Panorama
 
 
 

CNA DIZ QUE SEM MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL PREÇO DOS ALIMENTOS VAI SUBIR

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2011

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse hoje (8) que, se a flexibilização do Código Florestal não for aprovada, a falta de financiamento rural poderá elevar o preço dos alimentos e pressionar a inflação nas próximas safras.

A partir de junho, o Banco do Brasil (BB) não vai mais emprestar dinheiro para produtores que não apresentarem a averbação da reserva legal ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, criado pelo governo para regularização ambiental de propriedades rurais. No entanto, segundo Kátia Abreu, as opções de regularização não estão disponíveis para os produtores. “Não existe forma de aderir a essas duas normas. Só existem no papel”.

Como o BB é responsável por cerca de 20% do financiamento da produção agropecuária no país, segundo a CNA, sem os recursos do banco, a produção deverá diminuir. “Se não houver financiamento vamos ter inflação. Se o financiamento demorar, vamos ter aumento do custo de produção, que também vai gerar inflação”, avaliou. “Diante desse caos mundial, onde a inflação mundial de alimentos chega a 4%, não podemos correr esse risco”.

A saída, segundo Kátia Abreu, é regularizar áreas atualmente consideradas ilegais pela legislação ambiental. “Só há uma forma de reverter essa situação. Tirando a insegurança jurídica e votando as alterações do Código Florestal. Se não validarmos as modificações necessárias do código, teremos um grande e grave risco de diminuir a produção de alimentos no Brasil e pressionar a inflação”.

A aprovação da flexibilização do código, proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e já aprovada em uma comissão especial, tiraria grande parte dos produtores da ilegalidade, de acordo com a CNA. A votação do Código é uma das prioridades da pauta do Congresso Nacional.

Kátia Abreu disse que os agricultores estão dispostos a cumprir a lei, desde que ela não seja aplicada retroativamente punindo quem desmatou quando a lei ainda permitia. “Essa anistia que ONGs [organizações não governamentais] radicais dizem que vai existir não é verdadeira: é para corrigir um erro, porque o produtor não cometeu um crime”.

A senadora disse ainda que a CNA está aberta à discussão de pontos polêmicos da proposta de Rebelo, mas só negociará a partir de argumentos científicos. “Queremos combater a teoria ideológica, o fundamentalismo ambiental. Estamos abertos a flexibilizar todos os pontos, mas de ideologismo xiita estamos fartos. Se os argumentos técnicos mostrarem que estamos fazendo mal ao meio ambiente, vamos recuar”.

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Regularização ambiental não depende de programa federal, diz MMA

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, rebateu hoje (8) as críticas da presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu, às exigências de regularização ambiental para produtores rurais.

Segundo a senadora, os agricultores correm o risco de ficar sem financiamento porque o programa de regularização ambiental do governo, o Mais Ambiente, “só existe no papel”. A partir de junho, o Banco do Brasil não vai mais emprestar dinheiro para produtores que não apresentarem a averbação da reserva legal ou aderirem ao programa.

No entanto, Pires argumenta que a regularização das propriedades pode ser feita “com o sem o Mais Ambiente”, porque é executada pelos órgãos estaduais de meio ambiente. “O Mais Ambiente é um estímulo, mas não é uma condição para a regularização dos passivos”.

A averbação da reserva legal das propriedades também não depende do programa federal. O proprietário apresenta a proposta de localização da reserva ao órgão estadual de meio ambiente e formaliza o mapeamento em cartório. A reserva legal é o percentual de floresta que deve permanecer intacto em propriedades rurais e que varia de acordo com os biomas: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e de 20% nos demais.

O diretor do MMA reconhece que o Mais Ambiente, criado por decreto em 2009, ainda está em fase inicial de operação. “A primeira fase é alcançar a adesão dos estados, que vão organizar os requisitos para a adesão dos proprietários. Depois disso é que virão as outras ações: de capacitação e de criação de um sistema para que as informações sejam repassadas dos estados para o governo federal”.

Segundo Pires, vários estados da Amazônia já têm programas de regularização ambiental em andamento. No Pará, primeiro do ranking de desmatamento, mais de 30 mil propriedades já começaram a se adequar à lei.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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