Publicação: 01/11/2010
- 11:03
A notícia da morte, em agosto passado, de
duas girafas do acervo do
Parque Zoológico do Estado, órgão
executivo da Fundação Zoobotânica
do RS, suscitou uma série de manifestações
contrárias à vinda de novos exemplares
para o Parque.
Desde a sua criação,
em 1962, o Zoológico tem se notabilizado
pelo trabalho que realiza, visando a conservação
de espécies da fauna, seja nativa ou exótica,
algumas, inclusive, ameaçadas de extinção.
Ao longo desta trajetória, a prioridade adotada
pela equipe técnica do Zoo tem sido proporcionar
uma qualidade de vida que atenda às necessidades
de cada espécie, disponibilizando recintos
apropriados e alimentação adequada,
que se aproximem ao máxima de suas áreas
de origem. Hoje o Zoo tem um acervo com cerca de
1000 animais, de 150 espécies, entre nativas
e exóticas. Deste contingente, a grande maioria
nasceu no próprio Zoo, sendo que outras vieram
para o Parque, através de permutas com outros
animais, doações ou aquisições.
No que tange às girafas,
o primeiro exemplar fêmea chegou ao Parque,
em 1974, proveniente de um criadouro da África
do Sul, com registro da chegada, em 1976, de um
exemplar macho, dando inicio, em 1978, aos primeiros
nascimentos em cativeiro desta espécie, totalizando
nove até a presente data. Algumas das girafas
nascidas no nosso Zoo foram permutadas por outros
animais, com outros zoológicos do Brasil,
transação que ocorre com freqüência
entre zoológicos, quando de excedentes de
animais.
Frente à discussão que ora se apresenta
– alguns ambientalistas contrários à
vinda de girafas para o zoológico do Estado
- cabe ressaltar o que segue:
- o novo governo do Estado estará
assumindo nos próximos meses, ocorrendo mudanças
em todas as áreas governamentais, onde o
Parque Zoológico do Estado está integrado.
Por essa razão, a direção da
Fundação Zoobotânica achou por
bem aguardar, para que os novos dirigentes decidam
em conjunto com o corpo técnico do Parque,
quais medidas serão adotadas;
- frente ao exposto será
realizada, nos próximos dias, reunião
com os especialistas do Parque, visando uma posição
técnica frente a este assunto. Entretanto,
cabe salientar que, algumas manifestações
favoráveis, quanto à permanência
de animais exóticos em zoológicos,
vêm ocorrendo, o que torna necessária
uma avaliação criteriosa, baseada
em elementos técnicos e não apenas
emocionais.
É importante que fique
registrado que todos os animais que o Zoológico
recebe não são retirados da natureza,
mas oriundos de criadouros.
Ernani Ruschel Filho,
Presidente da Fundação Zoobotânica
do RS
Fonte: Coordenadoria de Comunicação
Social/FZB-RS