22/12/2010 Durante as festas de
Natal e Ano-Novo o consumo e a geração
de resíduos aumentam em até quatro
vezes. Pensando na sustentabilidade ambiental do
Paraná, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos traz algumas dicas para que a população
fique atenta ao consumo em excesso e colabore com
os agentes ambientais que atuam nos municípios,
coletando materiais recicláveis, pois a renda
destas famílias pode aumentar bastante se
a reciclagem domiciliar for feita de maneira correta.
De acordo com o Programa Desperdício
Zero - coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos - uma das ações
mais importantes é separar os resíduos
secos dos resíduos molhados. 'Os resíduos
orgânicos como, por exemplo, restos de alimentos
nunca devem ser dispostos na mesma lixeira onde
estão latas, plásticos e papelão.
Este tipo de material deve ser previamente separado
e limpo pela população para que possam
ser comercializados com um bom valor de mercado
pelos coletores', explica o secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge
Augusto Callado Afonso.
Materiais como plástico,
papel, papelão, latas, caixas e garrafas
devem ser colocados para a coleta seletiva em sacos
separados, se possível. Nos municípios
onde existem cooperativas de coletores, a prefeitura
encaminha o material reciclado diretamente para
estes locais ou, no caso de materiais não
reaproveitáveis, eles são enviados
para o aterro sanitário para o descarte correto,
evitando a poluição do meio ambiente.
Já nos locais onde ainda
não existem cooperativas formadas, os coletores
são os responsáveis pela coleta domiciliar
e, muitas vezes, são obrigados a separar
os resíduos orgânicos do material reciclado
que pode ser vendido a empresas que reutilizam o
material.
'Se os resíduos estiverem
sujos, o preço de venda cai pela metade.
Por isso, as pessoas devem pensar que ao separar
o lixo em suas casas, também estão
ajudando a fazer a inclusão social dos agentes
ambientais', destaca o coordenador do Programa Desperdício
Zero da SEMA, Laerty Dudas.
Ele lembra, que a grande maioria
dos municípios paranaenses possuem agentes
ambientais trabalhando na coleta seletiva ou em
cooperativas. Outro ponto importante ressaltado
por Dudas, é a importância da reciclagem
para o combate a pirataria e a comercialização
de produtos ilegais.
'Ao prensar os resíduos
as cooperativas descaracterizam as embalagens, evitando
que elas sejam reutilizadas novamente com produtos
falsos. O mais caro para o comerciante de produtos
piratas é a embalagem, ou seja, as cooperativas
e os agentes ambientais ajudam a indústria
a combater a pirataria, fazendo com que o consumidor
compre um produto original', menciona Dudas.
Incentivar a logística
reversa é uma das principais ações
da Secretaria do Meio Ambiente, por meio do Programa
Desperdício Zero. Com isso, fabricantes estão
atuando em parceria com as Associações
de coletores. A iniciativa está gerando negócios
entre indústria e as cooperativas e reduzindo
o passivo ambiental e os gastos dos municípios
com a disposição dos resíduos.
'A reciclagem é sempre
uma boa alternativa para encaminhar o grande volume
de caixas e embrulhos de presentes que sobram após
o Natal ou as garrafas de bebidas após as
festas de Ano Novo', finaliza o secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge
Callado.
BOX - Veja a seguir o que é
possível fazer para consumir com maior consciência
ambiental e ter uma vida mais sustentável
durante as festas de final de ano.
- Ao comprar, preferir artigos
sustentáveis e com o menor número
de embalagens.
- Dê preferência às
marcas e lojas preocupadas com as questões
ambientais.
- Rejeite as sacolas plásticas
oferecidas pelos estabelecimentos.
- Leve sua própria sacola
quando for às compras de Natal, feira ou
supermercado.
- Se for trocar de computador,
prefira um notebook. Ele consome menos energia que
um computador de mesa.
- Compre localmente, evitando
deslocamento ao ir às compras e evitando
a emissão de gás carbônico na
atmosfera.
