24/05/2011
Carlos Américo
O Ministério do Meio Ambiente e a Associação
Brasileira das Indústrias de Óleos
Vegetais (Abiove) vão repactuar a Moratória
da Soja para enfrentar o desmatamento da Amazônia.
Nesta terça-feira (24/5), a ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente da Abiove,
Carlo Lovatelli, se reuniram
para discutir novas ações para o controle
do desmatamento e garantir a produção
da indústria de óleos vegetais e exportadores
de cereais.
De acordo com o presidente da
Abiove, os números do desmatamento na Amazônia
nos meses de março e abril (593 Km²)
surpreendeu a todos. "Somos totalmente contra.
Se vier a ser confirmado que o desmatamento foi
ilegal para a produção de soja, esse
produtor não vai vender para Abiove ou para
qualquer parceiro", garantiu Lovatelli.
Segundo Lovatelli, levará
dois ou três anos para saber exatamente se
o desmatamento registrado pelo Inpe foi para a produção
de soja. Ele explicou que esse é o tempo
para preparar a terra para planar a oleaginosa.
"Vamos estudar para ver o que aconteceu e como
evitar que se repita", ressaltou.
O movimento contra a comercialização
da soja ilegal é representado por 90% da
cadeia produtiva no País. Participam da iniciativa
a Associação Brasileira da Indústria
de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação
Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O monitoramento
é realizado por satélites e sobrevôo
nas regiões suspeitas. Participam da moratória
organizações como Greenpeace, TNC,
WWF, governo federal, além de associações
produtoras.
A primeira moratória da
soja foi implementada em julho de 2006 com o objetivo
de conciliar o desenvolvimento econômico e
a conservação socioambiental no bioma
amazônico.