Panorama
 
 
 

BRASILEIROS QUEREM PROIBIÇÃO DAS SACOLAS PLÁSTICAS, REVELA PESQUISA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2010

25/11/2010
Melissa Silva
Sessenta por cento dos brasileiros são a favor de uma lei que proíba o uso de sacolas plásticas. Cinquenta e nove por cento afirmam que o meio ambiente deve ter prioridade sobre o crescimento econômico - em Brasília esse número chegou a 81%. Oitenta e cinco por cento dizem que qualquer mudança que o ser humano cause na natureza provavelmente vai piorar as coisas e 59% acreditam que só com grandes mudanças de hábito e de consumo será possível conservar os recursos naturais.

Esses são alguns dos resultados da pesquisa "Sustentabilidade: Aqui e Agora", realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Synovate e o Wal-Mart Brasil, entre os dias 27 de setembro e 13 de outubro de 2010, em 11 capitais brasileiras: Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP.

Durante o evento de lançamento da pesquisa em São Paulo nesta quinta-feira, dia 25 de novembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, elogiou a iniciativa e disse que os dados devem ser usados para formulação de políticas públicas.

"Não adianta apenas oferecer produtos, é preciso discutir desoneração e respeitar a lógica econômica, porque é necessário criar alternativa para o consumidor com produtos que sejam mais sustentáveis, mas também mais acessíveis", disse a ministra.

O presidente do Walmart Brasil, Marcos Samaha, ressaltou como o estudo mostra a distância entre o discurso e a prática. "Essa pesquisa vai permitir refinar as estratégias para tornar a sustentabilidade algo real e, com isso, transformar a preocupação da sociedade em uma ação efetiva de proteção do meio ambiente", afirmou.

O estudo foi feito para identificar comportamentos, opiniões e atitudes dos brasileiros que demonstrassem maior adesão e maior proatividade no que se refere à proteção do meio ambiente e à adoção de hábitos de consumo mais responsáveis. De forma geral, a percepção dos brasileiros está mais positiva em relação ao meio ambiente, aos hábitos de consumo e às principais formas de contribuição para um futuro mais sustentável.

Esgoto (18%) e lixo (19%) aparecem entre os problemas ambientais urbanos que mais preocupam os brasileiros, mostrando que são bem reconhecidos pela população. A limpeza pública é entendida como uma dificuldade ambiental nos bairros (39%), seguida da ausência de áreas verdes (10%) e da poluição (7%).

Em relação ao que a população está disposta a fazer, as ações preferidas são separar lixo para a reciclagem (66%), eliminar o desperdício de água (63%) e participar de campanhas de redução de energia (46%), apontando alto potencial de adesão a políticas públicas nesses temas.

A pesquisa também procurou saber se as ações de sensibilização realmente chegaram aos cidadãos comuns. É o exemplo da campanha "Saco é um Saco", para a redução de sacolas plásticas, por exemplo, que pegou tanto que mais da metade dos entrevistados apoiam a proibição do uso de sacolas plásticas e quase 70% afirmaram que carregariam suas compras em sacolas de outros materiais. Além disso, os supermercados são vistos como parceiros para a redução de sacos plásticos e pontos de coleta para a reciclagem.

Curitiba se destacou entre as 11 capitais no quesito separação do lixo seco e molhado e os catadores são identificados como principais agentes da coleta seletiva.

Mas os brasileiros não querem colocar a mão no bolso. Se mostram mais dispostos a doar tempo e trabalho comunitário, do que comprar produtos mais caros ainda que mais ecoeficientes, ou contribuir com dinheiro para fundos ou organizações ecológicas.

A pesquisa confirma a percepção de que os problemas ambientais devem ser resolvidos pelo poder público (27%), mencionando em primeiro lugar a prefeitura e em segundo o governo estadual.

A população parece apostar na escola e nas crianças e jovens, como aqueles que terão atitudes mais responsáveis em relação ao meio ambiente e ao consumo. A escola foi eleita com 63% o lugar mais adequado para se fazer educação ambiental.

Sobre a destinação correta de resíduos ainda há muito que se fazer, pois 70% jogam pilhas e baterias no lixo doméstico; 66% descartam remédios; 33% depositam tintas e solventes; 39% descartam óleo usado na pia da cozinha; e 17% possuem lixo eletrônico guardado em casa.

A pesquisa ainda revelou o baixo índice de conhecimento da população sobre as organizações e instituições que cuidam do meio ambiente ou trabalham por alguma causa ambiental. Oitenta e cinco por cento da população não soube citar nenhuma organização espontaneamente. Entre as citadas destacaram-se o órgão público de fiscalização, o Ibama e a organização internacional Greenpeace.

Histórico - O Ministério vem realizando a cada quatro anos, desde 1992, pesquisa nacional que acompanha a evolução da consciência ambiental no País. Os dados da pesquisa "O que os Brasileiros pensam do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável" (MMA-ISER, 1992, 1997, 2020, 2006) revelam que a consciência cresce em todas as classes sociais e regiões brasileiras, mas que ainda existe um abismo entre a preocupação e o comportamento efetivo.

Mais do que isso, persiste a tendência dos brasileiros considerarem como "meio am­biente" apenas flora e fauna, deixando de fora o ambiente humano por excelência que são as cidades.

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Conama compatibiliza meio ambiente com desenvolvimento

24/11/2010
Ana Flora Caminha
"Na história do País, o Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conama, conseguiu compatibilizar o meio ambiente com a necessidade de desenvolvimento", afirmou nesta quarta-feira (24/11) Paulo Nogueira Neto, primeiro secretário especial de Meio Ambiente do Brasil (1973-1985) e primeiro secretário-executivo do Conama, durante a 100ª reunião ordinária do conselho.

"O Conama contribuiu para a instituição da democracia no Brasil e para a consolidação do paradigma do desenvolvimento sustentável, hoje presente em todas as discussões", completou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que prestou homenagem aos atuais conselheiros do Conama - Paulo Nogueira-Neto (Adema/SP), Jairo Cortês Costa (FBCN) e Antonio Alves Almeida (CNTC) presentes na primeira sessão do Conama em 5 de junho de 1984.

A ministra reforçou a importância do Conama como espaço de diálogo permanente entre a sociedade civil organizada e os setores acadêmico, empresarial e governamental e fez um balanço dos últimos oito anos, em que o Conama aprovou 55 resoluções, 10 recomendações e 64 moções.

Durante a manhã também foi feito um debate sobre o Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins e Araguaia entre representantes governamentais e da sociedade civil organizada, que discutiram sobre a integração da questão ambiental ao planejamento ambiental estratégico. Com 920 mil km2, a região da Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins e Araguaia é hoje uma das fronteiras de desenvolvimento do país, abrigando sete milhões de habitantes, 29 milhões de cabeças de gado (14% do país) e 3,46 milhões de hectares utilizados para fins agrícolas.

A 100ª reunião ordinária do Conama continua no período da tarde e se estende até o final da quinta-feira (25/11), com a discussão de moções e de resoluções, com destaque para a proposta de resolução que trata do licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades de significativo impacto ambiental no entorno de Unidades de Conservação ou suas zonas de amortecimento.

O Ministério do Meio Ambiente transmite online a plenária comemorativa, com apoio do Ibama e da equipe do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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