- Ao organizar uma festa, evite
o uso de pratos, talheres e copos descartáveis.
Sujos, eles não são reaproveitados
totalmente. Além de mais barato, utilizar
louça convencional é bem mais sustentável.
- Evite o uso de balões
e outros enfeites descartáveis. Procure decorar
o ambiente com artigos como travessas, vasos, flores,
folhas e tecidos.
- Descarte corretamente as embalagens
vazias, limpando-as e separando-as por tipo de resíduo.
Papelão, plástico, alumínio…
cada um tem seu lugar.
- Antes de comprar, pense se você
realmente necessita daquele item. Atuar como educador
ambiental é ajudar a reduzir o impacto ambiental
sobre o planeta e garantir uma vida melhor em sociedade.
Fonte: AEN
+ Mais
Resolução fará
eliminação gradativa da queima da
cana-de-açúcar no PR
21/12/2010 O secretário
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge
Augusto Callado Afonso - juntamente com o presidente
da Associação de Produtores de Bioenergia
do Estado do Paraná (Alcopar), Miguel Rubens
Tranin, assinou nesta terça-feira (21) a
resolução n° 076/2010-SEMA que
prevê a eliminação gradativa
da despalha da cana-de-açúcar através
da queima controlada em todo o Paraná.
De acordo com a nova resolução,
os plantadores de cana-de-açúcar -
que utilizam a queima controlada como método
para a despalha - serão obrigados a eliminar
a prática, nas áreas mecanizáveis
nos seguintes prazos e percentuais: até 31
de dezembro de 2015 deverá ser eliminada
a queima da cana em 20% do total da área
mecanizável do plantio; até 31 de
dezembro de 2020, a queima da cana deverá
ser eliminada em 60% do total da área mecanizável
e até 31 de dezembro de 2025, os produtores
terão que eliminar 100% da queima em área
mecanizável do plantio da cana de açúcar.
O secretário do Meio Ambiente,
Jorge Augusto Callado Afonso, disse que a medida
se deve à preocupação com o
aumento da poluição atmosférica,
causada pela despalha da cana-de-açúcar,
através da queima.
'Esta atividade reflete sobre
a sociedade, a economia e o meio ambiente. Por isso
vimos à necessidade de uma estratégia
para controlar e reduzir de forma gradativa e equilibrada
a emissão de gases provenientes da queima,
preservando e recuperando a qualidade do ar nas
regiões onde ocorre o plantio', declara o
secretário.
Segundo ele, os prazos podem ser
mais curtos, desde que haja evolução
da tecnologia e de outras formas de inclusão
social dos trabalhadores que atuam na atividade.
São consideradas áreas
mecanizáveis plantações em
áreas acima de 150 hectares, com declividade
igual ou inferior a 12%, além de solos com
estruturas que permitam a adoção de
técnicas usuais de mecanização
da atividade de corte da cana.
Já nas áreas não
mecanizáveis - plantações em
áreas de até 150 hectares - a utilização
da queima controlada deverá ser eliminada
até 31 de dezembro de 2030, desde que haja
tecnologia viável.
CONTROLE - Os plantadores de cana
deverão apresentar ao Instituto Ambiental
do Paraná - 30 dias antes do início
da safra - uma planilha contendo o total dos imóveis
rurais com áreas cultivadas, o percentual
de áreas mecanizáveis e o percentual
de áreas não mecanizáveis.
A medida servirá para controle
dos percentuais relativos as datas de eliminação
da queima controlada.
Além disso, a resolução
prevê que os plantadores de cana-de-açúcar
terão que respeitar as Áreas de Preservação
Permanente e os percentuais mínimos em áreas
de Reserva Legal, dentro dos limites e confrontações
de cada imóvel rural das áreas mecanizáveis
ou não.
O não cumprimento da resolução
poderá resultar em sanções
penais e administrativas previstas na legislação
federal, estadual e municipal.
Fonte: AEN