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ANALISTAS DO ICMBIO IDENTIFICAM CACTO AMEAÇADO DE EXTINÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2011

Brasília (08/09/2011) – O cacto Micranthocereus hofackerianus está ameaçado de extinção. O levantamento que identificou e avaliou a situação da espécie foi feita por servidores do Parque Nacional da Chapada da Diamantina, unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Bahia. O trabalho foi coordenado pelo professor Marlon Machado, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). A planta ocorre apenas no município de Piatã (BA).

Com o objetivo de conservar e reduzir o risco de extinção de espécies de cactáceas no país, o ICMBio elaborou o Plano de Ação Nacional (PAN) para Conservação de Cactáceas. Coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e da Caatinga (CECAT) o plano abrange 28 espécies ameaçadas de extinção.

O documento foi consolidado com a participação de diversas instituições como Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades, organizações não governamentais e centros de pesquisa internacionais. Entre suas ações o plano estabelece a fiscalização da área de ocorrência da Micranthocereus hofackerianus.

Pressão - Durante uma primeira excursão, o local onde a espécie ocorre foi visitado e constatada extração de areia da região. Também foi verificado que o lixão da cidade de Piatã está próxima à área. Instruído a cessar as atividades, o proprietário recebeu informações sobre a espécie e riscos que ela corria.

Com o apoio de um ambientalista do município, o proprietário da jazida de areia marcou, com a ajuda de um aparelho de GPS, outros pontos onde a espécie pode ser encontrada. Uma nova visita foi agendada até a localidade, ocasião em que pontos localizados foram vistoriados e a ocorrência da espécie foi confirmada.

Versões completas do relatório das atividades serão submetidas às autoridades competentes para que se procure tomar medidas que levem à regularização do lixão do município de Piatã, de onde partem incêndios frequentes, além de regularizar a ação de extração de areia na região, atividade suspensa no momento.

Já foram feitos contatos com empresários que atuam no setor do agronegócio na região com a finalidade de aquisição de áreas de ocorrência da espécie para criação de reserva particular para sua proteção.

Uso - A espécie ocorre em uma área aproximada de 13 por 5 km de extensão, paralela a Serra de Santana, em solos arenosos e numa vegetação predominantemente arbustiva com elementos dos biomas do Cerrado e da Caatinga, semelhante à capitinga encontrada no município de Lençóis.

Os dados colhidos em campo indicam que a espécie tem potencial como planta ornamental e que seu cultivo organizado poderá vir a ser uma fonte de renda para a comunidade local. Os resultados estão sendo sintetizados e deverão ser publicados em uma nota a ser submetida brevemente em um periódico cientifico.

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Instituto Chico Mendes lança cartilha de regularização fundiária de UCs

Brasília (24/08/2011) - Durante as comemorações do aniversário de seus quatro anos de criação, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou, por meio da Coordenação-geral de Consolidação Territorial (CGFUN/Diusp) e equipe do Parque Nacional do Itatiaia (RJ), a Cartilha de Regularização Fundiária de Unidades de Conservação Federais. O objetivo desta publicação é demonstrar, na prática, todos os passos da aplicação da Instrução Normativa nº 02/2009, que institui os procedimentos a serem adotados pelos proprietários, posseiros e pelo Instituto Chico Mendes para viabilizar a regularização fundiária das unidades de conservação federais, possibilitando o prosseguimento de inúmeros processos de indenização de imóveis paralisados, além de possibilitar a recepção de imóveis a título de doação. Aborda desde a abertura do processo de indenização até a transferência das áreas pelo ICMBio.

A cartilha, disponibilizada neste primeiro momento em formato virtual, pode ser acessada e utilizada tanto pelos servidores da nossa autarquia quanto pelos proprietários de terras ou de benfeitorias em unidades de conservação, tendo acesso amplo às informações quanto aos seus direitos e como requerê-los.

A implementação e gestão efetiva de uma unidade de conservação está estreitamente relacionada à regularização da sua situação fundiária. Historicamente, a complexa legislação, a falta de padronização dos procedimentos, a carência de pessoal especializado, a limitação de recursos financeiros, entre outras questões, foram fatores que dificultaram muito a aquisição de terras em UCs. Este quadro passou a mudar com a publicação da IN nº 02/2009.

A coordenadora-geral de Consolidação Territorial do ICMBio, Eliani Maciel, destaca que a cartilha foi inspirada na recente experiência no Parna do Itatiaia, que por meio de um esforço institucional e de parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), retomou seu processo de regularização fundiária depois de 50 anos.

Segundo Eliani, essa é mais uma iniciativa para facilitar e acelerar as ações de desapropriações e indenizações de ocupações nas unidades. A ideia é tornar o procedimento transparente em linguagem acessível, apresentando, inclusive, modelos de documentos que podem ser utilizados por todos os interessados em conhecer ou requerer seus direitos.

O procurador-chefe Nacional do ICMBio, Daniel Otaviano de Melo Ribeiro, também celebrou a medida. Para Daniel, a consolidação dos procedimentos em um único documento proporcionará um ganho em escala na regularização das unidades de conservação, permitindo que qualquer servidor, mesmo os menos familiarizados com as questões fundiárias, possam atuar na matéria valendo-se das instruções e modelos disponibilizados pela cartilha.

A formulação e publicação da Cartilha de Regularização Fundiária de Unidades de Conservação Federais teve o apoio da Conservation International e da Fundação SOS Mata Atlântica.


 

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