31/08/2011 - 19h15
Meio Ambiente
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O grupo EBX, do empresário
Eike Batista, enviou carta na tarde de hoje (31)
ao representante do Greenpeace, Marcelo Furtado,
sobre a manifestação realizada hoje
pelo grupo ativista, na sede da empresa, no centro
do Rio. Os manifestantes exigiram, no protesto,
resposta da empresa com relação à
exploração de petróleo e gás,
em águas profundos, nas proximidades do Parque
Nacional dos Abrolhos, no litoral da Bahia. O Greenpeace
pede a suspensão das atividades.
O grupo EBC alega que realiza todas as suas atividades
operacionais no Brasil em conformidade com a legislação
aplicável, respeitando rigorosamente a legislação
ambiental vigente e as regulamentações
da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na nota, o grupo informa que participa da exploração
de gás e petróleo na região
da Bacia do Espírito Santo, juntamente com
a Perenco Brasil, esta última responsável
pela exploração dos blocos BM-ES-37
e BM-ES-38, e que a exploração é
feita em águas profundas, a uma distância
aproximada de 150 quilômetros ao sul do Parque
Nacional Marinho dos Abrolhos, não oferecendo
qualquer risco ao parque.
A nota diz ainda que a empresa petrolífera
do grupo, a OGX, alinhada à política
de sustentabilidade do grupo EBX, está comprometida
com a proteção da biodiversidade brasileira,
inclusive apoiando importantes unidades de conservação
como o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, por
um período de dez anos. “A companhia considera
o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos uma área
importante para a biodiversidade e que deve ser
preservada”.
+ Mais
Greenpeace protesta contra exploração
de petróleo no Parque Nacional Marinho dos
Abrolhos
31/08/2011
Rio de Janeiro - Vestidos de baleias e com máscaras
do empresário Eike Batista, ativistas do
Greenpeace, ocuparam na manhã de hoje a sede
do grupo EBX, do qual Eike é presidente,
localizada na esquina das ruas do Passeio e Senador
Dantas, no centro do Rio. Os manifestantes querem
uma resposta da empresa com relação
à suspensão da exploração
de gás e petróleo nos arredores do
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral
da Bahia.
De acordo com a coordenadora da campanha Clima e
Energia, do Greeanpeace, Leandra Gonçalves,
a ideia da fantasia é mostrar que as dez
empresas nacionais e estrangeiras envolvidas na
exploração de petróleo estão
ameaçando a população de cerca
de 10 mil baleias jubartes que se reproduzem na
região.”A montagem da atividade, da ação
direta não violenta, foi fazer uma alusão
a quem de fato pode estar causando algum dano, alguma
ameaça para esses animais”.
Ainda segundo Leandra, foram enviadas cartas às
dez empresas proprietárias de blocos na região
no dia 26 de julho, mas as de Eike Batista e sua
sócia, a petroleira Perenco, não deram
resposta. ”No dia 5 de agosto, mais de 13 mil ativistas
enviaram cartas as essas empresas exigindo apoio
a essa moratória e devolução
dos blocos de exploração nessa área
e também não houve nenhuma resposta”.
Para o diretor de segurança corporativa da
EBX, André Aldgeire, a empresa está
aberta ao diálogo, desde que seja de forma
pacífica e legal. “Nós sempre cedemos
para diálogos, mas não na pressão.
Na pressão é um negócio complicado”.