27/09/2011 - 19h04
Meio Ambiente
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O 4º Congresso Internacional
sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável
2011), aberto hoje (27), no Rio de Janeiro, vai
promover, entre outras iniciativas, a “tropicalização”
do documento Visão 2050, lançado no
ano passado pelo Conselho Empresarial Mundial para
o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla
em inglês). O documento estabelece uma nova
agenda para os negócios, que incorpora valores
como a biodiversidade e o bem-estar das pessoas.
Durante o Sustentável 2011, a ideia é
construir uma agenda brasileira para a sustentabilidade
(Visão 2050 Brasil), que será levada
à presidenta Dilma Rousseff. O documento
será apresentado na Conferência das
Nações Unidas sobre Sustentabilidade
(Rio+20), em 2012, pelo Conselho Empresarial Brasileiro
para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS),
promotor do congresso. A agenda Visão 2050
Brasil objetiva fazer com que o país atinja
metas de desenvolvimento sustentável em um
prazo de 40 anos.
O presidente executivo do CEBDS, Marcos Bicudo,
ressaltou que as crises econômicas ficaram
mais curtas e mais próximas, o que gerou
a criação de um novo paradigma no
mundo, chamado economia verde. Na opinião
de Bicudo, para que o planeta não fique insustentável,
as mudanças precisam ser feitas com senso
de urgência.
O secretário geral
assistente da Organização das Nações
Unidas (ONU) e coordenador executivo para a Rio+20,
Brice Lalonde, destacou a necessidade de serem encontradas
lideranças brasileiras, aproveitando o momento
histórico de mudança política
em termos globais. Segundo ele, toda a sociedade
deve se envolver na preocupação em
relação ao futuro. “Não só
o governo federal, mas os governos locais, as pessoas,
as empresas”.
Um dos responsáveis pelo documento Visão
2050, Mohammad Zaidi, ex-presidente da Alcoa, disse
que o Brasil pode exercer uma posição
de liderança na construção
de um mundo sustentável, em especial na questão
de florestas e de energias renováveis. Disse
que o cenário em que 9 bilhões de
pessoas vivam bem em 2050 requer melhorias importantes
e colaboração global dos governos,
das empresas, da sociedade em geral. Ele manifestou-se
otimista no sentido de que o mundo vai encontrar
as soluções para que isso ocorra.
“Os desafios que a sociedade encara vão ser
solucionados com solidariedade e cooperação
global”.
+ Mais
Poluição do ar mata
pelo menos 2 milhões de pessoas por ano no
mundo, diz OMS
26/09/2011 - 15h51
Meio Ambiente
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pelo menos 2 milhões de
pessoas morrem no mundo devido à má
qualidade do ar causada por poluição.
A conclusão é da Organização
Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados
de 1.100 cidades, de 91 países, com mais
de 100 mil habitantes. Segundo especialistas, a
contaminação do ar pode levar a problemas
cardíacos e respiratórios.
"A poluição atmosférica
é um grave problema de saúde ambiental.
É vital que aumentemos os esforços
para reduzir o impacto na saúde que [a poluição
atmosférica] cria", disse a diretora
de Saúde Pública e Meio Ambiente da
OMS, Maria Neira.
De acordo com ela, é necessário que
as autoridades de cada país façam
monitoramentos constantes para medir a poluição
do ar. “[Assim] podemos reduzir significativamente
o número de pessoas que sofrem de doenças
respiratórias e cardíacas e até
de câncer de pulmão.”
Segundo Neira, é fundamental lembrar que
a poluição do ar é provocada
por vários fatores, como os gases de escapamentos
dos veículos, a fumaça de fábricas
e fuligem das usinas de carvão. “Em muitos
países não há qualquer regulamentação
sobre a qualidade do ar. Quando há normas
nacionais, elas variam muito na sua aplicação.”
A OMS informou ainda que em 2008 cerca de 1,34 milhão
de pessoas morreram prematuramente por causa dos
efeitos da poluição sobre a saúde.
Segundo especialistas, políticas de prevenção
podem evitar as mortes prematuras.