19/09/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Serviço Florestal Brasileiro
(SFB) começa amanhã (20) uma série
de audiências públicas para discutir
o edital de concessão de
mais 93 mil hectares da Floresta Nacional (Flona)
de Saracá-Taquera, no Pará. As audiências
vão ser feitas nos municípios de Faro,
Oriximiná e Terra Santa, que abrigam a área
da unidade de conservação.
Em 2009, 140 mil hectares da Flona
Saracá-Taquera foram licitados. Com o lançamento
do pré-edital do novo lote, chega a cinco
o número de áreas em processo de concessão,
num total de 770 mil hectares, segundo o SFB.
O lote de 93 mil hectares – equivalente
ao tamanho da cidade de Belém – foi dividido
em duas unidades de manejo. No total, a área
deverá produzir 79 mil metros cúbicos
de madeira por ano. As áreas de castanhal
serão excluídas da licitação
para que as comunidades possam continuar a exercer
a exploração tradicional do produto.
Com a nova concessão, o
governo espera arrecadar pelo menos R$4 milhões
por ano. O valor poderá aumentar durante
o leilão. De acordo com a Lei de Gestão
de Florestas Públicas, os recursos serão
divididos entre os governos federal, estadual e
municipal.
Os contratos de concessão
de terão duração de 40 anos.
Nesse período, o vencedor poderá explorar
a floresta de forma sustentável, garantindo
a regeneração de áreas desmatadas.
+ Mais
Movimento Nossa São Paulo
apresenta plano para reduzir em 25% circulação
de carros na cidade
20/09/2010
Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Movimento Nossa São
Paulo apresentou hoje (20), na Câmara Municipal
de São Paulo, um plano de mobilidade urbana
para reduzir em 25% o número de carros que
circula diariamente na capital paulista. O plano
prevê, principalmente, a expansão dos
corredores de ônibus, investimento em ciclovias
e mudanças em políticas habitacionais.
Na área do transporte coletivo,
o plano defende a construção de 2,4
mil quilômetros de vias reservadas ao tráfego
de ônibus nas principais avenidas da capital
paulista, inclusive nas marginais do Rio Tietê
e Rio Pinheiros. Segundo Ricardo Corrêa, urbanista
do TC Urbes, consultoria que participou da elaboração
do projeto, esses corredores serviriam como artérias
de conexão entre regiões da cidade
com as redes de metrô e trem já existentes.
Essas redes, de acordo com o plano,
ainda seriam ligadas a micro redes de transporte
coletivo que atenderiam bairros de São Paulo.
Pela proposta, os passageiros poderiam usar todas
as formas de transporte coletivo pagando somente
uma passagem.
O sistema de transporte coletivo
seria também conectado a 500 quilômetros
de ciclovias. Nas áreas de cada uma das 31
subprefeituras de São Paulo, seriam construídas
vias reservadas para as bicicletas criando assim
a possibilidade para que habitantes circulassem
dentro de bairros sem usar carro ou ônibus.
“Em vias locais, a prioridade
seria dada às bicicletas e aos pedestres”,
diz Corrêa.
A urbanista Simone Gatti, também
do TC Urbes, afirmou, entretanto, que nada disso
será completamente efetivo sem uma nova política
habitacional para a cidade. Nesta política,
também tratada no plano do Movimento Nossa
São Paulo, estariam previstas medidas para
a “centralização” da capital para
que a população deixasse de ocupar
áreas da periferia e reduzisse seus deslocamentos.
“A habitação interfere
diretamente na mobilidade urbana”, disse Simone.
“Precisamos compactar a cidade, centralizar a população
e descentralizar a oferta de emprego.”
De acordo com as expectativas
do plano de mobilidade, com todas essas medidas,
um quarto da população paulistana
deixaria seu carro em casa. Desta parcela, mais
de um terço passaria a usar os corredores
de ônibus para se locomover.
Isso faria com que a quantidade
de viagens realizadas por dia no sistema de transporte
público aumentasse de 23 milhões para
26 milhões. O uso das bicicletas também
aumentaria.
Em compensação,
São Paulo reduziria em 30% o volume de gás
dióxido de carbono (CO2) emitido anualmente.
Por ano, 391 mil toneladas do gás, que é
um dos causadores do aquecimento global, deixariam
de ser liberados na atmosfera.
O plano de mobilidade, agora,
será entregue a autoridades municipais e
estaduais. O secretário-executivo do Comitê
Municipal sobre Mudanças Climáticas,
Volf Steinbaum, único representante dos governos
presente na apresentação do projeto,
disse que a iniciativa tem propostas interessantes,
mas que precisa ser melhor debatido.
+ Mais
Ipea lança publicação
sobre mudanças do clima
22/09/2010
Da Agência Brasil
Brasília - O Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) lança hoje (22), às
10h, a quarta edição do Boletim Regional,
Urbano e Ambiental.
O documento é dedicado
ao tema das mudanças do clima, com 12 artigos
divididos em economia da mudança do clima,
impactos em atividades agrícolas, aspectos
regulatórios, principais acordos internacionais,
ações de mitigação,
alternativas limpas de desenvolvimento e justiça
climática.
Participaram da elaboração
do boletim 25 autores, entre pesquisadores do Ipea
e especialistas convidados.