16 de novembro de 2011 - Fonte:
Ascom Ibama - Campo Grande (10/11/2011) - Encerrou
esta semana a segunda fase da Operação
Guardiões do Pantanal. Agentes
do Ibama, Polícia Federal e Funai atuaram
na Terra Indígena Kadiweu, localizada no
sudoeste do estado. Com um total de 530 mil hectares,
a Terra Indígena configura uma importante
área de transição entre o pantanal
e o cerrado sul mato-grossense, ficando próxima
à fronteira do Brasil com o Paraguai.
Diversas denúncias davam
conta da ocorrência de extração
ilegal de madeira e desmatamentos no interior da
terra, o que foi confirmado pelas equipes de fiscalização,
com lavratura de multas no total de R$ 625 mil e
o embargo de 125 hectares de área explorada
ilegalmente.
Em uma área de exploração
ilegal, os agentes de fiscalização
flagraram uma extração de madeira
em plena atividade e apreenderam um trator de esteira.
Dentre os infratores que trabalhavam no local, foi
identificado um cidadão paraguaio.
Os agentes identificaram também
diversos outros pontos de extração
de madeira no interior da TI, onde foram apreendidos
16 metros cúbicos de madeira, entre lascas
e madeira serrada, além de uma espingarda
calibre 22.
O trabalho continua, em conjunto
com a Polícia Federal, com o objetivo do
investigar e identificar todos os envolvidos na
extração, transporte e comercialização
ilegal madeira da Terra Indígena.
Ao todo, a Operação
Guardiões do Pantanal, iniciada em 27 de
outubro, foi responsável por um total de
R$ 17,5 milhões em multas, além da
apreensão de um trator de esteira, um caminhão,
400 metros cúbicos de madeira nativa, duas
motosserras, quatro armas de fogo e 76 quilos de
carne de animais silvestres.
+ Mais
38 etnias participam do XI Jogos
dos Povos Indígenas
06 de novembro de 2011 - Uma mistura
de culturas, linguas, cantos e cores, marcaram o
início da décima primeira edição
dos Jogos dos Povos Indígenas. O evento começou
ontem (05), e segue até o próximo
sábado, dia 12. Os jogos são considerados
um dos maiores encontros esportivos culturais e
tradicionais de indígenas das Américas.
O objetivo central dos jogos é promover o
esporte socioeducacional como identidade das culturas
autótoctones, voltado à promoção
da cidadania indígena, á integração
e aos valores tradicionais.
A abertura do evento, foi impactada
pela alegria contagiante de 1400 indígenas
que vieram de diversas regiões do país,
para celebrar sua existência, cultura e seus
esportes tradicionais. Como uma forma de manter
suas tradições vivas, o encontro foi
marcado pelo cerimônial do fogo, onde um indígena
da Ilha do Bananal (TO), ascendeu a chama do, "Fogo
Sagrado", que é um princípio
dos Jogos dos Povos Indigenas. O fogo sagrado é
um pouco diferente da "Tocha Olímpica"
- de carregar tocha acesa. O fogo dos povos indígenas
significa exatamente a possibilidade de construir
novos cenários de relacionamentos humanos.
E foi com a perspectiva de avançar,
que o Ministro do Esporte Aldo Rebelo, manifestou
intenção de transformar os jogos dos
povos indígenas em um evento internacional."
Os jogos indígenas é uma forma de
valorizar suas tradições culturais
e celebrar a vida. O governo brasileiro irá
se empenhar para transformar os jogos indígenas
em um evento internacional", declarou o ministro.
Toriaiwá da etnia Assurini (PA), veio para
os jogos com um grupo de 40 participantes e ressalta
a satisfação de participar do encontro
esportivo. "Estamos muito felizes em poder
fazer parte de um evento como esse, é uma
forma de conhecermos outras culturas, outros lugares,
e acima de tudo, fortalecer nossas raízes",
disse.
Serão sete dias de competições
e apresentações culturais com a participação
de 38 etnias brasileiras. O critério primordial
adotado pela organização do evento,
na escolha das etnias participantes, é o
fator cultural, ou seja, costumes originários,
línguas, ritos, danças, instrumentos
musicais, artesanatos, pinturas corporais e principalmente
os seus esportes tradicionais. A corrida de tora,
arco e flecha, arremesso de lança, canoagem,
cabo de força e futebol masculino e feminino,
estão entre as diversas modalidades esportivas
a serem disputadas.
Para o atleta indígena
Reginaldo Tapirapé (TO), participar dos jogos
é uma forma de fortalecer a base da cultura
indígena. "Esse é um momento
de integração de vários povos
e não é uma competição
apenas. O nosso jogo fortalece, nos une e também
vai garantir a tradição da nossa futura
geração".
Aproximadamente 8 mil pessoas
poderão acompanhar de perto as atrações.
Foi montada uma ampla estrutura de arquibancadas
para receber os visitantes e também 30 ocas
foram construídas formando uma “aldeia olímpica”
para hospedar os atletas indígenas.
O evento tem como palco a Ilha
de Porto Real, no município tocantinense
Porto Nacional, localizado cerca de 60 km da capital
Palmas.