29/04/2011 - O fim da queima da
palha da cana-de-açúcar
em São Paulo está previsto para 2014
e 2017. O balanço da safra 2010/2011, divulgado
pelo secretário de estado do Meio Ambiente,
Bruno Covas, nessa quinta-feira, 28 de abril, aponta
que as usinas e fornecedores estão cumprindo
as metas do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético.
As usinas, pelo acordo assinado
com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SMA
e Secretaria de Agricultura e Abastecimento – SAA,
tinham que mecanizar 70% das áreas próprias
colhidas de cana-de-açúcar. Já
os fornecedores deveriam alcançar a marca
de 20%, para o mesmo período. De acordo com
o balanço da safra 2010/2011, as usinas mecanizaram
70,3% e os fornecedores 21,1% das suas áreas
colhidas. Os terceirizados representam 30% da área
cultivada no Estado.
O balanço apontou que dos
4.728.133 hectares de cana, 2.627.023 ha foram colhidos
por máquinas. Pelo protocolo, a partir de
2014 as áreas mecanizáveis não
poderão mais utilizar a queima. Em 2017,
não haverá em nenhuma área.
Com a assinatura do Protocolo
Agroambiental em 2007, 3,8 milhões de ha
de cana deixaram de ser queimados. Isso significa
que 14,2 milhões de toneladas de poluentes
e 2,4 milhões de toneladas de CO2 deixaram
de ser emitidos. “A importância desses resultados,
não só para o estado, mas para o Brasil,
são imprescindíveis. Os ganhos ambientais
são inegáveis e para a população,
que sofre com secas na época do inverno,
o fim da queima da palha da cana-de-açúcar
significa melhorias para a saúde pública
e para a qualidade de vida”, ressaltou o secretário
Bruno Covas.
Maior produtor dessa cultura agrícola
no Brasil, o estado de São Paulo responde
por 70% da cana no país e por 17% da produção
de etanol do mundo. Em 2010, foram colhidos 4,7
milhões de ha de cana. A previsão
para a safra 2011/2012 é de 5,2 milhões
de ha de área colhida. Até 2014, a
expectativa é que 7 milhões de ha
sejam cultivados no Estado. “O foco do governo é
o desenvolvimento sustentável. Um equilíbrio
entre o crescimento econômico e a preservação
da natureza. Com o Protocolo, estamos avançando
e todos estão ganhando. O meio ambiente com
a redução da emissão de poluentes
e a produção de energia limpa. A população
com saúde pública, e o setor sucroenergético
com o reconhecimento de um produto produzido ecológicamente”,
explicou Bruno Covas.
Queimadas
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
– INPE registrou um aumento dos focos de incêndios
em 2010. Desde 2006, as queimadas no Estado estavam
em queda livre. O ano passado foi um ano atípico
e de muita seca. 2.837 ocorrências foram registradas
em 2010, contra 1.390, em 2009. Do total de área
colhida em São Paulo, 4% foram queimadas
por incêndios diversos. Com isso, 27 máquinas
colhedoras foram perdidas nas lavouras paulistas.
O aumento dos focos de incêndio resultou em
autuações pela Polícia Ambiental
e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
– CETESB no ano passado. Em 2009 foram de 382 multas,
em 2010 o número chegou a 818.
Para resolver o problema, o governo está
implantando o Sistema Estadual de Prevenção
e Combate a Incêndios Florestais. Uma ação
conjunta da SMA, Casa Militar e Secretaria de Segurança
Pública e seus órgãos interligados,
como a Polícia Ambiental, a Defesa Civil,
o Corpo de Bombeiros, a CETESB, a Fundação
Florestal e o instituto Florestal.
Produção de biomassa
Os resultados do Protocolo também apontam
para uma efetiva evolução na produção
de biomassa no estado de São Paulo. Das 100
usinas cogeradoras de energia, 54 são de
São Paulo. O bagaço da cana, resíduo
da moagem, é transformado em energia. Isso
representa 30% do potencial de cogeração.
O cenário é animador. Hoje o estado
é o maior produtor de biomassa do país.
Além do bagaço, 32 milhões
de toneladas de palha, que sobram da colheita mecanizada,
são produzidos nos canaviais paulistas. Até
2014 a expectativa é de que esse número
chegue a 70 milhões de toneladas ao ano,
o que representará mais quase o dobro da
energia a ser gerada pela usina de Belo Monte.
Texto: Lukas Campagna Fotografia: Arquivo/SMA
+ Mais
SMA traz Mata Atlântica
para o 55º Congresso dos Municípios
13/04/2011 - Estande da Secretaria
foi ambientado para levar visitante ao bioma mais
importante de SP. Técnicos ambientais atendem
representantes do Estado
A Secretaria do Meio Ambiente
do Estado de São Paulo (SMA) está
presente no 55º Congresso Estadual de Municípios,
com o tema “Unidade para vencer as dificuldades”,
que será realizado até sexta-feira,
dia 15, no Centro de Convenções da
Mata Atlântica, em São Vicente, litoral
paulista.
Na abertura do evento, ontem,
dia 12, o público foi surpreendido com o
estande da secretaria decorado com detalhes que
remetem à Mata Atlântica. Painéis
de trilhas em florestas, mobiliário, som
ambiente, aromatizante proporcionam aos participantes
do Congresso a sensação de uma viagem
pelo principal bioma do Estado de São Paulo.
Durante o congresso, a Secretaria
apresenta em seu espaço a ‘Exposição
Interativa 25 anos da SMA’. Totens interativos contam
a história do órgão, os fatos
ambientais mais relevantes nesses anos de existência
e que muito contribuíram para uma sociedade
mais consciente e responsável ambientalmente.
Os visitantes podem ainda tirar fotos customizadas
e gravar mensagens de vídeo.
No estande da SMA seus técnicos,
e dos órgãos ligados a ela, estão
disponíveis para atender e orientar os agentes
políticos sobre seus diversos projetos, entre
eles, Município Verde, Ecoturismo e Licenciamento
Ambiental Municipalizado, com suas respectivas coordenadorias:
Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA),
Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais
(CBRN), além da Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (CETESB), Zoológico
de São Paulo, Fundação Florestal
(FF) e Instituto Geológico (IG).
Conferências
O 55º Congresso Estadual de Municípios
é promovido pela Associação
Paulista de Municípios (APM). Na programação
do evento, quinta-feira, 14, às 17 horas,
haverá uma mesa de conferência, com
temas ambientais proferidos pelo secretário-adjunto
Rubens Rizek Júnior sobre ‘Sistema de Gestão
Ambiental’ e pelo presidente da CETESB Otávio
Okano, com o assunto ‘Esgoto, Lixo e licenciamento
ambiental municipalizado’.
Também durante o encontro
serão debatidos temas importantes sobre municipalismo
nas áreas de gestão, assistência
e desenvolvimento social, trabalho, educação,
legislativo, transporte, habitação,
saneamento, meio ambiente, dentre outros. Todos
os assuntos propiciam discussões que contribuem
para maior informação e aprimoramento
do gestor público municipal.
Texto: Luciana Reis/ Lukas Campagna Fotografia:
Pedro Calado