 1914.

O ILRI, instituição resposável pela organização do Workshop, é uma organização não-governamental de pesquisa científica e capacitação que foca suas atividades na relação entre pecuária e sua contribuição para a redução da pobreza. A instituição atua na África, Sul e Sudeste da Ásia e China.
Priscila Viudes


 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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