Panorama
 
 
 

BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ INICIA
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA EM 2012

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2011

A lei estadual nº 12.183, de 2005, dispõe sobre a cobrança pelo uso dos recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo e tem como seus principais objetivos: reconhecer a água como bem público de valor econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor. Visa incentivar o uso racional e sustentável e distribuir o custo socioambiental pelo uso degradador e indiscriminado da água. Além disso, a cobrança serve como instrumento de planejamento e gestão, bem como permite a obtenção de recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados no planejamento para a gestão integrada das bacias hidrográficas.

Ela incide sobre os usuários sujeitos a outorga, ou seja, aqueles que dispõem de autorização, sob a forma de outorga pelo uso da água, para captar água e/ou lançar efluentes diretamente em um corpo d´água superficial ou subterrâneo. A cobrança trata da remuneração pela utilização de um bem público, a água, constituindo, portanto, preço público, distinto de taxa ou tarifa por prestação de serviço, como é o caso da conta de água paga mensalmente pelo consumidor final.

O território da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê quase coincide com o da Região Metropolitana de São Paulo. Dos 39 municípios da RMSP, 20 estão completamente inseridos, 14 possuem sua sede urbana totalmente inserida e tres municípios possuem parte de sua área rural na bacia. Somente para o abastecimento doméstico são utilizados cerca de 76% dos recursos hídricos disponíveis no Alto Tietê, enquanto as indústrias usam mais 20,5%.

Na Bacia do Alto Tietê, como nas demais do Estado de São Paulo, existe um comitê de composição tripartite, formado por representantes da sociedade civil, de empresas, de concessionárias de serviços de saneamento e do poder público estadual e municipal. É esse comitê quem estabelece os mecanismos de gestão e decide sobre as questões voltadas à conservação e recuperação dos recursos hídricos.

Os recursos arrecadados com a cobrança serão utilizados na própria Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, visando à conservação dos mananciais, saneamento, educação ambiental, monitoramento e controle da qualidade e quantidade de água, obras, aprimoramento institucional, etc., segundo as prioridades de investimentos definidas exclusivamente pelo Comitê da Bacia do Alto Tietê.

Não é o Estado quem define o valor a ser pago pelo uso da água, mas sim os comitês, que propõem o preço a ser cobrado na bacia sob sua jurisdição após amplos debates considerando as diversas necessidades e as peculiaridades e múltiplos usos dos recursos hídricos em cada bacia.

a) para captação, extração e derivação: PUBcap = R$ 0,01 por m3 de água captado, extraído ou derivado;

b) para consumo: PUBcons = R$ 0,02 por m3 de água consumido;

c) para lançamento de carga de DBO5,20: PUBDBO = R$ 0,10 por kg de carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20°C) – DBO5,20.

A Bacia do Alto Tietê é a quarta do Estado de São Paulo a cobrar pelo uso da água, conforme balanço da implantação da cobrança nos comitês de bacias hidrográficas. Os comitês dos rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí e Paraíba do Sul foram os primeiros a iniciar a cobrança, com boletos emitidos no exercício de 2007. Já o Comitê Sorocaba Médio Tietê começou a emitir boletos a partir do ano de 2010.

A cobrança deve começar em março de 2012 e pagarão pela água os usuários urbanos e industriais da Bacia do Alto Tietê que utilizam mais de 5 metros cúbicos por dia, e está disponível no site www.fabhat.org.br um simulador para que os usuários que têm outorga para o uso da água na Bacia do Alto Tietê façam uma estimativa do montante a ser pago a partir de 2012.

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Gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos na América Latina e Caribe

"Terceiro Encontro Técnico Latino-Americano de Alto Nível, Gestão de Resíduos Sólidos" aconteceu no auditório da CETESB

As últimas tendências na gestão de resíduos na América Latina e Caribe foram apresentadas no “Terceiro Encontro Técnico Latino-Americano de Alto Nível, Gestão de Resíduos Sólidos”, entre os dias 22 e 23/09, durante evento realizado no auditório da CETESB. Neste evento foi apresentado os resultados do projeto AVAL 2010, uma avaliação regional da gestão integrada dos resíduos sólidos na América Latina e Caribe, elaborado pela AIDIS - Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental, Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

Flávio Ribeiro, assessor da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, lembrou na abertura do evento que a questão de resíduos sólidos urbanos vem sendo discutida há mais de 40 anos na instituição. Em função da importância do tema, a SMA instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos, oferecendo a possibilidade das empresas e setores em desenvolver programas de responsabilidade pós-consumo, e o comprometimento desses setores produtivos em buscar soluções conjuntas visando a proteção da saúde humana e os ecossistemas, além de assegurar o uso eficiente dos recursos naturais.

“Com o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e o aumento de renda da população, conseqüentemente houve um aumento do consumo; nesse sentido, temos que desacoplar o grande desenvolvimento econômico social com o aumento dos altos impactos ambientais, esse é o nosso grande desafio”, observou.

Ribeiro reforçou o compromisso do Estado de São Paulo em fazer cumprir a política de resíduos, em comum acordo com o governo federal. “É importante que as empresas percebam a política reversa, e a Secretaria, nesse sentido, tem inovado nas Políticas Públicas”, disse.

Para o diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental da CETESB, Carlos Roberto dos Santos, a questão dos resíduos sólidos urbanos tem sido o maior desafio da atualidade na política de gestão pública. “Se pensarmos que o Brasil produz 160 mil toneladas por dia de resíduos e 10% é produzido na cidade de São Paulo, isso nos preocupa muito, pois temos que buscar soluções viáveis, econômica e ambientalmente corretas para o problemática do lixo, principalmente a sua periculosidade”, destacou.

Por sua vez, o presidente da AIDIS, Rafael Dautant, falou que os resultados do projeto da AVAL 2010 é um ambicioso plano e um grande passo na América Latina, proporcionando uma visão clara dos problemas que as cidades da América Latina enfrentam, em busca soluções. O trabalho traz, entre outros dados importantes, o significativo progresso na gestão de resíduos sólidos urbano nos últimos anos, comparado com os dados recolhidos por uma pesquisa regional anterior (AVAL 2002).

A avaliação mostra que, enquanto a população urbana na América Latina aumentou em 63 milhões durante o período, mais de 111 milhões de habitantes urbanos receberam serviços de coleta, no período avaliado. Ou seja, mais da meta da população urbana na América Latina tem seus resíduos dispostos em aterros sanitários adequados, diante de menos de uma quarto, há oito anos. Isso equivale a 167 milhões de pessoas adicionais atendidas.

O resultado do projeto “Avaliação Regional da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbano na América Latina e Caribe” contou com a participação e colaboração de profissionais e especialistas e instituições públicas e privadas e organizações não governamentais, vinculadas ao setor de resíduos sólidos da América Latina e Caribe.
Texto: Rosely Ferreira


 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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