03/05/2011 - Os pesquisadores
do Instituto Geológico (IG), Sonia Abissi
Nogueira, Antonio Carlos Moretti Guedes e Helio
Shimada apresentaram na quinta-feira,
28 de abril, no auditório Teodoro Knetch
do IG, um Sistema informatizado para gerenciar o
licenciamento da Atividade Minerária na Bacia
Hidrográfica do Rio Sorocaba (BHRS). Esse
sistema é o produto principal de um projeto
que foi desenvolvido em parceria entre o IG e a
CETESB, com financiamento do Fundo Estadual de Recursos
Hídricos (FEHIDRO). Além dos técnicos,
estiveram presentes representantes da Diretoria
de Licenciamento e Gestão Ambiental da CETESB,
da Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA)
e da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos
Naturais (CBRN).
O Sistema, baseado na tecnologia
dos SIGs, foi customizado e estruturado para facilitar
a análise, consulta e organização
das informações referentes aos empreendimentos
de mineração na região da BHRS,
proporcionando o acesso para os técnicos
usuários das agências de Sorocaba,
Itu e Botucatu. Tendo recebido a denominação
de SOROMIN, o produto foi elaborado para funcionar
em ambiente cliente-servidor, permitindo entrada
e atualização de dados, acesso em
diferentes níveis de administração
e análise e consulta por diferentes mecanismos
de busca e de classificação, entre
outras funcionalidades.
O Sistema é constituído
por bancos de dados georreferenciados, cuja modelagem
se caracteriza pela elaboração e criação
de tabelas de relacionamentos, com informações
tabulares do cadastro minerário da CETESB
e do Sistema Georreferenciado da Mineração
– SIGMINE -, do Departamento Nacional de Produção
Mineral - DNPM, integradas às diferentes
bases gráficas digitais. Informações
sobre a geologia, relevo, vegetação,
unidades de conservação e outras informações
pertinentes podem ser utilizadas para a visualização
das áreas de mineradas.
Motivação e Importância
A mineração existente
na BHRS se caracteriza, a exemplo do restante do
Estado de São Paulo, pela extração
de bens minerais não metálicos, principalmente
areia e brita para construção civil,
argila para cerâmicas, calcários para
a indústria cimenteira, de cal e de fertilizantes
e água mineral para consumo humano. Os dados
oficiais desta atividade encontram-se dispersos
em diferentes órgãos, raramente com
referência espacial associada, o que dificulta
a consulta e impede uma análise regional.
Decorreu daí a necessidade do uso das geotecnologias
para a modelagem de um Sistema Gerenciador de Informações,
em ambiente computacional, que se constituísse
em uma ferramenta ágil de análise
de dados e que permitisse estruturar um banco de
dados georreferenciados com informações
úteis na construção do quadro
ambiental, no qual a mineração será
contextualizada espacialmente, permitindo seu acompanhamento
durante as etapas do processo de licenciamento.
O SOROMIN será um instrumento de grande utilidade
e aplicabilidade para os técnicos envolvidos
com a atividade de licenciamento e fiscalização
de empreendimentos minerários das Agências
de Sorocaba, Itu e Botucatu, possibilitando melhor
controle e agilidade.
Os próximos passos prevêem instalação
e configuração dos equipamentos necessários
à utilização do sistema nas
três agências envolvidas, com um curto
período de testes e ajustes, seguido de treinamento
aos usuários. Além disso, a equipe
do IG e das agências envolvidas, pretendem
sugerir um protocolo operacional que permita inserir
o SOROMIN na rotina do licenciamento, garantindo
sua atualização constante e vinculação
com os demais sistemas de gerenciamento de informações
da CETESB.
Texto: Instituto Geológico
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Projeto de Pagamento por Serviços
Ambientais da SMA é apresentado no Senegal
02/05/2011 - O Projeto Mina d´Água
foi uns dos projetos apresentados no evento Global/DIME/AADAPT
Workshop for Impact Evaluation on Agricultural Adaptations,
promovido pelo Banco Mundial, entre 26 e 29 de abril,
em Dakar, no Senegal.
O objetivo do evento foi discutir
ferramentas e estratégias para avaliação
dos impactos de projetos de desenvolvimento rural
que se encontram em execução em países
da América Latina, África e Ásia.
