Panorama
 
 
 

ACRE: INCÊNDIOS REFORÇAM IMPORTÂNCIA DO
PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2010

03 Setembro 2010
Bruno Taitson, de Rio Branco (AC)
De acordo com dados do Governo Estadual, as queimadas no estado do Acre cresceram quase 600% até agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009. O número reflete os efeitos de um dos anos mais secos dos últimos tempos, associado a práticas agropecuárias não-sustentáveis, caracterizadas pelo uso do fogo para a preparação da lavoura ou de pastos.

Porém, nem todas as notícias são negativas. De acordo com o secretário estadual de Extensão Agropecuária e Produção Familiar do Acre, Nilton Cosson, o sistema de monitoramento por satélite mostrou que nenhuma das 2 mil famílias participantes do programa de certificação por boas práticas ambientais havia usado a queima para a lavoura ou pasto em 2010. “Isso mostra que é viável produzir sem uso do fogo e de outras práticas predatórias”, avalia o secretário.

O programa de certificação, coordenado pelo governo com apoio do WWF-Brasil, remunera famílias que conservarem a floresta e recuperarem áreas degradadas dentro de suas propriedades, renunciando ao uso do fogo e outras técnicas prejudiciais ao meio ambiente.

“Em situações de tamanha gravidade como a que vivenciamos atualmente, com aumento dos focos de incêndio no estado, podemos concluir que programas que recompensam quem não queima florestas, lavouras e pastagens são essenciais. A conservação provoca impactos positivos evidentes na saúde da população, nos ecossistemas, na produtividade da economia regional”, salienta Alberto Tavares (Dande), líder do escritório do WWF-Brasil no Acre.

Os impactos das queimadas no Acre são sentidos em diversos segmentos. Hospitais da rede pública apontam o aumento da quantidade de internações por problemas respiratórios. O aeroporto internacional de Rio Branco ficou fechado em diversas oportunidades, provocando atrasos e cancelamentos de voos. Um número maior de acidentes foi registrado nas estradas acreanas, devido à falta de visibilidade ocasionada pela fumaça.

Além das 2 mil famílias participantes do programa de certificação não terem utilizado a queima nos processos produtivos, a prática sustentável também influenciou positivamente os vizinhos. Segundo dados da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), as propriedades ao redor daquelas certificadas também praticamente não queimaram a lavoura este ano.

“Ao ver que o vizinho produz melhor sem queimar, o outro proprietário acaba adotando a boa prática pelo exemplo positivo”, relata Nilton Cosson. “Os resultados são obtidos não pela fiscalização rígida, mas sim pela conscientização coletiva”, conclui o secretário estadual.

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Relatório que aponta valor da biodiversidade para políticas locais é lançado em Curitiba

09 Setembro 2010
Fonte: Pnuma (Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente)
Adaptação: WWF-Brasil
Curitiba, 9 de Setembro de 2010 - Os serviços prestados pelos diferentes ecossistemas do planeta têm um grande valor econômico; eles podem valer até trilhões de dólares. A inclusão desses serviços e valores em políticas públicas pode ajudar as cidades e autoridades a economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida, garantir meios de subsistência da população, gerar empregos e, assim, impulsionar a economia local.

Essa é a conclusão de um estudo internacional intitulado TEEB (sigla em inglês para A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade) para Políticas Locais e Regionais, que foi lançado hoje simultaneamente no Brasil, Bélgica, Índia, Japão e África do Sul.
TEEB é um estudo independente, liderado por Pavan Sukhdev, elaborado pela iniciativa “A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade” sediada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) com apoio financeiro da Comissão Europeia, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Noruega e Suécia. O TEEB para Políticas Locais e Regionais faz parte de uma série de cinco relatórios interligados, que incluem o Relatório sobre Fundamentos Ecológicos e Econômicos, o TEEB para Tomadores de Decisão e o TEEB para o Setor de Negócios.

No Brasil, além do lançamento do relatório, está sendo realizado (dias 9 e 10 de setembro) um workshop para autoridades locais a fim de explorar as descobertas do TEEB no contexto da América Latina e Caribe. O evento, que conta com a presença de Sukhdev, é organizado pela cidade de Curitiba em conjunto com o Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (PNUMA), Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), Fundação Avina, Unilivre e o Programa Global Canopy.

O relatório

O objetivo do relatório TEEB para Políticas Locais e Regionais é proporcionar um ponto de partida para pensar a política local de uma nova maneira. O relatório convida os tomadores de decisão locais a compreender o valor do capital natural em suas regiões assim como dos serviços oferecidos pelos ecossistemas, e considerar os benefícios da natureza na formulação de políticas locais, tais como o gerenciamento urbano, ordenamento territorial e gestão de áreas protegidas.

Com foco na praticidade, o relatório visa estimular as autoridades locais a adotar uma abordagem gradual para avaliar opções que considerem os benefícios da natureza nas ações políticas locais. Essa abordagem inclui: avaliação dos serviços dos ecossistemas e das prováveis mudanças na sua disponibilidade e distribuição; identificação dos serviços ecossistêmicos mais relevantes para questões políticas específicas; avaliação dos impactos das opções políticas sobre diferentes grupos na comunidade.

O relatório destaca a dependência que as cidades têm da natureza, e ilustra como os serviços dos ecossistemas podem oferecer soluções eficazes para os serviços municipais. Mostra também como, no desenvolvimento rural e na gestão dos recursos naturais, os serviços ecossistêmicos com alto valor de mercado muitas vezes são promovidos em detrimento dos serviços de regulação que são igualmente importantes, mas menos óbvios. Investiga, ainda, quadros de planejamento e avaliações de impacto ambiental que podem incluir de forma proativa um forte foco em serviços de ecossistemas e identificar o potencial econômico dessa mudança de abordagem.

Na véspera do lançamento do relatório, o líder dos estudos TEEB, Pavan Sukhdev, declarou: “Toda atividade econômica, assim como o bem-estar humano, seja em um cenário urbano ou não, é baseada em um ambiente saudável e funcional. Os valores múltiplos e complexos da natureza exercem impactos econômicos diretos no bem-estar humano e nas despesas públicas a nível local e nacional”.

Sobre a aplicação do TEEB no Brasil, Sukhdev apontou que o país “possui a maior capacidade biológica do planeta e já está dando passos significativos no sentido de integrar os conceitos de capital natural. Outros países da América Latina, como o Peru, também estão reconhecendo os benefícios de considerar a dimensão econômica da biodiversidade como fator relevante no planejamento público. Esperamos que este Relatório TEEB apoie o fortalecimento da ação a nível local”, afirmou.

Para Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil, o estudo sobre a valoração dos ecossistemas não é um fim em si, mas um ponto de partida. “O estudo avalia os benefícios da manutenção de ecossistemas em relação a intervenções urbanas, por exemplo. É o início de um processo bem informado sobre o valor da biodiversidade para gestores e tomadores de decisão, com indicações de como as políticas locais podem se dar de forma articulada e valorizando a natureza”, disse Hamú.


 

Fonte: WWF-Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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