Panorama
 
 
 

GILBERTO CARVALHO DIZ QUE GOVERNO “NÃO JOGOU A TOALHA”
DEPOIS DE DERROTA NA VOTAÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2011

25/05/2011 - 15h26
Yara Aquino*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou hoje (25) que o governo não “jogou a toalha” com a derrota sofrida ontem (24) na votação do Código Florestal. As posições defendidas até agora pelo governo serão mantidas nas discussões no Senado, onde o ministro espera que o debate ocorra sem “tantas paixões”.

“Evidentemente não ficamos satisfeitos com a votação final do código, uma vez que gostaríamos que o acordo realizado anteriormente pudesse prevalecer. Não jogamos a toalha. Essa batalha se dará no Senado e faremos com tranquilidade. Esperamos que os ânimos se acalmem e o debate aconteça sem tantas paixões”, disse Carvalho.

O ministro negou que a votação na Câmara tenha abalado a relação entre o PT e o PMDB que, segundo ele, é um “casamento permanente”. Carvalho destacou que há crises em todos os casamentos, mas que esse não é o caso dos dois partidos governistas. "Não acabou a lua-de-mel, é um casamento permanente".

Gilberto Carvalho defendeu ainda a necessidade de um Código Florestal que combine produtividade e respeito à natureza.

Ontem (24), a Câmara dos Deputados aprovou com 410 votos a favor e 63 contra o novo Código Florestal. O governo pretende reverter no Senado pontos que é contra e ainda ampliar a punição do agricultor que for reincidente em crimes ambientais.

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Código Florestal muda lei ambiental em vigor desde 1965

25/05/2011 - 6h08
Danilo Macedo e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O projeto de lei do novo Código Florestal, aprovado pela Câmara, altera a lei ambiental que estava em vigor desde 1965. Algumas das mudanças aprovadas ainda podem ser alteradas durante a votação no Senado, para onde o texto será encaminhado agora, e também vetadas pela presidenta Dilma Rousseff. Entre as principais mudanças que podem ocorrer caso o projeto seja transformado em lei, estão definições sobre reserva legal e áreas de preservação permanente (APP).

Enquanto o código atual exige reserva legal mínima em todas as propriedades, variando de 80% na Amazônia a 35% no Cerrado e 20% nas outras regiões, o novo texto aprovado dispensa aquelas de até quatro módulos fiscais (medida que varia de 20 a 400 hectares) de recompor a área de reserva legal desmatada. Para esses casos, não haverá obrigatoriedade de percentual mínimo de preservação, valendo a manutenção da área de vegetação nativa existente em julho de 2008. Também fica autorizada a recomposição em áreas fora da propriedade, desde que no mesmo bioma.

A redação aprovada consolida plantações em encostas e topos de morros, definidas como APP, entre elas café, maçã, uva e fumo. A medida não permite, no entanto, novos desmatamentos nessas áreas.

Uma das mudanças mais polêmicas diz respeito à regularização ambiental. Pelo Código Florestal de 1965, os proprietários que não respeitaram os limites de reserva legal e de cultivos em APP estavam ilegais, sujeitos a multas por crimes ambientais e embargo das propriedades. Pelo novo texto, os produtores rurais terão que se inscrever no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e aderir ao Programa de Regularização Ambiental criado pelo governo federal.

A Emenda 164 - de autoria do deputado Paulo Piau (PMDB-MG)-, no entanto, votada e aprovada em plenário na madrugada de hoje (25), dá aos estados e ao Distrito Federal, tirando a exclusividade da União, o poder de definir os critérios de utilidade pública, baixo impacto ou interesse social para a regularização, além de liberar plantações e pastos feitos em APP até julho de 2008.

Segundo o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), caso a medida também passe pelo Senado, a presidenta Dilma a vetará, pois ela significa anistia aos desmatadores. O governo também quer que as possíveis liberações de desmatamento em áreas de preservação permanente sejam regulamentadas por decreto presidencial.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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