Panorama
 
 
 

ONGS PROTESTAM E CHAMAM LICENÇA PARCIAL DE BELO MONTE DE CRIME DE RESPONSABILIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2011

27/01/2011
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um grupo de 60 organizações não governamentais socioambientalistas divulgou hoje (27) uma nota de repúdio à concessão da licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), emitida ontem (26) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e que autoriza a instalação do canteiro e outras obras preparatórias.

Para as entidades, a licença parcial é “o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou”. Na nota, a hidrelétrica é citada como um “enorme predador” que será instalado às margens do Rio Xingu.

O grupo critica a ausência de garantias do projeto para evitar o desequilíbrio social e ambiental na região. “Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveriam nos proteger”, diz o texto.

As lideranças argumentam ainda que o Ibama não levou em conta opiniões contrárias à construção da hidrelétrica antes de conceder a licença parcial. Ontem, em nota, o Ibama disse que a liberação se deu com base em critérios técnicos e que autoridades e organizações da região foram ouvidas.

“De que adiantou falarmos? Não fomos ouvidos, e ainda transvestem nossos protestos em “diálogo” para legitimar uma aberração engendrada para retribuir favores a financiadores de campanha”, questionam as entidades no protesto.

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) também reagiu à concessão da licença parcial e deve entrar com uma nova ação na Justiça questionando o licenciamento ambiental de Belo Monte.

Em novembro de 2010, o MPF enviou ao Ibama uma recomendação para que o órgão não fragmentasse o licenciamento de Belo Monte com a concessão da licença de instalação parcial.

Formalmente, a legislação não prevê a emissão de licenças parciais. O processo regular se dá em três etapas: a licença prévia – que atesta a viabilidade da obra; a licença de instalação – que libera o início da construção; e a licença de operação – que autoriza o funcionamento do empreendimento.

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Diretora do Ibama diz que licença para Belo Monte teve por base cinco pareceres técnicos

31/01/2011
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretora de Licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Gisela Forattini, disse hoje (31) que a licença de instalação parcial para a Usina de Belo Monte foi concedida com base em cinco pareceres técnicos.

"Vimos essa licença como algo de uma forma absolutamente tranquila, embasada em cinco pareceres técnicos. Fizemos uma série de reuniões, mais de 20. Fizemos também uma vistoria enorme da área, alem de termos nos reunido com mais de 100 representantes de diversas instituições ", afirmou, durante o EnerGem LatAm 2011, conferência regional sobre geração de energia.

A licença, concedida na quarta-feira (26) pelo Ibama, autoriza a construção de canteiros de obra próximos ao Rio Xingu, acampamento e aberturas de estradas de acesso ao local, embora o Ministério Público Federal no Pará questione a medida. Segundo o órgão, a obra foi permitida antes do cumprimento das condicionantes socioambientais.

Durante o evento, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, defendeu as condicionantes que, segundo ele, vão levar desenvolvimento sustentável à região, reafirmando que o empreendimento "tem que cumprir tudo o que está na lei".

"Pelo que conheço do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama, é que eles não fariam nada contra a lei, porque antes de fazer qualquer coisa, têm o suporte da Advocacia-Geral da União (AGU). Não acredito que nada será feito ao arrepio da lei", afirmou.

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Diretora de Licenciamento do Ibama nega pressões para liberar obra de Belo Monte

31/01/2011
Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Gisela Forattini, disse hoje (31) que as condicionantes socioambientais exigidas para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estao sendo cumpridas. A diretora, que participou do EnerGem LatAm2011, congresso do setor de geração de energia, no Rio de Janeiro, negou qualquer tipo de pressão política para liberar a obra.

Ela explicou que para liberar a instalação do canteiro de obras, 24 medidas de um total de 40 foram cumpridas, entre elas, início das obras de uma escola e da rede de abastecimento de água em Altamira (PA). Além disso, Forattini destacou que o Ibama acrescentou mais 15 condicionantes à lista, que devem ser cumpridas para liberação de outras partes da obra, no contexto da licenca de instalacao, aprovada no último dia 29.

Embora o Ministério Publico Federal no Pará questione o desmembramento da licenca de instalação, a diretora explicou que a parte jurídica do Ibama não "avaliou problema algum" e que medida que ja foi adotada em outros empreendimentos. "O Ibama trabalhou dentro da normalidade [para conceder a licenca]. Avaliamos aspectos positivos e negativos, sem paixão. Assim acontece o licenciamente ambiental", disse ela.

A diretora negou qualquer tipo de pressão política sobre o órgão para liberar a obra e afirmou que o ex-presidente do Ibama Abelardo Bayma deixou o cargo por questões pessoais. "O Aberlado já disse e a carta de demissão dele é bem clara, ele saiu por questões pessoais. Nao existe nexo causal", assegurou.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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