Participaram mais de 170 pessoas em delegações
de 22 países. Do Brasil compareceram representantes
dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento
Agrário e delegações dos Estados
de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará
e São Paulo.
A delegação paulista, constituída
por Helena Carrascosa von Glehn e Caroline Vigo
Cogueto, da CBRN, tratou do Projeto Mina d´Água,
primeiro projeto de Pagamento por Serviços
Ambientais que integra o componente ecológico
previsto no Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável
– Microbacias II, executado pela CATI/SAA e pela
CBRN/SMA.
O Plano de Avaliação de Impactos do
Projeto Mina d´Água foi discutido em
oficina com especialistas do Banco Mundial e de
universidades e foi apresentado para os demais participantes
do evento em seção plenária.
Por meio da implementação do plano
espera-se avaliar o efeito dos pagamentos na indução
da proteção e recuperação
de nascentes, de modo a orientar a utilização
deste inovador instrumento de gestão ambiental.
As informações que serão obtidas
na avaliação servirão para
subsidiar o desenho dos próximos projetos
de pagamento por serviços ambientais que
serão instituídos no âmbito
da Política Estadual de Mudanças Climáticas.
Texto: CBRN
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Equilíbrio entre agricultura
e meio ambiente marca abertura da Agrishow 2011
02/05/2011 - A abertura da 18º
Feira Internacional de Tecnologia Agrícola
em Ação, a Agrishow 2011, foi marcada
pela discussão de diversos temas. Entre os
mais importantes estava o aumento da produção
agrícola com a preservação
ambiental. A participação do secretário
estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, reforçou
essa ideia. A solenidade foi realizada na manhã
dessa segunda-feira, 02, em Ribeirão Preto,
interior paulista.
Bruno Covas participou do encontro
ao lado do governador Geraldo Alckmin, do ministro
de Agricultura, Wagner Rossi, do secretário
da Agricultura do Estado, Antonio Julio Junqueira
de Queiroz, do presidente da Sociedade Rural Brasileira
(SRB), Cesário Ramalho, da prefeita Dárcy
Vera e outras autoridades, entre senadores, deputados
federais e estaduais.
Em seu discurso, o governador
citou o Protocolo Agroambiental como um exemplo
de São Paulo para o Brasil. “Eu trouxe os
dois secretários, do meio ambiente e da agricultura,
para ressaltar o quanto a Agrishow é verde.
Enquanto o mundo se depara com as mudanças
climáticas, saímos na frente e, junto
com o setor sucroenergético, estamos trabalhando
para o fim da queima da palha da cana-de-açúcar
para 2014. A Agrishow é uma feira de tecnologia
e máquinas, e é da mecanização
que vem o fim das queimadas” afirmou Alckmin, que
acrescentou “esse projeto é tão importante
e sustentável que não gera desemprego.
Por meio do “Via Rápida para o Trabalho”
vamos capacitar essa mão de obra, para que
os cortadores sejam reaproveitados. Já temos
na FATEC o curso de técnico em mecanização
de agricultura de precisão. É um exemplo
de sustentabilidade e produção”.
O secretário Bruno Covas
disse que o objetivo é expandir o Protocolo.
“Com o setor sucroenergético está
dando muito certo. Estamos em entendimento com outros
setores para a implantação de práticas
sustentáveis em outras áreas”, afirmou.
O presidente da SRB, Cesário
Ramalho, citou os entendimentos da agricultura com
o meio ambiente. “O Bruno Covas é um exemplo
de que essas áreas precisam andar juntas.
Com ele, temos bom diálogo, bons debates.
A agricultura não anda sem o meio ambiente.
Essa união é fundamental”, declarou.
O ministro da Agricultura também
ressaltou a importância das práticas
sustentáveis na agricultura brasileira. “Essa
é uma preocupação crescente.
Em São Paulo, graças aos esforços
do governador Geraldo Alckmin e do secretário
Bruno Covas, existe um equilíbrio cada vez
maior entre agricultura e meio ambiente no Estado”,
disse.
A 18º Agrishow vai até sexta-feira,
dia 06, no Pólo Regional de Desenvolvimento
Tecnológico dos Agronégócios
do Centro-Leste/Centro de Cana (Rodovia Antonio
Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto/SP).
Texto: Lukas Campagna