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ICMBIO REALIZA PROJETO DE IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE ONÇAS-PINTADAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2011

Carolina Lobo
Brasília (30/06/2011) - Desde 2010 o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio dos analistas ambientais da Estação Ecológica de Taiamã (MT), Daniel Luis Zanella Kantek e Selma Onuma, realiza projeto de identificação visual de onças-pintadas na bacia do alto rio Paraguai, no Pantanal Norte, região da Esec. Intitulado “Estudo de identificação de exemplares de onça-pintada (Panthera onca) através do padrão de manchas da pele”, o projeto visa obter estimativas de deslocamento e tamanho populacional de Panthera onca na UC e seu entorno.

A região da Esec é notoriamente caracterizada pela presença constante de onças-pintadas, e por já ocorreram ataques documentados a humanos, sendo o aprofundamento no estudo desta espécie imprescindível.

Vinte indivíduos já foram identificados. Como a espécie possui padrão de pelagem (pintas) individualizado, espera-se, por meio da observação e registros fotográficos de exemplares desses animais, dentro da Esec e no seu entorno, obter o tamanho populacional e outras informações biológicas desse táxon na região da UC.

O coordenador do projeto, Daniel Luis Zanella Kantek, biólogo e Doutor em Genética e Evolução, ressalta que o estudo, além de buscar quantificar o número populacional local da espécie e tomar conhecimento de sua área de vida, também auxiliará no processo de ampliação da UC.

“Informações sobre a biologia das onças-pintadas irão subsidiar ações de conservação na região da estação ecológica, como a realização do plano de manejo e a ampliação da Esec. Esses dados irão servir como subsídio na argumentação para aumentar a UC a fim de proteger a onça-pintada, a qual requer áreas extensas para sobrevivência. Proteger as chamadas espécies guarda-chuva implica na conservação das outras espécies componentes do ecossistema em que ocorre”, afirma o analista ambiental.

As observações com coordenadas geográficas e foto da face do animal são obtidas por meio de excursões fluviais realizadas nos rios que ficam no entorno da unidade ou por armadilhas fotográficas. Os registros são obtidos geralmente durante as atividades de rotina, como fiscalização. “Existe bastante demanda de fiscalização por ser uma UC localizada em região com muitos peixes como pintado, pacu etc”, afirma Kantek. A maioria dos registros é de 2010, ano em que começou a catalogação, no entanto existem registros a partir de 2007.

O projeto conta com o apoio de outros servidores da UC, de fotógrafos, de operadores de turismo de onças na região, e de pesquisadores, que contribuem com repasse de dados e fotos. Cabe a Daniel Kantek analisar os dados e anotar as coordenadas geográficas da localização de cada exemplar, a fim de plotar os resultados em um mapa e observar seus deslocamentos. Os dados gerados ainda poderão servir de subsídio para futuro estudo com colocação de rádio-colar nas onças.

Onça-pintada - É o maior felino das Américas e o único representante atual do gênero Panthera no continente. A onça-pintada possui um padrão de atividade crepuscular-noturno e mais de 85 espécies-presa já foram relatadas em sua dieta. Entre as principais, a queixada (Tayassu pecari) e a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), sendo que no Pantanal uma parcela qrande de presas são jacarés . No Brasil, depois da Amazônia, o Pantanal representa o maior refúgio contínuo para a onça-pintada e suas presas. No entanto, o abate ilegal de onças-pintadas em retaliação aos prejuízos que causam nos rebanhos domésticos representa ameaça a essa população. A espécie é classificada pela IUCN, a União Internacional para a Conservação da Natureza, como vulnerável (VU).

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Resex Mapuá entrega kits para manejo do açaí

Brasília (19/07/2011) - A equipe de analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fez na semana passada a entrega de 20 kits para manejo de açaizais na Reserva Extrativista Mapuá, no município de Breves, Ilha do Marajó, Pará.

A entrega dos kits aconteceu na Casa Familiar Rural (CFR), na Comunidade Bom Jesus, local onde desde o início do ano estão sendo realizadas Oficinas de Manejo do Açaí, atendendo ao projeto Medida de Desenvolvimento (MD) do Marajó.

De acordo com a analista ambiental Diana Alencar, “nessas oficinas estão sendo repassadas informações técnicas para potencializar a produção e agregar valor ao cultivo do açaí, que hoje é amplamente utilizado em diversos produtos no Brasil e no mundo”.

Estão sendo capacitadas 20 famílias na Comunidade Bom Jesus, com aulas teóricas e atividades práticas diretamente nas propriedades rurais. “Buscando ampliar essas ações, foram entregues kits com ferramentas e equipamentos de proteção individual, adquiridos com recursos do Programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia), incluindo facões, limas, botas, meiões, capacetes, roçadeiras, trenas e cordas”, destaca Alencar.

Um dos participantes do treinamento é Daniel Penteado, do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), que realizou uma vistoria no viveiro de mudas nativas, em implantação.

“Com certeza essas capacitações irão gerar muitos frutos para fomentar o desenvolvimento econômico e social das populações locais, garantindo o uso sustentável dos recursos naturais”, avalia Daniel.

DESENVOLVIMENTO – O “Projeto Medida de Desenvolvimento (MD) Manejo e Desenvolvimento Sustentável nas Florestas do Marajó” tem como objetivo fomentar o desenvolvimento econômico e social das populações locais, garantindo o uso sustentável dos recursos naturais.

Trata-se de um trabalho realizado pela Agência de Cooperação Alemã GIZ, em parceria com o Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS), Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Além da Resex Mapuá, o projeto contempla também as comunidades marajoaras da Resex Terra Grande Pracuúba, situada nos municípios de Curralinho e São Sebastião da Boa Vista.

O Projeto MD do Marajó é coordenado por Cristina Silva, do CNS, e pelo economista Johannes Zimpel, da GIZ. Os cooperantes Édel de Moraes e Ivanildo Brilhante são os executores das ações junto às comunidades locais.


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
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