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INDÍGENAS DESENVOLVEM PLANOS DE AÇÃO PARA
MELHORAR O USO DOS RECURSOS NATURAIS DAS SUAS TERRAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2011

Lideranças indígenas dos estados do Pará, Amapá, Amazonas e Acre, participaram do Seminário Regional para a Implementação do Projeto "GEF-Indígena", com o intuito de desenvolver planos de ação para melhorar o uso dos recursos naturais das suas terras. Por meio do projeto, pretende-se obter mecanismos e ferramentas que permitam reconhecer e fortalecer a contribuição das terras indígenas à conservação de recursos naturais, biodiversidade florestal e serviços ambientais.

Este projeto, que envolve a Funai, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e as organizações indígenas, têm uma parte dos seus recursos doada pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial, ou GEF, conforme a sigla em inglês do Global Environment Facility. O Conselho Diretor do projeto é composto por seis membros de organizações indígenas, três membros do MMA e três membros da Funai. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a The Nature Conservancy (TNC) participam como observadores.

O seminário aconteceu entre os dias 14 e 18 de março, sendo que os dois primeiros dias foram reservados para reunião interna dos representantes indígenas, em preparação para as questões que foram tratadas no seminário. O encontro contou com a participação do Coordenador Nacional do Projeto, Jaime Siqueira, das equipes técnicas das Coordenações-Gerais de Gestão Ambiental e Territorial da Funai, equipes das regionais envolvidas. Também estiveram presentes, representantes dos indígenas, dos governos federal, estadual e municipal e de ONGs.

Nesse seminário, foram definidas as atividades de caráter regional do projeto e a criação de núcleos e conselhos regionais, responsáveis pela implantação do projeto. Os conselhos regionais serão compostos por representantes indígenas e de governo (Funai e MMA) e serão assessorados por um comitê técnico-científico, composto por representantes de instituições parceiras.

Entre as atividades planejadas para 2011, está o diagnóstico e planejamento da gestão ambiental e territorial das terras indígenas, com a participação direta dos povos e comunidades, respeitando os usos tradicionais dos recursos naturais e da paisagem e, também, promovendo a sua autonomia. O etnomapeamento, que é a elaboração de mapas que mostram os recursos naturais, seus usos e sua situação, feitos pelos membros das comunidades indígenas, é uma das ferramentas que embasará os planos de gestão das terras indígenas.

Os últimos seminários regionais para a Implementação do Projeto "GEF-Indígena” estão previstos para serem realizados entre o final de abril e o início de maio, nas cidades de Ilhéus/BA e Campo Grande/ MT.

GEF - O Fundo para o Meio Ambiente Mundial - Global Environment Facility (GEF) foi criado em 11000 como um programa piloto do Banco Mundial com o objetivo de apoiar os países em desenvolvimento na implementação de políticas que apresentem soluções para as preocupações globais em relação à proteção dos ecossistemas e da biodiversidade. O Projeto GEF-Indígena é fruto do esforço conjunto do movimento indígena da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD).

O objetivo do projeto é fortalecer as práticas indígenas de manejo, uso sustentável e conservação dos recursos naturais nas suas terras. Prevê a inclusão social das comunidades tradicionais, consolidando a contribuição das Terras Indígenas como áreas essenciais para conservação da diversidade biológica e cultural nos biomas florestais brasileiros.

Terras - O projeto será iniciado em Terras Indígenas (TIs), distribuídas nos cinco biomas brasileiros. Foram selecionadas 30 TIs para o Projeto, sendo 10 Áreas de Referência (TIs com atividades de gestão florestal sustentáveis e replicáveis) e 20 TIs para compor a Rede de Experiência (redes nacionais e regionais estabelecidas para replicar atividades e mecanismos destinados à conservação).

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Funai, Caixa Econômica e cooperativa indígena assinam contrato para construção de casas Xavante

10 de março - Índios Xavante recebem autoridades na Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé (MT), nesta sexta-feira, 11 de março, em clima de festa. A comunidade preparou cantos e danças para a cerimônia de assinatura do contrato que vai permitir a construção das 40 primeiras casas interculturais na aldeia. As construções, de alvenaria, seguem o conceito de “casas ecológicas” e têm arquitetura diferenciada, preservando as formas tradicionais de habitação Xavante.

Segundo Denivaldo Roberto da Rocha, coordenador regional da Funai em Ribeirão Cascalheira - município onde está localizada a TI -, “esse é um momento de muita felicidade para toda a comunidade, que não tem conseguido viver de acordo com seus costumes e sofre com o desmatamento de suas terras por posseiros. Há muita dificuldade, por exemplo, de fazer a manutenção das casas, construídas com folhas de palmeiras. Falta matéria prima. Não existe mais madeira nem palha na região”, justifica.

As novas construções abrigarão 40 famílias, com 8 a 10 pessoas cada uma. Possibilitarão também o melhor armazenamento dos alimentos e sementes produzidos pela comunidade, que precisa guardar provisões, uma vez que não contam com a mata do entorno para o sustento durante todo o ano.

Modelo diferenciado - As casas serão construídas a partir de critérios coerentes com a gestão ambiental, racionalização e eficiência energética. Elementos da natureza, como a posição do sol, a chuva e o vento também foram considerados no projeto. As habitações são arredondadas, com 58 m2 cada uma, sendo um único cômodo, com chão batido - a pedido dos indígenas – e telha ecológica.


 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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