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IBAMA TREINA BRIGADA INDÍGENA PARA PREVENIR E COMBATER INCÊNDIOS FLORESTAIS

Panorama Ambiental
Brasília(DF) – Brasil
Março de 2011

01/03/2011
Ninguém melhor para cuidar da floresta do que quem vive lá. Por isso, o Ibama treinou, na última semana, um grupo de 35 indígenas da etnia macuxi, do extremo norte de Roraima, para a brigada comunitária de combate a incêndios florestais.

Batizada de Turuka, a brigada recebeu o treinamento na comunidade de Maturuca, na região das serras da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol. As aulas, teóricas e práticas, foram dadas por especialistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). O nome da brigada é uma homenagem a uma montanha vizinha criada pelo deus Macunáima, segundo o lendário local.

Todos os membros da brigada Turuka são egressos de cursos do Programa Agente Ambiental Voluntário, também ministrados pelo Ibama.

E a consciência ambiental é evidente nos jovens participantes. "Fui escolhido pela minha comunidade (Pedra Branca) para participar do curso por causa da minha preocupação com os incêndios. Agora terei condições de ajudar a controlar o uso do fogo na minha comunidade", disse Eronilson Ambrósio, no encerramento do curso.

O pedido de treinamento partiu do Conselho Indígena de Roraima (CIR), em responta à demanda dos próprios índios. A região das serras no norte de Roraima tem vegetação do tipo savana estépica. As chuvas ocorrem entre maio e setembro. No resto do ano, o clima é muito seco, o que facilita a propagação do fogo.

Junto com a Funai, o CIR apoiou o Ibama na logística, coordenação dos trabalhos e como agentes de ligação com as lideranças locais. A comunidade do Maturuca, liderada pela segunda tuxaua, Eneisa Maria Melchior de Lima (que também frequentou do curso), ofereceu acomodações para instrutores, pessoal de apoio e alunos de outras comunidades.

Para o coordenador do Prevfogo em Roraima, Joaquim Parimé, uma região com tais características necessita de ações de preservação ambiental e a formação de uma brigada indígena voluntária. "É uma inserção educativa ambiental inédita num local de uso do fogo em práticas tradicionais de cultivo, pecuária e caça. Estamos introduzindo novos conhecimentos e técnicas de controle e uso racional do fogo numa região de difícil acesso para o combate aos incêndios florestais ocupada por populações tradicionais", explicou.

A parceria Ibama/Funai/CIR deve treinar mais uma brigada indígena em novembro, nas terras baixas da TI Raposa/Serra do Sol. Também estão em fase planejamento cursos sobre sistemas agroflorestais e educação ambiental para enriquecer a formação dos agentes ambientais/brigadistas indígenas.

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Diretrizes para manejo sustentável dos produtos da sociobiodiversidade

03/03/2011
Carlos Américo
O Governo Federal vai definir, de forma participativa, diretrizes para o manejo sustentável de 20 produtos da sociobiodiversidade. Para isso, realiza uma série de oficinas participativas de boas práticas de manejo.

Junto com especialistas, pesquisadores e extrativistas, serão sistematizadas informações para garantir a extração sustentável, colaborando para manter a floresta em pé. As oficinas começaram em 2010, quando foram debatidos os manejos do Açaí, Castanha-do-Brasil, Babaçu, Andiroba e Copaíba, espécies prioritárias do Plano Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB).

As oficinas debatem sobre produtos de todo do Cerrado, Caatinga e Amazônia. Em 2011, já ocorreram as de Carnaúba, Licuri e Caroá. O Baru, espécie encontrada no Cerrado, foi tema da oficina realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro, em Brasília. Pequi e Buriti serão debatidos em março.

Algumas das 20 espécies serão inseridas na Instrução Normativa 17 do Extrativismo Orgânico. No caso dessas espécies, as diretrizes passarão por consulta pública. O resultado estará em cartilhas para orientar técnicos, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares.

A iniciativa é uma parceira entre o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio da Coordenação de Agroecologia.

De acordo com o Gerente de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Júlio Pinho, as diretrizes vão ajudar na negociação comercial dos produtos. "Empresários do mundo inteiro estão interessados nos produtos da sociobiodiversidade brasileira e querem garantia de que eles não agridem a floresta", ressaltou.

Ele ainda destaca que a promoção do uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade também faz parte da estratégia do governo de conservação da biodiversidade.

Outras espécies, que não terão oficinas, também estão tendo as suas diretrizes construídas também com o apoio da Gerência de Extrativismo do MMA.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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