por Lainy Aparecida da Silva última
modificação 07/01/2011 - O Parque
Nacional das Emas, unidade de conservação
gerida pelo Instituto Chico Mendes no Estado de
Goiás, conta com um projeto pioneiro em seu
entorno: o Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade
Emas-Taquari, voltado para o reflorestamento de
quase 600 hectares do entorno do parque.
Marília Castro - Brasília
(06/01/2011) – O Parque Nacional das Emas, unidade
de conservação gerida pelo Instituto
Chico Mendes no Estado de Goiás, conta com
um projeto pioneiro em seu entorno: o Projeto de
Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari,
voltado para o reflorestamento de quase 600 hectares
do entorno do parque.
O objetivo é diminuir em
quase 207 mil toneladas a emissão de gás
carbônico na atmosfera nos próximos
30 anos, além de garantir a conservação
de espécies e assegurar sua viabilidade,
possibilitando as trocas genéticas da fauna
e flora no bioma Cerrado.
Formado por um mosaico de propriedades
particulares no entorno do Parque Nacional das Emas
(PNE) e de fragmentos inseridos no Parque Estadual
das Nascentes do rio Taquari (PENT), o corredor
está localizado no centro-oeste brasileiro
e permeia os municípios de Mineiros, no estado
do Goiás, Alcinópolis e Chapadão
do Sul, no estado de Mato Grosso do Sul, e têm
como bioma predominante o Cerrado.
O Cerrado é considerado
a mais diversificada savana tropical do mundo. O
número de espécies vegetais supera
seis mil. A riqueza de espécies de peixes,
aves, mamíferos, répteis, anfíbios
e invertebrados é igualmente grande. Estima-se
que nada menos do que 320 mil espécies ocorram
no Cerrado.
Mesmo o Cerrado sendo um dos maiores
biomas brasileiros, apresentar uma importante contribuição
para a hidrografia brasileira e abrigar um número
elevado de espécies endêmicas e em
extinção, é um dos ambientes
mais ameaçados do mundo, por sofrer forte
pressão da agropecuária de larga escala.
O Projeto inclui duas comunidades
quilombolas, três assentamentos rurais e uma
comunidade terapêutica. Essas comunidades
apresentam características distintas quanto
à forma de organização social,
política, meios de produção
da economia local, conhecimento tradicional e práticas
culturais, o que denota uma grande diversidade entre
elas. O Projeto conta também com a participação
efetiva de quatro produtores rurais, os quais residem
na região há mais de 15 anos.
A combinação de
recuperação de áreas degradadas,
conservação e compromisso social nas
comunidades envolvidas no projeto traz para a região
a possibilidade do surgimento de um novo paradigma
em termos de desenvolvimento e geração
de renda, reduzindo o uso do fogo como ferramenta
de manejo e possibilitando o aproveitamento dos
produtos da biodiversidade como alternativa sustentável
de geração de renda.
O projeto segue os critérios
internacionais e utilizam os padrões Voluntary
Carbon Standard (vocês), que garante que as
compensações de carbono que empresas
e consumidores compram sejam confiáveis e
tenham verdadeiros benefícios ambientais;
O Clima, Comunidade e Biodiversidade Alliance (CCBA),
que traz orientações para que projetos
dessa natureza apoiem o desenvolvimento sustentável
e a conservação da biodiversidade.