Panorama
 
 
 

DESMATAMENTO REGISTRA NOVA QUEDA EM AGOSTO, DIZ MMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

Inpe divulga números 47% inferiores aos registrados no mesmo período do ano passado.
08/10/2010
Paulenir Constâncio (*)
Mesmo com o longo período de seca, que resultou em 28 mil focos de calor em todo o País no mês de agosto, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) registrou uma queda de 47% nas taxas desmatamento na Amazônia em relação ao mesmo período de 2009.

Na avaliação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a redução sucessiva do desmatamento nos últimos dois anos, ''é consequência das ações coordenadas entre o MMA, o Ibama, a Polícia Federal e vários órgãos do governo''. A área desmatada em agosto de 2010 foi de 265 Km2, contra 498 Km2 no mesmo mês em 2009.

''Os índices vêm mantendo uma tendência de queda'', afirma a ministra. O sistema Deter, no Inpe, detecta o desmatamento em tempo real e orienta as ações do governo para frear o desmatamento antes que a área afetada sofra danos ambientais irreparáveis. Na expectativa de Izabella Teixeira, em novembro, quando serão consolidados os dados do Prodes, sistema que registra a derrubada de áreas de até 6,25 hectares, o Ministério do Meio Ambiente espera confirmar a queda ano a ano projetada pelo Deter, que capta a partir de 25 hectares.

Sonegadores - A ministra informou, ainda, que além da repressão em campo, nos locais onde ocorre a derrubada da cobertura florestal, o Governo está cruzando as informações com os dados de sonegação de impostos. ''Os criminosos ambientais são também sonegadores'', avalia Izabella. Isso tem melhorado a capacidade dos órgãos ambientais na hora de identificar e punir com mais eficácia os desmatadores.

A ministra anunciou, ainda, que está praticamente pronto um novo sistema de monitoramento, o Indicar '' Indicador de Desmatamento por Imagens e Radar, que avaliará o desmatamento sob as nuvens. O maior desafio do monitoramento, realizado pelo Inpe desde 2004, era registrar pequenas áreas desmatadas sob o céu nublado, já que a observação feita pelos satélites Landsat e CBRs é visual. Com os dados da agência espacial japonesa, captados pelo satélite Alos, que opera por radar e sem limitações das condições atmosféricas, a captação de áreas em processo de desmatamento, ou desmatadas, será muito mais precisa. O Indicar terá a capacidade de identificar áreas acima de 10 hectares. Em 2010, o novo sistema entrará em operação'', informou Izabella.

Queimadas -Mesmo com o início do período de chuvas, o combate às queimadas prossegue em algumas regiões do País. Um novo balanço divulgado nessa sexta-feira (08) registra 108 mil focos de calor esse ano. Das 304 unidades de conservação administradas pelo ICMBio, 90 foram afetadas pelos incêndios florestais. Segundo o coordenador do controle integrado de combate às queimadas, 32 deles ainda estão ativos, 14 encontram-se sob controle e 42 foram extintos.

Ainda há focos ativos em seis unidades de conservação: Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba, Estação Ecológica Urucuíuna e Parque Nacional de Serra das Confusões, no Piauí, Estação Ecológica Serra Geral, no Tocantins, Reserva Extrativista da Serra do Cachimbo, no Pará, e Chapada Diamantina, na Bahia. A ministra afirmou que há previsões de que os incêndios sejam controlados nos próximos dias.

Apesar de ser considerado elevado, o número de queimadas nos nove primeiros meses de 2010, que chegou a 108 mil, foi o quinto maior dos últimos dez anos. Os anos de 2005 (143 mil), 2004 (142 mil), 2003 (128 mil) e 2007 (114 mil) apresentaram números mais elevados no mesmo período. Mais de 70% dos focos de incêndio ocorreram no Centro-Oeste, no cerrado. A região não apresentava queimadas nessas proporções havia dois anos.

Para acompanhar os dados de monitoramento do desmatamento da Amazônia acesse o endereço:

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=240&idConteudo=10575
(*) Edição: Rafael Imolene

+ Mais

Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal divulga projetos classificados

08/10/2010
As quatro primeiras chamadas de projetos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro, resultaram em 49 projetos classificados entre os 69 que foram submetidos.

Segundo o gerente de Fomento do Serviço Florestal, Marco Conde, "serão apoiados tantos projetos quanto for possível, até o limite dos recursos do FNDF para este ano, que são de R$ 2,2 milhões".

Conde diz que os projetos assistidos serão conhecidos na primeira quinzena de dezembro. É quando deve ser concluído o processo de escolha das instituições que serão contratadas para prestar os serviços de capacitação e assistência técnica previstos nas chamadas.

Foco - Nesta rodada do FNDF, quatro áreas foram contempladas: manejo florestal para comunidades de reservas extrativistas (Resex) na região Norte, para assentados da reforma agrária na Caatinga, apoio a produtores de mudas e de sementes para a Mata Atlântica.

Das propostas aptas, 34 são voltadas ao manejo em Resex. A maior parte veio dos estados do Acre e do Pará, que apresentaram, respectivamente, 18 e 14 projetos; o Amazonas submeteu dois. Na classificação, foram usados critérios como existência de Conselho Deliberativo da Resex, organização social dos moradores e existência de Plano de Manejo aprovado.

Entre os demais projetos classificados, cinco se referem ao apoio para manejo na Caatinga no Piauí. Outros cinco estão relacionados à produção de mudas de espécies da Mata Atlântica e foram apresentados por entidades da Bahia, Pernambuco e Paraíba. Os cinco projetos restantes sobre produção de sementes para a Mata Atlântica contemplam atividades na Bahia e Pernambuco.

A expectativa é de que as entidades que prestarão o apoio em campo estejam contratadas em dezembro e que os serviços tenham início logo em seguida.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal foi instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284/2006) e regulamentado em maio deste ano com a publicação do Decreto Nº 7.167/2010.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.