20/09/2010
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Companhia
Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) organiza
amanhã (21), Dia da Árvore, o plantio
de 50 mil mudas de árvores típicas
da Mata Atlântica, às margens do Rio
Macacu, no município de Cachoeiras de Macacu,
região metropolitana do Rio.
A ideia, segundo o presidente
da Cedae, Wagner Victer, é “chamar a atenção
da opinião pública e de outras empresas
para o Dia C - Carbono Zero - Rio 2016 e estimular
projetos semelhantes”. Ele afirma que, além
de ser uma forma de cumprir os compromissos do estado
junto ao Comitê Olímpico Internacional
(COI) para as Olimpíadas do Rio em 2016,
o projeto dá início a uma meta da
companhia de plantar 3 milhões de mudas até
2012.
O ambientalista Sérgio
Ricardo, que acompanha o Programa de Despoluição
da Baía de Guanabara desde 1994, ano em que
o projeto foi criado, afirmou que o Rio Macacu é
um dos poucos, entre os 72 rios que despejam água
na Baía de Guanabara, que pode ser considerado
limpo. Ele destacou também que “a recomposição
da mata ciliar é fundamental para se recuperar
a produção de água no Rio de
Janeiro”.
“Nós temos vários
fatores que impactam a Mata Atlântica, como
por exemplo, as queimadas, a soltura de balão,
a criação de gado, que muitas vezes
é feita no entorno das unidades de conservação
sem critério nenhum. No caso das áreas
urbanas, o crescimento urbano desordenado precisa
de ações de planejamento, de controle
ambiental e de fiscalização”, avalia.
O ambientalista avaliou como importante
a iniciativa da Cedae que contará com a participação
dos funcionários da empresa e de presos do
regime semiaberto. Ele lembra que a recomposição
do ecossistema da Mata Atlântica é
uma causa urgente, já que foi o mais desmatado
do país, resultando na preservação
de apenas 7% da mata original em todo o Brasil.
De acordo com a Cedae, o Rio Macacu
é o que despeja o maior volume de água
na Baía de Guanabara. A região onde
ocorrerá o plantio tem forte influência
sobre a água utilizada na Estação
de Tratamento de Laranjal, que abastece os municípios
de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí,
região de influência do futuro Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
A Cedae quer registrar o êxito
no livro mundial de recordes, Guinness World Records,
como empresa que mais plantou árvores em
um só dia às margens de um rio.
+ Mais
Ministério Público
diz que bois piratas continuam em área federal
no Pará
17/09/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério Público
Federal (MPF) no Pará pediu à Justiça
que determine a retirada imediata de gado criado
irregularmente em terra pública, os chamados
bois piratas. Segundo o MPF, dois anos e meio após
a decisão judicial que ordenou a retirada
do rebanho, ainda há bois sendo criados em
uma área federal em Altamira (PA), no entorno
da Terra Indígena Baú, dos índios
Kayapó.
O MPF pede que a Justiça
obrigue a Polícia Federal a cumprir a decisão
e que intime o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
e a Fundação Nacional do Índio
(Funai) a acompanhar a operação.
Até 2008, quando a denúncia
foi feita, a atividade pecuária clandestina
na área havia provocado a devastação
de 6 quilômetros quadrados de floresta. Na
época da ação, o Ibama multou
um fazendeiro em R$ 2,7 milhões.
O pedido do MPF foi encaminhado
à Vara Agrária e Ambiental da Justiça
Federal em Belém.