09/06/2011 - Como parte do projeto
“Enriquecimento Florístico do Parque Zoobotânico
do Museu Paraense Emílio Goeldi”, o Parque
Zoobotânico do Museu Goeldi recebeu
novas mudas de espécies da flora amazônica.
Iniciado no Dia Internacional da Biodiversidade,
em 2011, o projeto tem como meta fazer o plantio
especial de espécies nativas da Amazônia.
O plantio de mudas foi feito por funcionários
e colaboradores do Parque.
O plantio é atividade desenvolvida
pela bolsista Thatiana Figueiredo, no âmbito
do Programa de Capacitação Institucional
(PCI), sob orientação do engenheiro
florestal Amir Lima e tem como objetivo a introdução
de novos exemplares da flora no Parque do Goeldi.
Amir Lima, responsável pelo Setor de Flora
do Parque Zoobotânico, diz que “o Parque,
possui um acervo florístico antigo, sendo
parte dele já composto de plantas centenárias.
Sua população vegetal vem perdendo
algumas espécies, por necessidade de poda,
quando a planta se encontra em um local indevido,
ou por acontecimentos naturais”, explica Amir. E
por isso, “é necessário que nós
tenhamos um programa de replantio para que no futuro
essas mudas que estão sendo plantadas hoje,
venham a preencher de novo a cobertura vegetal do
Museu”, conclui.
Flora ameaçada
Segundo Amir, o enriquecimento
vai proporcionar a introdução no Parque
Zoobotânico de espécies ameaçadas
de extinção para que sejam preservadas
e o público visitante do Parque possa ter
acesso. A previsão é de que sejam
plantadas até o fim do ano 25 espécies,
sendo três delas ameaçadas de extinção,
entre elas o Pau-Brasil (Caesalpinia echinata).
O projeto prevê ainda expedições
ao interior do estado em busca para coleta de espécies
de interesse do Museu, e posterior plantio no Parque.
O Parque tem cerca de 500 espécies
de plantas, entre elas ervas, cipó, arbustos
e árvores de grande porte e ocupa uma área
de 5,4 hectares. Essas 500 espécies de plantas
estão representadas por, aproximadamente,
5 mil indivíduos, sendo raríssimos
os casos em que uma espécie tenha somente
um exemplar.
O Parque Zoobotânico, além
de colaborar na preservação de espécies
florísticas da Amazônia, também
funciona como um laboratório natural, servindo
de sala de aula ao ar livre para alunos e professores.
E do plantio de mudas participaram alguns funcionários
do Museu: “O fator social é importante, porque
você acaba envolvendo a comunidade e despertando
interesse e trato da vegetação”, frisa
Amir Lima.
+ Mais
Amazônia teve cerca de 270
km2 de área desmatada
30/06/2011 - Importante ferramenta
de suporte à fiscalização na
Amazônia, o sistema de Detecção
do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), indica
que, no último mês de maio, 268 quilômetros
quadrados da floresta sofreram corte raso ou degradação
progressiva. Relatórios completos sobre o
desmatamento verificado em maio, bem como nos meses
anteriores, estão disponíveis na página:
www.obt.inpe.br/deter
Em operação desde
2004, o Deter é um sistema de alerta para
suporte à fiscalização e controle
de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados
em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados
são enviados quase que diariamente ao Ibama,
responsável por fiscalizar as áreas
de alerta.
O Deter utiliza imagens do sensor
Modis do satélite Terra, com resolução
espacial de 250 metros, que possibilitam detectar
polígonos de desmatamento com área
maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos
são identificados devido à eventual
cobertura de nuvens.
A menor resolução
dos sensores usados pelo Deter é compensada
pela capacidade de observação diária,
que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar
rapidamente aos órgãos de fiscalização
sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas
de corte raso, quando os satélites detectam
a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas
classificadas como degradação progressiva,
que revelam o processo de desmatamento na região.
Os números apontados pelo
Deter são importantes indicadores para os
órgãos de controle e fiscalização.
No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento
por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza
o Prodes (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha
com imagens de melhor resolução espacial
capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
Em função da cobertura de nuvens variável
de um mês para outro e, também, da
resolução dos satélites, o
Inpe não recomenda a comparação
entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo
Deter.
A cada divulgação
sobre o sistema de alerta Deter, o Inpe apresenta
também um relatório de avaliação
amostral dos dados. Os relatórios, assim
como todos os dados relativos ao Deter, são
públicos e podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter