06/09/2011
- Uma parceria vai garantir a continuidade do Programa
de Recolhimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos
que, ano passado, recebeu 12 milhões de recipientes
– o equivalente a mais de 5 mil toneladas de plástico.
Para isso, foi assinado nesta
terça-feira (6) um convênio entre a
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, o Instituto das Águas do
Paraná (AguasParaná), o Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev)
e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O secretário Jonel Iurk
disse que o programa é um modelo para o País.
O projeto opera a partir de um sistema que compreende
cinco fases: treinamento dos funcionários
envolvidos no processo, atividades de educação
ambiental para conscientizar os agricultores, controle
das embalagens devolvidas, fiscalização
dos produtores rurais quanto à devolução
dos recipientes e pesquisas com os dados do programa.
Desse modo, o Estado diminui o
descarte incorreto dos frascos de agrotóxicos
e o risco de dano ambiental e à saúde
pública. “Asseguramos o recolhimento e destinação
adequada de 98% das embalagens, obtendo um dos melhores
resultados a nível nacional. Isso contribui
para a preservação das águas,
dos solos e melhoria da qualidade de vida da população”,
afirma o presidente do AguasParaná, Márcio
Nunes.
Atualmente, o Paraná conta
com 75 pontos de recebimento, com destaque para
as centrais do Oeste, que processam o maior volume
de materiais.
De acordo com o presidente do
Inpev, João Cesar Rando, as embalagens são
recolhidas pelo sistema de logística reversa.
“Temos 17 associações de revendedores
de agrotóxicos cadastradas e responsáveis
por transportar o material devolvido para os locais
de destinação adequada”, explica.
No Paraná, estima-se que 280 mil agricultores
utilizem agrotóxicos em suas plantações.
Pelo acordo, a UFPR ficará
responsável por capacitar os professores
e alunos envolvidos no programa. Até agora
6 mil pessoas já receberam o treinamento.
O reitor da universidade, Zaki
Akel Júnior, salientou a importância
do trabalho em conjunto entre estado, sociedade
e instituições educacionais. “O governo
Beto Richa tem se mostrado muito aberto ao diálogo
e à cooperação. A UFPR está
à disposição do Estado para
atuar em equipe”, disse.
O chefe do Departamento de Resíduos
Sólidos Rurais do AguasParaná, Rui
Leão Mueller, disse que a eficiência
do processo depende da participação
dos produtores rurais.
“O agricultor tem um papel fundamental.
Ele deve fazer a tríplice lavagem dos frascos,
perfurar o fundo para evitar sua reutilização,
acondicioná-lo de modo correto e devolvê-lo
no ponto de venda dentro da data estabelecida”,
esclarece.
Após a assinatura do termo,
o AguasParaná entregou aos representantes
das instituições que participaram
da solenidade um relatório com os dados levantados
pelo programa até agora. Segundo Mueller,
além de oferecer um panorama do projeto,
o documento também pode auxiliar a detectar
problemas quanto ao recebimento dos recipientes
vazios.
As embalagens devolvidas são
recicladas e reaproveitadas para a fabricação
de materiais como tubos para canalização
de esgoto, eletrodutos (conduites) para construção,
bombonas plásticas para incineração,
entre outros.
O acordo vem ao encontro das diretrizes
da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), que prevê que estados e municípios
façam a destinação correta
do lixo.
Também estiveram presentes
na assinatura do convênio o secretário
da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara;
o coordenador estadual de Recursos Hídricos,
Eduardo Gobbi; o diretor de Ciências Agrárias
da UFPR, Eduardo Teixeira da Silva; o diretor-geral
do AguasParaná, Everton Souza; e a diretora-financeira
do AguasParaná, Marilda Zarpelon Keller,
e um representantes da Funpar (Fundação
da Universidade Federal do Paraná).
Fonte: Assessoria de Comunicação Social-
Sema