Brasília (28/11/2011) –
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação
de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), realizou, entre os dias 19 de setembro
e 9 de outubro, expedição científica
no trecho da bacia do Rio Tapajós, que abrange
as corredeiras de São Luiz do Tapajós,
próximo a Itaituba, estado do Pará.
Nesta área, encontra-se o maior mosaico de
Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia,
constituído, entre outras, pelo Parque Nacional
da Amazônia e florestas nacionais Jamanxim
I e II. A região será afetada pela
construção da usina hidrelétrica
de São Luiz do Tapajós.
O trabalho
dos pesquisadores durante a expedição
foi registrado pela equipe da EPTV, afiliada da
Rede Globo em Campinas (SP), para a produção
de um programa Globo Repórter, que será
levado ao ar no próximo dia 2 de dezembro.
O programa não se restringirá à
ictiofuna. Mostrará também outros
aspectos relacionados à fauna e flora e condições
socioambientais da região.
OBJETIVOS - A expedição teve o objetivo
de fazer um levantamento prévio da ictiofauna
da área, já que são poucos
os dados disponíveis em literatura. Durante
os trabalhos, foi feita a coleta de material biológico
que vai gerar dados primários sobre a diversidade
de peixes e parasitos presentes no rio Tapajós.
Os dados poderão ser utilizados como indicadores
de alterações ambientais decorrentes
de ações antrópicas na região
do Parque Nacional da Amazônia e de seu entorno.
A iniciativa reforça o cumprimento das metas
do projeto “Levantamento da ictiofauna, caracterização
genética e da fauna parasitária da
bacia hidrográfica do rio Tapajós”.
Durante a expedição, foram capturadas
e identificadas 160 espécies de peixes. Esse
número já ultrapassou a 225 espécies,
uma vez que uma grande quantidade de pequenos peixes
foi fixada em álcool etílico para
posterior identificação. Os pesquisadores
do Cepta realizaram ainda a extração
de tecido para depósito no Museu da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), Campus de Botucatu (SP).
O material poderá ser utilizado em possíveis
análises genéticas.
No levantamento da fauna parasitária, foram
analisados 234 peixes, pertencentes a 32 espécies,
sendo que em todos os peixes foi encontrada pelo
menos uma espécie de parasito. Os parasitos
que não puderam ser identificados em campo
foram fixados em formalina a 5% e AFA para posterior
identificação.
O Rio Tapajós é formado pela confluência
dos rio Teles Pires e Juruena, em Barra de São
Manuel, na fronteira entre Pará e Mato Grosso,
e percorre uma extensão de aproximadamente
800 quilômetros até desaguar no Amazonas.
A sua bacia está distribuída pelos
estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia
e Amazonas, ocupando uma área total de 492.263
km2.
Ascom/ICMBio
+ Mais
Tapajós é a floresta
nacional mais pesquisada do País
Brasília (30/11/2011) –
A Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no
Pará, é hoje a unidade de conservação
da categoria Flona com o maior número de
autorizações de pesquisa no Brasil
e a unidade de conservação com o maior
número de autorizações de pesquisa
na Amazônia.
A revelação foi feita durante o I
Seminário de Pesquisa Científica da
Floresta Nacional do Tapajós, no Pará,
que acaba de ser realizado por iniciativa do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio).
Coube ao coordenador do Sistema de Informação
em Biodiversidade (Sisbio), Rodrigo Jorge, do Instituto
Chico Mendes, e o coordenador de pesquisa científica
da Flona do Tapajós, Dárlison Andrade,
fazer o anúncio durante o seminário.
Eles deram palestra sobre a importância da
parceria que deve existir entre pesquisadores e
ICMBio.
Ainda durante o evento, vários pesquisadores
de instituições parceiras também
proferiram palestra.
O pesquisador, Ademir Ruschel,
da Embrapa, falou sobre Os 30 anos de pesquisa da
Embrapa na Floresta Nacional do Tapajós.
Ele ressaltou a importância desses estudos
para o avanço da ciência florestal
na Amazônia.
Já o coordenador do Programa LBA, Rodrigo
Silva, discorreu sobre os resultados dos doze anos
de pesquisas do programa na Floresta Nacional do
Tapajós.
Ascom/ICMBio