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PLANILHA CETESB DEVE SER UTILIZADA NO CÁLCULO DE RISCO À SAÚDE HUMANA E REMEDIAÇÃO EM ÁREAS CONTAMINADAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2010

08/09/2010 - Após ficar disponibilizada por quase um ano para testes, a Planilha CETESB para cálculo de risco e concentrações máximas aceitáveis para o gerenciamento de áreas contaminadas foi objeto de uma oficina de trabalho, na capital, em 03.09, e agora, formalmente, é a principal ferramenta para avaliação dos riscos e definição de metas de remediação para áreas contaminadas no Estado de São Paulo.

Conforme Rodrigo Cunha, gerente do Departamento de Desenvolvimento Institucional Estratégico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, o evento, realizado na sede da agência ambiental, reuniu cerca de 160 especialistas e usuários da planilha, para esclarecer dúvidas e receber sugestões ou críticas, e ao final o resultado foram muito poucas demandas de alteração, o que permitirá a oficialização de seu uso a partir da disponibilização de uma nova versão, em breve, no site da Companhia.

Cunha esclarece que a Decisão de Diretoria - DD 103/2007 estabelece que a Planilha deve ser empregada na avaliação de risco em áreas contaminadas, “entretanto, se alguém quiser utilizar um outro 'software' poderá fazê-lo, desde que empregue os dados que estão inseridos na Planilha”. Além disso, de acordo com ele, a área técnica da CETESB fará a verificação dos resultados com a Planilha e se houver divergências nos resultados prevalecerão aqueles gerados pela Planilha.

Ferramenta única no país

A planilha foi desenvolvida por um grupo multidisciplinar de trabalho especialmente formado e disponibilizada no site da Companhia, em 16.10.2009, para um período de testes pelo mercado especializado, além de ter sido também apresentada numa primeira oficina de trabalho promovida na sede da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, em São Paulo.

De acordo com o engenheiro e geólogo Alexandre Maximiano, da Tecnohidro Projetos Ambientais, principal responsável técnico pelo desenvolvimento da planilha, junto com os especialistas da CETESB, o desenvolvimento da ferramenta levou cerca de 10 meses e considerou bancos de dados toxicológicos, cenários de exposição, legislações específicas e pesquisas internacionais, como a feita junto à Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA). Entre outras utilidades fundamentais, a planilha servirá para a tomada de decisão para intervenção e remediação nas áreas contaminadas. Maximiano afirma que a ferramenta é única no Brasil e deverá ser adotada por outros Estados, como Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, que já têm técnicos sendo treinados para utilizar a planilha.

Para a geóloga Aline Michelle Bernice, da Servmar Consultoria, empresa paulista que atua em toda a América do Sul, a planilha da CETESB “é mais amigável”, explicando que a ferramenta facilitou muito o trabalho dela, pois permite a visualização dos resultados e de dados diversos, de forma bem mais simples em comparação aos softwares comerciais.
Texto: Mário Senaga
Fotografia: José Jorge

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CETESB acompanha coleta de amostras para diagnóstico ambiental da Baixada Santista

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB acompanha, desde 1979, a evolução da qualidade ambiental na Região Metropolitana da Baixada Santista, onde se localiza o Porto de Santos, que é a maior instalação do gênero na América Latina, e o Polo Petroquímico de Cubatão. Ao longo desses anos foram realizados diagnósticos em 1979, 1989 e 1999 para diagnosticar os níveis de contaminação no sistema estuarino de Santos e São Vicente e na Baía de Santos e avaliar os resultados das ações do Programa de Recuperação da Qualidade Ambiental de Cubatão, gerenciado pela CETESB, a partir de 1984.

Em 2009, diante da necessidade de implantar o componente de monitoramento ambiental – “Water Quality Monitoring System” –, previsto no contrato da SABESP com a JICA (Japan International Cooperation Agency) no âmbito do Programa Onda Limpa, a CETESB, por intermédio da Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental, foi solicitada a especificar o trabalho a ser desenvolvido.

Esse componente tornou-se atividade fundamental tendo em vista as questões relacionadas à deficiência em saneamento que causaram e vêm causando, ao longo dos anos, efeitos de degradação significativos sob os aspectos de saúde pública e ambiental dessa região. Dessa forma, pode-se considerar que o acompanhamento da qualidade das águas da região é um importante instrumento para o gerenciamento das ações voltadas para sua recuperação, pois permitirá identificar as principais fontes poluidoras que ainda devem ser devidamente controladas, notadamente as de maior impacto sob o ponto de vista sanitário, visto que as fontes industriais já fazem parte dos programas específicos de controle da poluição da CETESB.

Em 2007, a SABESP deu início ao Programa de Recuperação Ambiental da Região Metropolitana da Baixada Santista – Programa Onda Limpa, no qual estão sendo implantadas várias ações em saneamento, dentre elas, sete estações de tratamento de efluentes e dois emissários submarinos, com investimentos previstos, até 2011, de R$ 1,05 bilhão.

Para a caracterização da qualidade ambiental foram programadas duas fases: a primeira, prevista para 2010, consiste na obtenção de um diagnóstico mais detalhado das condições atuais de qualidade, notadamente dos aspectos bióticos e abióticos do Sistema Estuarino da Baixada Santista. Nessa fase, estão previstas determinações físicas, químicas e biológicas dos compartimentos água, sedimentos e organismos. Além disso, estão sendo amostrados água e sedimento em 24 pontos e organismos aquáticos em onze pontos, nos quais serão determinadas em campo e em laboratório mais de 180 variáveis de qualidade, que visam subsidiar uma análise comparativa com os dados históricos obtidos pela CETESB.

Na segunda fase, planejada para 2011 e 2012, o monitoramento visa acompanhar o reflexo das intervenções do Programa Onda Limpa focando os aspectos sanitários a fim de estabelecer as bases de avaliação quanto à melhoria da qualidade ambiental decorrente dessas intervenções e subsidiar a tomada de decisão dentro do escopo do referido programa. Nessa fase, está prevista a amostragem de água em 41 pontos distribuídos em todos os municípios da Baixada Santista, de Bertioga a Peruíbe. Também está programada a instalação de duas estações meteorológicas, em Santos e Praia Grande, para subsidiar a interpretação dos resultados desse monitoramento.

Nesta semana, a CETESB está acompanhando as atividades de amostragem relacionadas a esse monitoramento, que foi planejado em conjunto com a SABESP e cuja contratação dos serviços referentes às águas salinas e salobras está sob a coordenação da JICA. Esse acompanhamento visa a verificação e validação dos procedimentos adotados pelo consórcio contratado para a realização desse estudo.

A CETESB continuará acompanhando esse estudo, cujos resultados iniciais deverão ser apresentados até o final deste ano, por meio de relatórios que serão divulgados oportunamente.
Fotografia: Diretoria de Tecnologia, Qualidade e Avaliação Ambiental

 


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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