18/01/2011 - O Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) reuniu,
nesta segunda-feira (17), especialistas da Universidade
de São Paulo (USP) e Universidade de Harvard
(EUA) para definir os próximos passos do
projeto “Medições de Radiação
Atmosférica (ARN em inglês). A finalidade
é estudar de que forma a poluição
proveniente de Manaus interfere em áreas
preservadas que estão de certa maneira próximas
a capital. “A ciência ainda não consegue
entender a interação das emissões
de grandes centros urbanos tropicais como Manaus
com as emissões da floresta. A ideia é
estudar essa interação em detalhe”,
destaca o físico da USP Paulo Artaxo.
O projeto, que deve estar em pleno
funcionamento em 2014, vai ser feito nas proximidades
de Manacapuru, interior do Amazonas, onde funcionará
com equipamentos distribuídos em uma área
de aproximadamente 100 m². “A maior parte fica
concentrada em cinco containeres, mas algumas antenas
e uma torre meteorológica (aproximadamente
de 10 metros de altura) acompanham o pacote”, declarou
Antônio Manzi, pesquisador do Inpa que também
está envolvido nas atividades.
Mão dupla
Segundo o professor da Universidade
de Harvard e coordenador do projeto, Scot Martin,
o projeto já passou por vários países.
“Esses equipamentos foram feitos para viajar. Países
como China e Índia já participaram
das pesquisas”, declarou.
Para a gerente operacional do
projeto de Larga Escala da Biosfera Atmosfera da
Amazônia (LBA) , Hilândia Brandão,
a parceria bilateral vai trazer aos cientistas brasileiros
o acesso aos equipamentos. “Além da complementação
dos estudos do LBA, essa parceria vai trazer os
equipamentos que só vão somar aos
estudos”, disse.
+ Mais
O Brasil precisa de uma política
de segurança sócio-ambiental, defende
Mercadante
Crédito: Elza Fiúza/ABr
- O ministro Aloizio Mercadante, dá entrevista
ao programa Bom Dia Ministro, no estúdio
da EBC.
20/01/2011 - O ministro da Ciência e Tecnologia,
Aloizio Mercadante, disse hoje (20) que o Brasil
precisa criar uma política de segurança
sócio-ambiental. Na opinião do ministro,
as mudanças climáticas são
um agravo aos desastres naturais, como os ocorridos
nos últimos dias, no Rio de Janeiro. Mercadante
participou do programa de rádio Bom Dia Ministro,
da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Mercadante disse que o Sistema
Nacional de Prevenção e Alerta funcionará
plenamente em quatro anos. Os dados das áreas
de risco mais críticas estarão disponíveis
no próximo verão. O sistema antecipará
informações sobre possíveis
desastres naturais relacionados à seca e
outras catástrofes, como deslizamentos de
terra e inundações. “O nosso sistema
de alerta e prevenção vai tentar prevenir
crises agudas, como desmoronamentos e inundações,
além de acompanhar e tomar providências
em relação à seca”, disse.
O sistema usará o supercomputador
adquirido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe/MCT) para melhorar a previsão do tempo.