17/01/2011
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O metamidofós, agrotóxico
usado nas lavouras brasileiras, principalmente nas
de cana-de-açúcar, soja e algodão,
vai sair do mercado gradualmente, segundo o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Portaria publicada hoje (17) no Diário Oficial
da União informa que o uso do produto será
proibido a partir de dezembro de 2012.
De acordo com a portaria, em 120
dias estará proibida a importação
e produção do inseticida. Sua formulação,
no entanto, será permitida por mais um ano
e a comercialização, até novembro
de 2012. A decisão do governo foi tomada
depois que uma reavaliação do agrotóxico,
feita pelo ministério, Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) e
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), constatou que
seus benefícios não compensam os riscos
à saúde.
Desde 2004, o inseticida foi proibido
para pequenas culturas, nas quais é mais
comum o uso de aplicador costal, manualmente. “A
medida segue uma tendência mundial de suspensão
de uso do produto. O governo tem dado prioridade
aos defensivos menos tóxicos e que, ao mesmo
tempo, sejam eficientes no controle de pragas”,
afirmou o coordenador-geral de Agrotóxicos
do Mapa, Luís Eduardo Rangel, por meio de
nota. Segundo ele, o produtor já pode optar
por outros agrotóxicos com a mesma finalidade
do metamidofós, autorizados pelos órgãos
sanitárias do país.
Atualmente há seis produtos
registrados no Mapa com o agrotóxico metamidofós:
Metafós, Matamidofós Fersol 600, Metasip,
Stron, Stron 600 SL e Tamaron BR. O site do Mapa,
na página de consulta de ingrediente ativo,
informa que o inseticida é autorizado para
as culturas de algodão, amendoim, batata,
feijão, soja, trigo e tomate – no caso deste
último, ele é empregado apenas para
o tipo rasteiro, com fins industriais.
Ainda de acordo com informações
veiculadas no site do ministério, “para todas
as culturas, o uso [do inseticida] deverá
ser exclusivamente via trator, pivô central
ou aérea”.
Edição: João Carlos Rodrigues
+ Mais
Tambores com produto tóxico
são abandonados em terreno de município
da Baixada Fluminense
05/01/2011
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Fiscais do Serviço de Operações
em Emergências Ambientais do Instituto Estadual
do Ambiente (Inea) estiveram no município
de Queimados, na Baixada Fluminense, para verificar
o conteúdo de 21 tambores contendo substâncias
químicas, que foram descartados em um terreno
abandonado na noite da última segunda-feira
(3), no bairro Vila Americana, na localidade conhecida
como Arranca Toco.
O Inea ainda não identificou
a substância química contida nos tambores,
mas alertou para o fato do produto ser tóxico.
Os fiscais que estiveram no local constataram que
10 galões haviam sido levados, provavelmente
por moradores da região. Os 11 tambores deixados
no terreno estavam danificados e vazavam um líquido
que foi coletado para análise no laboratório
do Inea.
A Defesa Civil de Queimados foi
acionada e isolou o tereno. Os fiscais estão
tentando localizar os tambores que foram levados
pelos moradores. O Inea já identificou as
empresas que abandonaram o material tóxico:
a Resitec Indústria Química e a Nero
20 Indústria e Comércio de Produtos
Químicos, ambas instaladas no município
de Duque de Caxias.
As duas empresas foram autuadas
por descarte ilegal de material tóxico e
por crime ambiental. O Inea está estudando
o valor da multa a ser aplicada.
+ Mais
Diário Oficial publica
exoneração do presidente do Ibama
12/01/2011
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Abelardo Bayma Azevedo, foi exonerado do
cargo. A saída foi publicada na edição
de hoje (12) do Diário Oficial da União.
De acordo com o despacho, a exoneração
foi feita “a pedido”.
Bayma estava no cargo desde abril
de 2010, após a saída de Roberto Messias
Franco, que deixou o governo por pressões
pela liberação de licenciamentos ambientais.
Até a indicação
de um novo nome para comandar o Ibama, assume o
cargo o presidente substituto do instituto, Américo
Tunes, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade
e Florestas.
Além do presidente do Ibama,
foram exonerados o subsecretário de Planejamento,
Orçamento e Administração da
Secretaria Executiva do Ministério do Meio
Ambiente, Gerson Galvão, e o diretor do Departamento
de Gestão Estratégica da Secretaria
Executiva, Guilherme Euclides Brandão.