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“A QUESTÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL É UMA AÇÃO INDIVIDUAL”, AFIRMA DIRETOR DO INPA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2011

15/07/2011 - O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Adalberto Val, ministrou na quarta-feira (13) uma palestra sobre “As mudanças climáticas e os peixes de água doce”. Ele falou sobre os principais gases que causam as mudanças climáticas e citou algumas consequências que trazem aos biomas, principalmente os peixes. O evento fez parte das atividades da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Val citou o gás carbônico e o processo de concentração que antes demorava muito tempo e como, depois da revolução industrial, esse período diminuiu. “As concentrações de gás carbônico que antes demoravam milhões de anos para se agrupar, após a revolução industrial, houve um aumento significativo de concetrações desse gás em um espaço de tempo muito curto”, afirmou.

Alerta

Segundo Adalberto Val, os 17 anos mais quentes foram registrados nos últimos 20 anos, nesse contexto destacou cinco fatos importantes: as mudanças climáticas estão acontecendo e o homem está contribuindo para isso; as temperaturas continuam aumentando; as mudanças climáticas atuais não são apenas parte de um ciclo natural, há vários políticos do país que tem insistindo nessa questão para adiar o processo de recomposição das atitudes; o aquecimento atual não pode ser explicado apenas pela atividade solar ou por outros fatores naturais, há uma forte intervenção do homem.

Por isso, ele frizou a importância de se estudar cada organismo e, principalmente a Amazônia, que tem outros ambientes complexos, uma vez que ela abriga 20% de água doce do planeta.“A história evolutiva dos peixes está escondida no DNA dos animais que vivem nos rios e lagos que existem, o sistema aquático é um sistema multidisciplinar e multiescalar essencial para a vida e um problema integrativo que requer uma abordagem interdisciplinar”, explicou o diretor.

Para isso, o Inpa possui o Microcosmos - um conjunto de quatro salas que reproduzirão os cenários ambientais previstos pelo Painel Intergovernalmental de Mudanças Climáticas (IPCC) para o ano de 2100 –, onde serão incubados peixes, plantas, insetos durante um ano para saber se esses organismos são capazes de ter uma expressão gênica diferenciada e de se adaptarem a essa nova função.

Val encerrou a palestra falando da necessidade de pensarmos em novas adaptações e novas formas de energia que possam contribuir para a dimunição desses gases que causam as mudanças climáticas.

“Precisamos pensar na forma que usamos a energia, quando você anda de carro sozinho para se deslocar de um lugar para o outro, nós estamos colocando energia em algo que pesa por volta de 1.200 quilos para levar uma pessoa que pesa em média 70 quilos, ou seja, nós gastamos uma imensa quantidade de energia para deslocar um pequeno corpo no espaço”, exemplificou.

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Mudanças climáticas e suas consequências na vida marinha

13/07/2011 - Os efeitos das mudanças climáticas na vida marinha. Esse foi o tema da palestra do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Adalberto Luis Val, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia (GO). Ele abordou as consequências da concentração, na atmosfera, dos gases de efeito estufa nos organismos dos peixes, focando a região da Amazônia. Região na qual o também professor realiza pesquisas há mais de 30 anos.

Em sua apresentação, o diretor do Inpa explicou de que forma a concentração de calor pode afetar o sistema biológico de peixes, plantas aquáticas, micro-organismos e outros. Segundo Val, a cada dia a concentração de gás carbônico tem aumentado significativamente. O que no passado demorava-se séculos, atualmente, tem oscilado em um curto espaço de tempo. “Temos vários atores que atuam neste sentido, desde causas naturais até variações antrópicas (quando há a influência do homem). Cada nação precisa desenvolver ações com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas, mais do que isso, precisamos também agir em conjunto”, enfatizou.

Para Val, essas variações de temperatura têm impactado por exemplo na migração de algumas espécies de peixes para ambientes mais frios, devido ao aquecimento do ambiente aquático. A situação é parecida também com as populações de algumas espécies de plantas que se movimentam para altitudes maiores. Como diversas espécies de peixes de ambientes tropicais são importantes dispersoras de sementes, a manutenção da floresta nos ambientes afetados é comprometida, o que resulta na diminuição das populações de árvores e peixes.

Para o diretor o Inpa, as espécies marinhas estão vivendo hoje uma atmosfera relativamente parecida com o que ocorreu há vários séculos com alto nível de gás carbônico associado ao aumento da temperatura. Adalberto Val adiantou que pesquisadores do Inpa estão tentando recriar as condições climáticas de milhares de anos atrás e prever um cenário futuro para o ano de 2100. “A nossa hipótese é que os organismos dos seres marinhos se adpatam ao longo do tempo de acordo com a situação em que se encontram. A nossa intenção é submeter peixes, plantas e micro-organismos a uma condição de alta temperatura e de concentração de gás carbônico. Eles ficaram em estufas por um ano”, explicou.


 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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