29/09/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência
Brasil
Brasília - A Amazônia perdeu 210 quilômetros
quadrados (km²) de floresta em agosto, área
equivalente a mais de 20 mil campos de futebol.
Na comparação com agosto de 2009,
houve queda de 23% no ritmo da devastação.
Os números são do Sistema de Alerta
de Desmatamento (SAD), divulgados hoje (29) pela
organização não governamental
Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon).
O Pará liderou o desmatamento
no mês, com 143 km² de floresta derrubada
(68% do total de agosto), seguido de Mato Grosso,
com 24 km² de desmate e do Amazonas, que perdeu
20 km² de vegetação nativa no
período. No Acre, a derrubada atingiu 12
km² de floresta e em Rondônia, 11 km².
Segundo o Imazon, em agosto, o
desmatamento ocorreu principalmente na região
da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém
(PA), nos trechos entre os municípios paraenses
de Itaituba, Trairão Novo Progresso e Altamira.
A derrubada também se concentrou na região
da Terra do Meio Transamazônica, no município
de São Félix do Xingu, também
no Pará.
O monitoramento oficial do desmatamento
na Amazônia é feito pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda
não tem previsão de divulgação
dos números de agosto.
+ Mais
MPF alerta Ibama sobre descumprimento
de licença ambiental de Belo Monte
30/09/2010
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério Público
Federal no Pará (MPF-PA) alertou o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) sobre o descumprimento
das exigências estabelecidas no licenciamento
ambiental da Hidrelétrica de Belo Monte,
no Rio Xingu (PA). Segundo os procuradores, não
estão sendo cumpridas as condições
relacionadas aos povos indígenas, além
de mais 35 ações que tratam de questões
socioambientais.
O MPF notificou o diretor de Licenciamento
do Ibama, Sebastião Custódio Pires,
sobre o descumprimento das condicionantes prévias
do empreendimento. O órgão argumenta
que os responsáveis pela obra não
estão providenciando ações
para retirar os ocupantes não índios
das áreas indígenas afetadas, além
da redefinição de limites e da regularização
fundiárias dos povos indígenas da
região.
De acordo com os procuradores,
nenhuma nova licença ambiental poderá
ser concedida pelo Ibama antes que todas as medidas
sejam cumpridas, conforme prevê a legislação
ambiental brasileira. O Ibama ainda não se
manifestou sobre o posicionamento do Ministério
Público Federal noo Pará.