Panorama
 
 
 

RESÍDUOS ELEVAM EM 69% EMISSÃO DE GASES
DO EFEITO ESTUFA NO PARANÁ

Panorama Ambiental
Paraná (PR) – Brasil
Novembro de 2010

10/11/2010
O 'Inventário de Gases de Efeito Estufa/GEE de Resíduos do Estado do Paraná' avaliou a emissão anual do gás metano no efeito estufa entre os anos de 11000 a 2005, considerando os setores de resíduos sólidos (lixo), esgoto doméstico, esgoto comercial e os efluentes industriais.

O crescimento populacional e o consequente aumento na geração de resíduos, bem como a forma de tratamento e disposição dos resíduos estão aumentando cada vez mais a emissão de gases de efeito estufa. Em um intervalo de 15 anos os três setores emitiram 1.542,39 gigagramas (Gg) de gás metano (CH4), sendo que, em 11000, a emissão era de 93,55 Gg e em 2005 aumentou para 129,11 Gg.

O setor que mais emite metano no Paraná é o de resíduos sólidos com 61,7% do total. O esgoto doméstico e comercial é responsável por 28% das emissões e os efluentes industriais emitem 10,3% do total. Estes índices se devem à disposição final dos resíduos - em aterros sanitários - e aos processos de tratamento de esgotos domésticos serem, predominantemente, sistemas anaeróbios, ou seja, sem a presença de ar.

O QUE É - Os inventários traçam o perfil de emissão dos setores, territórios, empresas ou instituições, baseado nos quais se podem formular cenários futuros de emissão e identificar atividades com maior potencial de redução de emissão. É o primeiro passo para reduzir e controlar as emissões, bem como implementar ações para monitoramento do carbono.

'É muito importante saber da iniciativa do Paraná de estar preocupado com a mudança do clima e de saber que estão trabalhando no sentindo de entender suas emissões com um inventário bem feito e bem organizado, para poder pensar políticas públicas que sejam efetivas.', informa o engenheiro Mauro Meirelles de Oliveira Santos, que é revisor dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito-Estufa dos países Anexo I da Convenção-Quatro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC).

Ele esteve em Curitiba para a apresentação do inventário paranaense que integra o 2º Inventário Nacional de Emissões de GEE. 'O grande desafio do Brasil hoje é criar caminhos alternativos para não alterar tanto a atmosfera e, para isso, é necessário quantificar o volume de gases gerado pelos diversos setores da sociedade', disse Meirelles que também integra a equipe responsável pelo Inventário Brasileiro de Gases de Efeito Estufa.

METODOLOGIA - A metodologia usada para calcular as emissões do setor de resíduos é mesma do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC). As informações coletadas para o cálculo das emissões foram quantitativas e qualitativas, com foco nas operações de aterros sanitários, tratamento de esgotos domésticos e efluentes industriais. A publicação apresenta ainda as metodologias de cálculo de sua evolução por subsetores no período estudado, além da indicação de ações que contribuiriam para melhorar a situação das emissões no setor.

De acordo como secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, além de controlar a emissão de gases, o objetivo do inventário é criar políticas e medidas que visem combater a geração de efeitos futuros. 'O inventário também surge como uma medida preventiva para os próximos anos, com a função de auxiliar no controle do lançamento de resíduos que causam o aquecimento global', declara.

Entre os critérios avaliados na metodologia estão empregos de dados da população, geração de resíduos, qualidade de alocação dos locais de armazenamento de resíduos, tecnologia aplicada para o tratamento de resíduos e tudo que envolve a gestão de resíduos no local.

O apoio técnico para elaboração do inventário foi da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. 'A Cetesb poderia usar dados do IBGE ou outros estudos, mas os dados locais sempre terão melhor qualidade e serão mais precisos. Por isso, o trabalho do Paraná tem esta importância e o estudo de autoria do estado fará parte do inventário nacional', afirmou o gerente da divisão de Questões Globais da Cetesb, João Wagner Silva Alves.

A coordenadora do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas da Secretaria, Manyu Chang, diz que os estados devem mapear e monitorar as suas áreas de vulnerabilidade no clima para prever ações de mitigação. Segundo ele, o inventário paranaense é apenas uma das ações do Governo do Paraná. 'Trabalhamos para capacitar os municípios paranaenses para que elaborem os seus inventários de emissão de gases e proponham ações locais. Além disso, a sensibilização e educação da sociedade também tem papel fundamental na elaboração da política estadual de mudanças climáticas', disse. Ao todo, nove municípios do estado promovem ações na párea de mudanças climáticas, sendo que o projeto piloto foi implantado na Lapa.

O Inventário das Emissões foi feito pela Secretaria do Meio Ambiente e suas autarquias (IAP, Suderhsa e ITCG), em parceria com a Sanepar, Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (Conresol) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR). A articulação institucional foi do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais e o apoio metodológico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e da Rede Nacional de Inventários de Gases de Efeito Estufa de Resíduos.

Através do site www.forumclima.pr.gov.br/ é possível obter mais informações sobre o Fórum e sobre o tema Mudanças Climáticas.

Abaixo tabela com o somatório referente à emissão de gases por ano, no intervalo de 11000 a 2005.

Tabela 1 - Total de Emissão de CH4 referentes aos setores de resíduos sólidos, efluentes domésticos e efluentes industriais para o Estado do Paraná, de 11000 a 2005
Fonte: AEN

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IAP proíbe pesca nos rios do Paraná para garantir reprodução dos peixes

09/11/2010
De acordo com a portaria, fica proibida a pesca, seja ela subaquática, com ou sem embarcações, nos rios com afluência direta ao reservatório de Itaipu, bem como, nos rios Tibagi e seus afluentes Arroio Guaçu, Piquiri, Ivaí, Ocoí, São Francisco Falso, São Francisco Verdadeiro, Rio das Cinzas e Rio Laranjinha e no entorno de Unidades de Conservação. Também fica proibida a pesca a menos de 500 metros de desembocaduras de rios e lagoas e até 1,5 mil metros a montante (acima) e a jusante (abaixo) das barragens de reservatórios de usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras.

'Durante este período também fica proibida a captura, transporte e armazenamento de espécies nativas, inclusive para fins ornamentais e a utilização de qualquer animal como isca, incluindo peixes e pesca subaquática', explica o presidente do IAP, Volnei Bisognin.

O produto da pesca oriundo de locais com o período de defeso diferenciado ou de outros países, deverá estar acompanhado de comprovante de origem, sob pena de apreensão do pescado e dos equipamentos utilizados na pesca.

PERMITIDO - A pesca será permitida sem o uso de embarcações nos rios em que não haja proibição. Também fica liberada a pesca nos reservatórios artificiais, aquicultura ou pesque-pague, devidamente autorizados pelo Ibama, Ministério da Agricultura e IAP, segundo critérios como emprego dos seguintes aparelhos: linha de mão, caniço, vara com molinete ou carretilha e iscas naturais e artificiais.

Para a captura e transporte de espécies não nativas e híbridas não há limite de cota. Já para as espécies nativas o limite é de 5 quilos de peixes mais um exemplar, nos locais onde a pesca é permitida. As atividades de pesca que estiverem em desacordo com a portaria podem acarretar em multas que variam entre R$ 700 e R$ 50 milhões.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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