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SECRETÁRIO DO MMA DISCUTE POLÍTICA AMBIENTAL COM GOVERNO NORTE-AMERICANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2011

31/03/2011 - Carine Corrêa - O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, se reuniu nesta quinta-feira (31/3), com o secretário do Interior dos Estados Unidos, Kenneth Salazar, a comitiva americana e representantes do Ibama e do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade para tratar de políticas brasileiras nas áreas de conservação e meio ambiente, petróleo, gás natural e biodiversidade.

Francisco Gaetani disse que um ponto fundamental que está sendo abordado com os EUA é a regulação responsável de setores como mercado de carbono e eficiência energética, e que a estrutura de incentivo de muitas instituições brasileiras ainda está em fase de desenvolvimento.

"Estamos envolvidos num empenho de capacitação profissional e qualificação técnica, e gostaríamos de fazer um intercâmbio com os americanos. A economia das florestas, por exemplo, poderia ser beneficiada com este diálogo entre os dois países, e o avanço tecnológico americano pode nos ajudar a combater o desmatamento".

O secretário-executivo também afirmou que é necessário aperfeiçoar a agenda de carbono, bem como o mecanismo REDD. Ele explicou que o Ministério da Fazenda e da Agricultura também estão envolvidos na questão, mas que ainda devem ser desenvolvidas as regras, o mercado e a organização institucional deste setor.

Kenneth Salazar explicou que 20% das terras públicas americanas estão sob gestão do Departamento do Interior, e que outros 20% são geridos pelo Departamento de Agricultura, o que faz com que os recursos naturais e questões relacionadas ao meio ambiente nos Estados Unidos sejam tratados por pelo menos dois setores governamentais. "Isso gera muitas vezes uma sobreposição de medidas, e temos que desenvolver melhor a política ambiental no nosso país, a exemplo do Brasil", afirmou.

Ele disse ainda que os EUA pretendem aprofundar as relações entre o MMA e o Departamento do Interior. "O Ministério do Meio Ambiente do Brasil é visto por nós como uma instituição dinâmica, progressista, de soluções criativas, e por isso é considerada uma das melhores organizações para a preservação do meio ambiente em todo mundo. Queremos trocar informações e experiências que possam nos ajudar e ajudá-los nestes desafios".

Salazar explicou também que em relação a florestas e sustentabilidade a política ambiental dos EUA ainda não avançou muito. No que se refere ao mercado de carbono e ao marco regulatório desta atividade, ele disse que o presidente Obama e a equipe do Departamento ainda não tiveram muito êxito, porque que o povo americano ainda não entendeu a importância e os desafios das mudanças climáticas. Ele afirmou ainda que está sendo desenvolvido um programa para que os especialistas de ambos os países possam discutir a regulação do mercado de carbono.

"Os brasileiros entendem melhor a importância deste assunto e estão mais à frente do que nós. Precisamos aumentar a consciência do povo dos EUA sobre isso, senão não vamos conseguir uma legislação americana que estimule o sequestro de carbono", afirmou.

Salazar disse ainda que o presidente Obama e o Departamento do Interior estão tentando defender no Congresso americano a ideia de que os programas de conservação geram empregos diretos e indiretos, e que podem favorecer a economia.

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Acordo vai garantir produtos florestais sustentáveis

31/03/2011
O Serviço Florestal Brasileiro e o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council - FSC Brasil) assinaram nesta quinta-feira (31/3) um acordo de cooperação técnica com o objetivo de fortalecer a implementação das práticas de manejo em florestas nativas e de criar condições para que a sociedade tenha a garantia de produtos sustentáveis.

A parceria prevê a realização de oficinas e capacitações sobre manejo e certificação voluntária, além da elaboração de material para explicar os procedimentos necessários para se tornar um produtor de madeira ou de produtos não madeireiros com os critérios reconhecidos para entidade.

As iniciativas que se beneficiam com o acordo abrangem as concessões florestais e o manejo comunitário. "As concessões são uma oportunidade única de a certificação aumentar sua participação na Amazônia", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel. Existem hoje mais de 1 milhão de hectares em diferentes estágios do processo de concessão na região Norte.

Segundo o presidente do FSC Brasil, Estêvão Braga, a parceria ajuda a harmonizar os esforços para promover o manejo ambiental, social e economicamente correto e aproxima duas ferramentas que incentivam o manejo florestal sustentável, as concessões e a certificação florestal.

"A nossa ideia é que os concessionários, que já fazem o bom manejo florestal porque a regra pede isso, dêem um passo a mais e obtenham a certificação, que permite acessar mercados que só compram madeira certificada e também se diferenciar no mercado", afirma Braga. Apesar de o consumidor estar cada vez mais exigente com relação à sustentabilidade, o presidente afirma que falta madeira certificada no mercado. "Só 3% da produção na Amazônia é certificada".

Comunidades - O acordo entre o Serviço Florestal e o FSC Brasil pretende estimular também o bom manejo florestal realizado por agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, que desempenham um importante papel para a conservação da floresta.

"As comunidades manejam uma boa parte da região amazônica. Milhares de famílias vivem da floresta e a ideia é estimular o bom manejo dentro dessas áreas. As comunidades são, em última análise, os guardiões da floresta", afirma Braga.

No Acre, a certificação voluntária em uma cooperativa trouxe benefícios para a floresta e para a qualidade de vida das famílias, que tiveram um aumento médio de quase R$ 6 mil por ano na renda e que, em alguns casos, ultrapassou R$ 15 mil. Os produtos que eles comercializam obtêm maior valor agregado e mostram que a floresta em pé também gera riqueza.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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