29/11/2011 - O Deter, sistema
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do
Inpe, que mede o desmatamento mensalmente, registrou
uma área de 385,5 Km2 de corte raso e degradação
da floresta amazônica
em outubro. O número não altera a
tendência das taxas de desmatamento na Amazônia
Legal, que de janeiro a setembro de 2011 recuou
em 1,3% em relação ao mesmo período
de 2010.
Apenas 17% do território
coberto pelos satélites Terra/Aqua e CBERs
apresentaram cobertura de nuvens, o que facilitou
a detecção, permitindo com que o total
de áreas observadas seja 91% superior ao
de setembro. Os meses mais secos costumam apresentar
taxas mais elevadas. Mesmo assim, comparado a outubro
de 2010, quando foi registrada uma área desflorestada
de 389 Km2, a queda no mesmo período foi
de 7,8%.
De acordo com a Diretoria do Departamento
de Políticas de Combate ao Desmatamento,
uma frente de desflorestamento em Porto Velho (RO)
e nos municípios próximos é
apontada como responsável por 33% do total
da área desmatada em toda a Amazônia
Legal. Ainda não é possível
saber se a supressão de vegetação
ocorrida é legal ou ilegal, o que depende
da análise das autorizações
dos órgãos licenciadores.
O município de Porto Velho
vem liderando a lista de desmatadores, atingindo
58,1 Km2 em outubro. A área é mais
que o dobro da verificada no município de
Novo Repartimento, no Pará, o segundo na
lista de maiores desmatadores, com 19,8 Km2. O total
da área desmatada em Rondônia atingiu
128,5 Km2. Informações preliminares
do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente do estado
indicam que o fenômeno está ligado
ao aquecimento da economia local. O segundo estado
que mais desmatou foi o Pará, com 119,4 Km2;
seguido do Mato Grosso, com 98,1Km2.
Criado para facilitar o trabalho
da fiscalização do Ibama, pois aponta
as áreas prioritárias para a atuação
dos fiscais, o Deter é utilizado pelo MMA
como indicador de tendência de desmatamento,
que hoje está concentrado em polígonos
menores. Em outubro, a área média
voltou a cair, chegando ao seu valor mais baixo
do ano, com áreas de pouco mais de 0,5 km2.
+ Mais
MMA quer ampliação
de cooperação com a Alemanha
17/11/2011
Paulenir Constâncio
A ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente,
disse nesta quinta-feira (17/11) que o Brasil deve
ampliar a participação de energias
renováveis, como a eólica, fotovoltaica
e solar, na matriz energética. Em encontro
com o governador do estado alemão de Baden-Wurttemberg,
Winfried Kretschmann , em Brasília, ela destacou
que o planeta precisa evoluir em torno da geração
de energia renovável e segura e defendeu
a ampliação da cooperação
Brasil-Alemanha na área ambiental.
Na reunião, com representantes
do governo alemão, foram discutidos pontos
preliminares para uma pauta de cooperação
bilateral na área de tecnologias ambientais.
Baden- Wurttemberg é um dos estados da Alemanha
mais desenvolvidos no setor tecnológico.
A cooperação entre o Brasil e a Alemanha,
segundo a ministra, contam com sólida experiência
e tradição. "Estamos ampliando
a magnitude dessa cooperação",
avaliou Izabella.
Mudanças Climáticas,
energias renováveis, biodiesel, etanol e
Amazônia foram os assuntos abordados no encontro.
A ministra apresentou ao governador os resultados
do Programa de Ações de Prevenção
e Combate do Desmatamento na Amazônia, o PPCDAm,
que conseguiu uma redução de 74% da
área desmatada, com relação
a 2004, que mereceram elogios por parte do governador.
Para Kretschmann, o Brasil "é
o parceiro apropriado", graças ao seu
dinamismo na área ambiental e na economia.
A ministra lembrou que o desenvolvimento requer
a geração de energia de forma sustentável,
salientando que a matriz energética brasileira
é uma das mais limpas do mundo, com quase
80% da energia renovável. Para ela, é
preciso reduzir os custos das energias limpas. "Temos
que avançar em termos de geração
de energias renováveis", salientou.