03/11/2010
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em setembro de 2010, a Amazônia
perdeu 170 quilômetros quadrados (km²)
de floresta, de acordo com os números do
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgados
hoje (3) pela organização não
governamental (ONG) Instituto do Homem e do Meio
Ambiente da Amazônia (Imazon).
O ritmo de derrubada foi 21% menor que o registrado
pelos satélites em setembro do ano passado.
Em agosto, o Imazon também
tinha apontado tendência de queda do ritmo
de desmatamento na região. Em 2010, a derrubada
em agosto foi 23% menor que no mesmo mês de
2009.
Mato Grosso liderou o desmatamento
em setembro, com 81 km² de florestas a menos
(48% do total de desmatamento). O Pará vem
em segundo lugar, com 31 km² desmatados, seguido
por Rondônia (23 km²), Amazonas (19 km²)
e Acre (12 km²). Em Roraima e no Tocantins,
os satélites do Imazon registraram apenas
2 km² de novos desmatamentos em cada estado.
Além do corte raso (desmatamento
total de uma área), o sistema do Imazom também
registra a degradação florestal, que
inclui florestas intensamente exploradas pela atividade
madeireira e (ou) queimadas. Em setembro, a degradação
avançou por 500 km², área 147%
maior que a registrada no mesmo mês de 2009.
O monitoramento oficial do desmatamento
na Amazônia é feito pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda
não divulgou os números de setembro.
Este mês, o Inpe também deve anunciar
a taxa anual de desmatamento. A expectativa do governo
é que o número seja o menor dos últimos
21 anos e fique em torno de 5 mil km².
+ Mais
Casas construídas ilegalmente
em Angra e Paraty começam a ser demolidas
05/11/2010
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com base em denúncias feitas
pelo Ministério Público do estado
do Rio em Angra dos Reis e Parati, municípios
do litoral sul fluminense, a Secretaria de Estado
do Ambiente deflagrou hoje (5) uma operação
para combater os crimes ambientais na região.
A prioridade é a demolição
de casas construídas irregularmente em áreas
de proteção ambiental. A operação
tem o apoio do Batalhão Florestal, de técnicos
do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Ibama
e do Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM)
da Polícia Militar.
De acordo com o chefe da Coordenadoria
Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca),
José Maurício Padrone, o grupo vai
atuar na região, por tempo indeterminado,
até verificar todas as denúncias.
Segundo ele, os proprietários das construções
já foram intimados a desocupar os imóveis
e estão cientes da operação.
“Foram comunicados administrativamente e judicialmente.
Não cabem mais recursos e a gente vai destruir”,
enfatizou.
Padrone lembrou que as construções
nessas áreas são prejudiciais ao meio
ambiente porque, além de destruir a mata,
produzem lixo e dejetos que acabam despejados no
mar. Ele informou ainda que as construções
estão em áreas não edificáveis.
A equipe de fiscalização conta com
o auxílio de lanchas e de um helicóptero
da PM.