08/04/2011 - A Secretaria do Meio
Ambiente (SMA) recebeu na quarta-feira, 6, o embaixador
da Nova Zelândia Mark Trainor. O objetivo
foi definir os próximos passos do plano de
ação estabelecido em outubro passado,
no âmbito da cooperação técnica
para gestão de áreas protegidas
assinada em 2008, entre o governo brasileiro e a
Nova Zelândia.
Além do embaixador e do
secretário Bruno Covas, estavam presentes
ao encontro Anna Carolina Lobo, gerente de Ecoturismo
e Uso Público, da Fundação
Florestal, e Ana Paula Fava, assessora de Projetos
Especiais e Relações Internacionais
da SMA.
A próxima etapa do plano
de ação será uma reunião
na capital paulista com técnicos e empresários
neozelandeses ligados ao turismo, que atuam em áreas
protegidas. O grupo também será levado
para conhecer a nossa realidade nos parques e, assim,
contribuir para o desenvolvimento do modelo de trabalho
em turismo sustentável nestes, a partir da
Ilha do Cardoso como projeto piloto.
Este encontro deverá ser
realizado em setembro, ainda sem data definida,
mas próximo à feira Abeta Summit,
realizada pela Associação Brasileira
das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA). “Esta
cooperação nos favorecerá com
a experiência dos neozelandeses, bastante
evoluídos na questão da concessão
do turismo em áreas protegidas”, destacou
Anna Carolina.
Afora estas definições,
a situação ambiental atualmente permeou
a reunião. O representante neozelandês
elogiou o papel do Estado de São Paulo nas
negociações ambientais. O estado é
pioneiro em políticas sustentáveis,
com destaque para o projeto Economia Verde o PEMC
(Programa Estadual de Mudanças Climáticas)
que estabelece metas redução da emissão
dos gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera.
Bruno Covas acredita que, mesmo
com a rejeição da proposta de redução
de GEE pelo senado norte americano, as projeções
são otimistas e mais uma vez reforça
a importância da participação
dos governos subnacionais nas decisões ecológicas:
“A EPA (Environmental Protection Agency) já
está prevendo a redução da
emissão dos gases em suas ações.
2012 é ano eleitoral nos EUA e em vários
países da Europa, o que dificulta certos
comprometimentos por parte deles. Por essa razão
devemos avançar o máximo possível
esse ano”, destacou.
Economia Verde e o setor privado
Ainda sobre as soluções
para a questão ambiental, o embaixador vê
a cooperação, ou a falta dela, pelo
setor privado, como um dos possíveis obstáculos
a serem enfrentados pela Economia Verde, já
que são impostas diversas condições
de mitigação e compensação
para que projetos sejam licenciados. Porém,
o secretário acredita que adotar políticas
sustentáveis é uma opção
válida para o setor privado se forem considerados
os benefícios oferecidos. Baixos juros e
a imagem de uma organização ecologicamente
correta, por exemplo, posicionam bem a empresa no
mercado, inclusive em cenários internacionais.
“O próprio consumidor está disposto
a pagar mais por produtos com selo verde e a SMA
está sendo muito procurada por investidores
interessados no Estado de SP, como o setor hoteleiro”,
exemplificou.
A união de forças
para que seja possível alcançar as
metas de redução de GEE firmadas para
2020 foi a conclusão unânime do encontro.
“Mudanças Climáticas é um tema
que envolve a SMA e as secretarias de energia, de
transporte e de desenvolvimento econômico.
O objetivo agora é integrar políticas
estaduais e federais para que possamos alcançar
as metas estabelecidas para 2020”, concluiu Bruno
Covas.
Texto: Ivi Piotto / Luciana Reis Fotografia: José
Jorge
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Técnicos da CBRN e da CATI
passam por capacitação
13/04/2011 - Com objetivo de atender
a Política de Salvaguardas Ambientais e Sociais
do Banco Mundial, a Coordenadoria de Biodiversidade
e Recursos Naturais (CBRN) realizou, entre os dias
entre 04 a 07 de abril, em Avaré, a segunda
capacitação para o Plano de Gestão
Ambiental do Projeto Desenvolvimento Rural Sustentável
(PDRS) – Microbacias II. Foram treinados 28 técnicos
da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral) e da CBRN em conteúdos que permitirão
realizar a avaliação ambiental das
iniciativas de negócios a serem apoiadas.
O PDRS, instituído pelo
Decreto 56.449 de 29 de novembro de 2010, traz o
financiamento de projetos voltados a agricultores
familiares. Está sendo realizado por meio
de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura
e Abastecimento, representada pela CATI, e a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente – SMA, representada pela
CBRN.
Durante o evento, foram discutidos
temas como legislação ambiental, licenciamento
e avaliação de impactos, que deram
subsídios para aplicação do
Plano de Gestão Ambiental (PGA) nos estudos
de caso apresentados durante o treinamento. Outro
destaque foi a visita à Estação
Ecológica de Avaré, com monitoria
dos Pesquisadores Científicos do Instituto
Florestal Leo Zimback e Roque Cielo, que apresentaram
as diferentes fisionomias vegetais da região,
notadamente Cerrado e Floresta Estacional Semidecidual.
Ao total, o PDRS conta com R$
130 milhões, sendo R$ 78 milhões oriundos
do Banco Mundial e o restante do Governo do Estado
de São Paulo. À SMA foram garantidos
R$ 24 milhões, enquanto a Secretaria de Agricultura
e Abastecimento administra os outros R$ 106 milhões.
Essa capacitação finaliza o treinamento
inicial dos técnicos da CATI e da CBRN para
avaliar impacto dos projetos que serão apoiados.
Texto: Júlio Vieira e CBRN