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COMISSÃO DA CÂMARA VÊ FALHA DA CHEVRON NA OPERAÇÃO DO CAMPO DE FRADE E SUGERE PLANO DE CONTINGENCIAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2011

28/11/2011 - 20h50
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Deputados da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, criada na semana passada para acompanhar as ações para acabar com o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, passaram o dia de hoje (28) levantando informações sobre o acidente ambiental. O grupo – formado pelos deputados Doutor Aluízio (PV-RJ), Delegado Protógenes (PCdoB-SP), Paulo Feijó (PP-RJ) e Alessandro Molon (PT-RJ) – reuniu-se com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e com a Polícia Federal (PF).

O vazamento ocorreu no dia 8 de novembro. A petrolífera norte-americana Chevron é a responsável pela exploração de petróleo no Campo de Frade, que fica no litoral norte do Rio de Janeiro.

A comissão também vai averiguar os danos ambientais e à saúde decorrentes do acidente. “A grande falha está na operação da Chevron nesse processo e na falta de um plano nacional de contingenciamento. A indústria do petróleo tem que ter um novo pensamento, a partir de agora, em relação aos crimes ambientais, para que se possa operar o pré-sal com menos risco”, sustentou Aluízio, presidente da comissão e autor do requerimento de criação da comissão externa. Para ele, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) agiu com atraso na questão, embora tenha aplicado multas à petrolífera.

O deputado Delegado Protógenes reiterou a necessidade de haver uma entidade que centralize os esforços em caso de acidente ambiental. “Em todo incidente que envolve a indústria do petróleo, nos ressentimos de não ter uma figura central que administre todas as informações em tempo real. Há necessidade de o Congresso Nacional cumprir o seu papel e aprovar o Plano Nacional de Contingenciamento”, observou Protógenes, que é relator da matéria. Segundo ele, o relatório final, com as conclusões dos parlamentares integrantes da comissão, será apresentado no início de 2012 à presidência da Câmara.

Para o deputado Molon, é preciso aperfeiçoar a legislação brasileira sobre o assunto. “Nossa função é fiscalizar se o Poder Executivo está cumprindo bem suas funções. A existência da comissão acelera a ação dos diversos órgãos envolvidos e contribui para que o Parlamento aperfeiçoe a legislação ambiental para que, em outro caso semelhante, o país esteja mais bem preparado para reagir mais rápido e evitar danos ao meio ambiente”, disse Molon.

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MPF instaura três inquéritos sobre vazamento de óleo na Bacia de Campos

28/11/2011 - 18h06
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Três inquéritos civis públicos foram instaurados hoje (28) pelo Ministério Público Federal em Macaé (MPF) sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, explorado pela Chevron. O objetivo é investigar as causas, condições e consequências do vazamento, ocorrido no dia 7 de novembro.

De acordo com nota divulgada hoje (28) pelo MPF, o primeiro inquérito avaliará os impactos que o acidente pode causar à atividade pesqueira e à economia dos municípios de Macaé, Carapebus e Rio das Ostras, todos no litoral norte fluminense.

Além disso, dois dos inquéritos visam a avaliar se houve omissão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em elaborar os planos regionais e nacional de contingência. A investigação ainda apura se a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também cometeu falhas de controle das atividades petroleiras no local do vazamento.

O procurador Flávio de Carvalho Reis pediu ainda expedição de ofício à Marinha, requisitando cópia de todos relatórios técnicos relacionados ao acidente e esclarecimentos quanto ao impacto causado à atividade pesqueira na região.

A Chevron informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não foi notificada dos três procedimentos e que cumpre as normas legislativas dos países onde opera.

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Comissão da Câmara encontra indícios de vazamento de óleo nas galerias fluviais de Duque de Caxias

29/11/2011 - 15h33
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Deputados da Comissão Externa da Câmara, criada na semana passada para acompanhar as ações contra o vazamento de óleo da plataforma da empresa americana Chevron, na Bacia de Campos, constaram que há indícios de irregularidades no armazenamento do óleo retirado do Campo de Frade. Os deputados Delegado Protógenes (PCdoB-SP), Dr. Aluízio (PV-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ) disseram ter encontrado vários indícios de que a água contaminada com óleo está sendo liberada para as galerias fluviais sem tratamento adequado pela empresa de manejo de resíduos industriais Contecom, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O deputado Chico Alencar disse que os órgãos públicos não estão preparados para lidar com situações de vazamento de petróleo. “Constatamos irregularidades e situações questionáveis. A empresa estava no limite de sua capacidade de receber rejeitos. As piscinas e os tanques [estão] lotados, transbordando. Não tem caixa separadora de água e óleo. A probabilidade dessa água oleosa estar sendo escoada nos rios é enorme. Além disso, a documentação está adulterada, com irregularidades na especificação do que podem receber de resíduo e a licença ambiental está vencida desde 2010”.

As irregularidades também foram constatadas pelo delegado Fabio Scliar, chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, que investiga as causas do vazamento. Ele esteve no local na segunda-feira (28), e identificou um vazamento de óleo na rede fluvial de Duque de Caxias.

A Chevron contratou a Brasco Offshore para gerir os resíduos que vazaram no mar da Bacia de Campos, e a Contecom foi subcontratada pela Brasco, com o consentimento da Chevron, para a disposição final dos resíduos. Uma funcionária da empresa foi detida na segunda-feira para prestar esclarecimentos na Polícia Federal, mas o órgão ainda não se manifestou sobre o assunto.

“Em um país que aposta muito no petróleo, no pré-sal, ao primeiro problema que tem mostrar essa ineficiência de contenção, prevenção de cuidado ambiental, é muito grave. Além disso, a integração entre os órgãos não existe para combater esse tipo de problema”, disse Alencar.

Para o deputado Dr. Aluízio, presidente da comissão, o caso é emblemático e precisa ser tratado com rigor. “Essa água que está indo para a rede [fluvial] está contaminada. Estamos voltando para Brasília, vamos montar um relatório e vamos cobrar uma lei clara do Plano Nacional de Contingência e uma atuação mais rigorosa e enérgica dos órgãos responsáveis”, disse.

A Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro informou segunda-feira (28), por meio de nota, que a empresa Brasco Offshore e a Contecom, responsáveis pela gestão e armazenagem do óleo recolhido do Campo de Frade, estão com as licenças em dia e regularizadas. A secretaria também informou que os técnicos que realizaram a vistoria junto com a PF não encontraram irregularidades na quantidade transportada de resíduos ou na operação de separação do óleo (para se checar o que poderá ser reciclado e o que não poderá ser reciclado). Na mesma nota, a secretaria afirma que “se o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar encontrou outros tipos de irregularidades, em outros pontos, não há o que contestar, ele deve estar com a razão”. Na nota, a secretaria diz ainda, que apoia integralmente a ação da PF.


 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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