16/09/2011
- O governador Beto Richa recebeu nesta sexta-feira
(16) uma cópia da nova Base Hidrográfica
Oficial do Paraná. O Estado é o primeiro
do país a dispor de uma base hidrográfica
oficial homologada pela Agência Nacional de
Águas (ANA), na escala de 1 para 50 mil.
A nova ferramenta foi inteiramente
financiada pela Copel e teve a participação
de doze organismos e instituições
da administração pública estadual
e federal, sob coordenação do Instituto
das Águas do Paraná (Aguasparaná).
Estão mapeados, identificados, codificados
e detalhados os mais de 976 mil cursos d’água
de todos os portes existentes no Estado – inclusive
com a caracterização do relevo, representado
por curvas de nível com resolução
de até 20 metros.
Richa destacou a sinergia entre
os diferentes órgãos e agradeceu o
trabalho dos técnicos envolvidos no projeto.
Disse que esta é mais uma demonstração
de que a Copel caminha para voltar a ser referência
nacional no setor energético, embalada pelo
novo momento que vive o Paraná. “Esse estudo
permite que possamos ter um planejamento do uso
responsável da água e um desenvolvimento
sustentável no Estado, com preservação
do meio ambiente”, disse Richa.
Para o governador, a ferramenta
ajuda a conhecer todo o potencial a ser explorado
com projetos de geração de energia,
como em Pequenas Centrais Hidrelétricas,
e para avaliar o abastecimento de água em
todas as regiões, que ele considera fundamental
para os empreendimentos que o Governo do Estado
está buscando para gerar riqueza, emprego
e renda no Paraná.
No evento, realizado na sede da
Copel, em Curitiba, o governador também autorizou
a renovação de um convênio entre
a estatal de energia e o Instituto das Águas
para a operação conjunta e uso compartilhado
dos dados hidrológicos colhidos por uma rede
de 83 estações de medição
instaladas no Estado. O acordo terá vigência
de quatro anos e prevê o repasse da Copel
de R$ 4,1 milhões para a Aguasparaná
nesse período.
PIONEIRISMO - O presidente da
Copel, Lindolfo Zimmer, destacou o pioneirismo doe
projeto, que permite conhecer melhor as riquezas
naturais do estado. Ele explicou que a nova base
hidrográfica uniformiza e promove a integração
das informações disponíveis
em inúmeros mapas já produzidos sobre
os recursos hídricos do Paraná. “Em
razão de sua importância, a Base Hidrográfica
Oficial do Paraná estará na internet
para uso e consulta de todos os interessados, ajudando
a promover o crescimento harmonioso e sustentável
do Estado”.
A Base Hidrográfica Oficial
é integrada por um estudo altimétrico,
a rede hídrica codificada e o detalhamento
das microbacias paranaenses, todos na mesma base
cartográfica, em escala de 1 para 50 mil.
O mapeamento é acompanhado de um Sistema
de Informações Geográficas
com grande nível de detalhamento, que oferece
inúmeras aplicações no processo
de formulação e implantação
de políticas públicas para o crescimento
sustentável do Estado.
A elaboração do
estudo custou R$ 1,6 milhão e foi realizada
durante três anos por profissionais da Copel,
Aguasparaná, Sanepar, Mineropar, Itaipu,
Comec, Emater, Paranacidade, Secretarias da Agricultura
e do Meio Ambiente, Instituto Ambiental do Paraná,
ITCG e Lactec.
O presidente do Instituto das
Águas do Paraná, Márcio Nunes,
disse que o novo estudo é fundamental, porque
unifica a base cartográfica, hidrográfica
e altimétrica. “Isso possibilita, por exemplo,
que empreendedores que desejem fazer loteamentos
possam se a área é passível
de alagamentos ou não, e também para
a implantação de novas indústrias”,
afirmou.
Segundo Márcio Nunes, o
Paraná é um grande manancial de água
no país. “Hoje apenas 3% de todo o nosso
potencial hídrico é utilizado, ainda
temos 97% a ser explorados. Podemos usar todo esse
potencial para geração de riqueza,
energia e desenvolvimento, sem esquecer da preservação
desse podentical para as gerações
futuras”, afirmou.
MODELO NACIONAL — O superintendente
de gestão da informação da
Agência Nacional de Águas, Sérgio
Augusto Barbosa, disse que o trabalho realizado
pelo Paraná é um modelo que deve ser
seguido pelos demais estados porque traz um conhecimento
do território necessário para o planejamento
de todo tipo de investimento, especificamente na
gestão de recursos hídricos. “O Brasil
precisa avançar para ter uma melhor escala
cartográfica e um melhor conhecimento de
seu território. Isso resolve muitos problemas
e reduz custos de implantação de projetos”,
afirmou.
Também participaram da
solenidade o secretário de Meio Ambiente,
Jonel Iurk, deputados federais Eduardo Sciarra e
Rosane Ferreira, representantes de universidades
e dirigentes das entidades envolvidas no projeto.
APLICAÇÕES — A partir
da homologação da Base Hidrográfica
Oficial do Paraná, as diversas áreas
da administração pública terão
uma nova ferramenta de apoio em suas ações.
Para a Copel, a nova ferramenta será de extrema
utilidade na gestão dos reservatórios
de usinas hidrelétricas.
