Panorama
 
 
 

DESMATE NO CERRADO E AGRICULTURA SÃO DESAFIOS DO BRASIL PARA REDUZIR EMISSÕES DE GASES ESTUFA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Outubro de 2010

26/10/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os números do novo inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa, divulgados hoje (26), mostram que as mudanças no uso da terra e florestas – que inclui o desmatamento – ainda são o principal fator responsável pelas emissões do Brasil, com 61% do total. Apesar do alto índice, a proporção já foi maior, e a queda do desmatamento na Amazônia, nos últimos anos, deve reduzir a participação do setor nas emissões totais do país nos próximos levantamentos.

O desafio agora será conter o desmate em outros biomas, principalmente no Cerrado, e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na agropecuária. O alto potencial de emissões do setor está ligado ao lançamento, na atmosfera, de gases como o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) – que são muito mais prejudiciais para o aquecimento do planeta que o dióxido de carbono (CO2).

“A agropecuária, que é a segunda maior fonte de emissões, precisa ser tratada como um desafio. A boa notícia é que já existe tecnologia para começar a discussão de como reduzir as emissões no setor”, disse o consultor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo.

De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, as possibilidades de redução na agricultura são muito maiores que em setores como indústria e energia. “A indústria também é um desafio, mas como a matriz energética brasileira é realmente limpa, os espaços de redução [de emissões] significativa na indústria são menores que o espaço de redução na agricultura”, comparou.

De acordo com o novo inventário, as emissões brasileiras passaram de 1,4 gigatoneladas para 2,192 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente – medida que considera todos os gases de efeito estufa. Depois de mudanças no uso da terra e florestas, o setor que mais colabora para as emissões é a agricultura com 19%, seguido de energia, responsável por 15%. O inventário também contabiliza emissões da indústria e do tratamento de resíduos, responsáveis por 3% e 2% do total nacional, respectivamente.
Edição: Lana Cristina

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Professor defende mudança no padrão de produção e consumo para preservar meio ambiente

24/10/2010
Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O professor da Academia de Ciências da Universidade de Brasília (UnB) Oton Leonards disse que o tratamento que a humanidade dá ao meio ambiente é "o legado que vai ser deixado às gerações futuras". Ele recomenda, por isso, mudança no padrão da produção e do consumo, "como foi receitado pela Carta da Terra", assinada durante a Rio 92, encontro ambiental de que participaram 180 países no Rio de Janeiro. "É inevitável e imprescindível uma mudança de mentalidade para que a humanidade possa sobreviver", afirmou.

O professor fez palestra, na semana passada, na abertura do 1º Fórum sobre Resíduos Sólidos, organizado pela UnB para discutir a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto deste ano.

A PNRS estabeleceu normas para a gestão do lixo, inclusive o tóxico, e prevê penalidades para quem não fizer a reciclagem correta. O fórum marcou a implantação do sistema de coleta seletiva de lixo na universidade, com a criação do programa Recicla UnB.

"A forma de consumo do mundo está nos destruindo, por isso temos que dar vários passos para trás e seguir outros caminhos, baseados em princípios mais humanos, abolindo o sistema de competição e dando lugar à colaboração", disse o professor. Para ele, no futuro, "a humanidade tende a ser entulhada em lixo".

Oton Leonards vê os aterros sanitários como "verdadeiras montanhas invertidas que estão poluindo os rios, por isso é preciso consciência sobre o que está sendo feito". Ao falar sobre as transformações que a terra está sofrendo, ele destacou que são reações advindas dos processos geológicos, climáticos e biológicos.

"Uma simples bactéria pode desequilibrar a terra", disse o especialista. Ele citou o exemplo deixado pelos Guaranis, da época do descobrimento do Brasil, que enterravam os mortos de forma organizada, junto com seus objetos de arte. Para Leonards, as populações tradicionais têm muito o que ensinar no Brasil sobre o trato com o meio ambiente.

A professora Mara Marchetti, do Núcleo da Agenda Ambiental da UnB, destacou que a universidade é signatária da Carta da Terra e que a iniciativa de implementar o programa de reciclagem é "para despertar a reflexão sobre o cuidado com os atos e o consumo" na comunidade acadêmica. Os funcionários vão ser capacitados para a coleta seletiva, com a mobilização também das cooperativas que trabalham nessa área com a UnB.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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