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BRASIL ANUNCIA NOVAS AÇÕES PARA COMBATE À MUDANÇA DO CLIMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

25/10/2010
O Brasil, a partir da implementação do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), reduziu em mais de 70% a taxa de desmatamento na Amazônia nos últimos sete anos. Isto contribuiu com a redução da emissão de 2,9 bilhões de tCO2eq (toneladas de carbono equivalente) até 2009. Esses dados revelam o avanço no compromisso voluntário apresentado pelo País na 15ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15), realizada em Copenhague, no ano passado.

A reunião anual do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas com o Presidente da República, que ocorrerá amanhã, dia 26 de outubro, é a ocasião na qual o Governo Brasileiro, desde 2004, antecipa à sociedade seu posicionamento em relação às negociações internacionais e apresenta os seus resultados e proposições para o futuro na temática da mudança do clima.

Na reunião deste ano, haverá a apresentação de três ações estruturantes: a Segunda Comunicação Nacional à Convenção sobre Mudança do Clima, assinatura do Decreto de Regulamentação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e as diretrizes e ações estratégicas voltadas para cinco setores, reunidos no Sumário Executivo dos Planos de Mitigação, correspondentes aos compromissos voluntários assumidos em Copenhague.

A Segunda Comunicação Nacional apresenta o status da implementação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, no Brasil. O documento apresenta dados sobre os programas e ações relativos à mudança do clima, desenvolvidos até 2010 e inclui o Inventário Nacional de Emissões Antrópicas por Fontes e Remoções por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa, para o período de 11000 a 2005.

O Inventário é um dos principais instrumentos para a definição de ações previstas na Política Nacional sobre Mudança do Clima porque reúne informações sobre as emissões nos diversos setores da atividade econômica. Esse documento avançou em cinco anos além do período estabelecido pelas diretrizes da Convenção que era de 11000 a 2000. O Segundo Inventário atualiza os dados de 11000 a 1994 e apresenta novas informações para o período de 1995 a 2005. Mais de 600 instituições e cerca de 1.200 especialistas de diversos setores - energético, industrial, florestal, agropecuário, de tratamento de resíduos - foram mobilizados para sua elaboração.

A segunda ação é a assinatura do Decreto de regulamentação do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC ou Fundo Clima) que institui o Comitê Gestor do Fundo com o objetivo de administrar, acompanhar e avaliar a aplicação de recursos. O Comitê decidirá sobre a destinação dos recursos para projetos, estudos e empreendimentos de mitigação e adaptação da mudança do clima e seus efeitos.

Esse Comitê será composto por representantes governamentais, comunidade científica, empresários, trabalhadores e organizações não governamentais. O orçamento inicial do fundo previsto para 2011 é de R$226 milhões. O FNMC permite que os recursos já existentes e os previstos na Lei do Petróleo sejam utilizados para adaptação e mitigação da mudança do clima. Além dos recursos oriundos da participação especial nos lucros da cadeia produtiva do petróleo, o Fundo Clima poderá receber recursos de outras fontes, inclusive recursos internacionais, dentre os quais aqueles que venham a ser estabelecidos no âmbito da Convenção do Clima.

A terceira ação traduz-se no Sumário Executivo de cinco planos de ação: dois voltados para prevenção e controle do desmatamento - Amazônia e Cerrado - e três específicos para os setores de energia, agricultura e siderurgia. Esses planos reúnem diretrizes e propostas de ações estratégicas para a redução voluntária da emissão de gases previstos na Política Nacional sobre Mudança do Clima, aprovada em 2009. A elaboração desses planos contou com a participação de diversos segmentos da sociedade representativos dos setores. Os Sumários serão entregues ao Fórum para que sejam discutidos e aprofundados em uma reunião específica, prevista para ocorrer em novembro desse ano.

A reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas vai ainda preparar a estratégia do Brasil na 16ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP16), que se realizará entre 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancun, no México.

Com essas ações, o Brasil se fortalece para consolidar uma posição de liderança nas discussões de emissões de gases de efeito estufa com crescimento econômico e redução da pobreza.

A reunião do Fórum será realizada no dia 26 de outubro, às 10h, no Salão Oeste do Palácio do Planalto, com a presença do Presidente da República. Ao final do evento será concedida uma coletiva de imprensa com os ministros da área e o secretário-executivo do Fórum, no Salão Leste do Palácio do Planalto.

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Ministérios do Reino Unido e do Brasil lançam publicação em Nagoya

Obra destaca importância de promover debate entre as agendas de mudança do clima e de biodiversidade
26/10/2010
No dia 28 de outubro, o Ministério de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (DEFRA, na sigla em inglês) lança publicação sobre a interdependência das agendas de mudanças climáticas e de biodiversidade. Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Interligando agendas: clima e biodiversidade em um planeta vulnerável será anunciada em Nagoya, Japão, durante evento organizado pelo Governo Brasileiro às margens da 10ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica, com a presença das ministras do Meio Ambiente do Reino Unido, Caroline Spelman, e do Brasil, Izabella Teixeira.

De acordo com as ministras, ecossistemas saudáveis e estabilidade climática são essenciais para o bem-estar e o desenvolvimento humano. O texto de abertura da publicação chama atenção para o fato de que questões urgentes estão em jogo, e que impactos irreversíveis são previstos caso não haja ações efetivas voltadas para a sustentabilidade.

"Se não compreendermos as interligações entre as áreas voltadas para o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento, será extremamente difícil conquistar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e eliminar a fome, pobreza e doenças. Ao ameaçar os sistemas naturais, ameaçamos nosso próprio bem-estar e prosperidade", argumentam as ministras no prefácio que assinam conjuntamente na publicação.

A publicação, que traz oito artigos inéditos de especialistas como Pavan Sukhdev, representante especial para a Iniciativa de Economia Verde da ONU, defende também que seja reavaliada a forma de uso, valoração e proteção dos recursos naturais. Para Spelman e Teixeira, criar soluções economicamente viáveis e sustentáveis não será uma tarefa simples. No entanto, é fundamental encontrá-las e fazê-las funcionar.

"Reconhecer o verdadeiro valor da biodiversidade e dos ecossistemas, levando-os em conta em nossas decisões econômicas, poderia encaminhar governos, empresas e a sociedade numa direção de crescimento justo e sustentável", preveem as ministras.

Ação imediata, problema global - Izabella Teixeira e Spelman acreditam que a mudança de pensamento seja um grande passo para ações efetivas: "Embora muitos tenham a impressão de estarem distantes da natureza, para a maioria das pessoas no planeta, a perda de biodiversidade é uma ameaça imediata à vida".

Desta maneira, para as ministras do Meio Ambiente do Brasil e do Reino Unido, um maior debate internacional é necessário. "Acreditamos fortemente que, ao identificarmos e agirmos frente às conexões das agendas de clima e de biodiversidade, poderemos proteger o nosso precioso capital natural, ao mesmo tempo em que nos adaptamos e mitigamos as ameaças das mudanças climáticas", finalizam com esperança de que, ao compartilharem a experiência do Brasil nesse tema, ajudem a contribuir para o debate.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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