A Companhia de Saneamento do Paraná
(Sanepar) terá mais facilidade para formular
a expansão do sistema de abastecimento, identificando
eventuais novos pontos para captação,
e do sistema de coleta e tratamento de esgoto. As
prefeituras de todos os municípios também
se beneficiarão das informações
para a formulação dos seus planos
de recursos hídricos e de uso e ocupação
do solo.
A Secretaria de Agricultura e
do Abastecimento vai se beneficiar com informações
úteis para as ações de água
e saneamento rural. Para a Emater, vão permitir
o diagnóstico, planejamento, implantação
e monitoramento das ações em microbacias,
como o programa de combate à erosão
do solo.
O Instituto das Águas do
Paraná, que responsável pela manutenção
e atualização das informações
contidas na Base Hidrográfica e nos produtos
a ela vinculados, terá facilitadas suas tarefas
de emissão da outorga de direito de uso da
água, planejamento e implementação
das ações do Plano Estadual de Recursos
Hídricos e Planos de Bacias, monitoramento
hidrológico e classificação
da qualidade dos corpos d’água.
A Secretaria do Meio Ambiente
e Recursos Hídricos poderá aproveitar
as informações no planejamento e implementação
de ações ambientais integradas, visando
ao uso e preservação dos rios e aquíferos
paranaenses.
Da mesma forma, o Instituto Ambiental
do Paraná disporá de novos elementos
para o trabalho de licenciamento ambiental. A Mineropar
aproveitará os dados em estudos geológicos,
o serviço autônomo Paranacidade poderá
embasar e orientar os planos diretores municipais
e regionais. Para a Comec será uma ferramenta
a mais para o planejamento regional ambiental da
Região Metropolitana de Curitiba. A Itaipu
Binacional usará a ferramenta na continuidade
do seu programa Cultivando Água Boa.
Além das instituições
do Estado, a Base Hidrográfica poderá
ser utilizada por toda a comunidade universitária,
servindo como pano de fundo para diversas pesquisas
acadêmicas. Ela também servirá
como modelo e referência para a geração
de produto similar para todos os demais estados
brasileiros.
A operação integrada
da rede hidrológica de interesse mútuo,
com desenvolvimento de trabalhos conjuntos e distribuição
de responsabilidades entre os dois agentes, proporciona
redução de custos de operação,
evitando a duplicidade de esforços e contribuindo
para a obtenção de dados precisos
e confiáveis para o Sistema de Estadual de
Informações sobre Recursos Hídricos.
Fonte: AEN
+Mais
Projeto Estradas com Araucárias
é apresentado aos gestores municipais
20/09/2011 - Gestores ambientais
de 17 municípios paranaenses estiveram reunidos
em Curitiba nesta terça-feira (20), para
conhecer detalhes do projeto Estradas com Araucárias.
Desenvolvido pela Coordenadoria de Mudanças
Climáticas da Secretária Estadual
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema),
o projeto pretende unir municípios, produtores
rurais e empresas para compensar emissões
de gases de efeito estufa- GEE- por meio do plantio
de araucárias .
Durante a reunião, secretários
municipais, especialistas e técnicos foram
informados de que os produtores rurais podem participar
com o plantio de árvores nas divisas das
propriedades rurais.
Lançado no mês passado
no município de Araucária, o projeto
conta com a parceria do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), Embrapa, Emater, Universidade Federal do
Paraná (UFPR) e Secretária Estadual
de Agricultura e Abastecimento (Seab), e pretende
além da captura de CO2, contribuir com ao
melhoramento genético dessa espécie,
ampliação do turismo rural, educação
ambiental, alimentação da fauna silvestre,
paisagismo rural.
Para o secretário de meio
ambiente de Rio Azul Ângelo Ulbrici, o programa
só oferece benefícios. “Com o programa
o produtor vai contribuir com o meio ambiente, pois
não terá apenas mais uma árvore
em sua propriedade e sim uma fonte de renda,”,destacou.
PLANTIO- O plantio destas árvores
será feito em faixas de terra que façam
divisas com estradas, as empresas devem fazer um
diagnóstico da emissão GEE, para que
seja feito um cálculo do número de
árvores necessárias para a devida
compensação.
A empresa LOGA - Logística e Transportes-
foi a primeira a aderir ao programa aqui no Paraná.
“Nossa empresa já vinha buscando uma maneira
de mitigar a emissão de CO2 no transporte
de produtos químicos”, explica Rafael Maia,
representante da empresa.
De acordo com Themis Piazzetta, coordenadora estadual
de Mudanças Climáticas da Sema, é
importante que haja uma conscientização
por parte de quem emite poluentes.“Além de
plantar uma espécie que está em extinção
e compensar o CO2 emitido, as empresas desenvolvem
um trabalho sócioambiental e recebem benefícios
tributários”, finaliza.
PARTICIPANTES- Estiveram presentes
representantes dos muncípios de Rio Negro,
Arapoti, Ponta Grossa, Campo Magro, Fazenda Rio
Grande, Guarapuava, Irati, Prudentópolis,
Teixeira Soares, Palmeira, Bocaiúva do Sul,
São Mateus do Sul, Rio Azul, Tibagi, Ortigueira
e Curitiba.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social