Panorama
 
 
 

QUINZE PAPAGAIOS-DE-PEITO-ROXO SÃO REINTRODUZIDOS
NO PARQUE NACIONAL DAS ARAUCÁRIAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2011

Sandra Tavares
Brasília (11/11/2011) – Um projeto inovador acaba de colher seus primeiros resultados no Parque Nacional das Araucárias, Unidade de Conservação federal gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade localizada em Santa Catarina. O objetivo foi reintroduzir 15 papagaios-de-peito-roxo (Amazona vinacea) na natureza.

O projeto teve início em agosto de 2010, quando os animais, oriundos de apreensões, permaneceram em cativeiro até janeiro deste ano, no CETAS de Florianópolis. Durante os quatro meses anteriores à soltura, os papagaios foram treinados diariamente para voarem, desenvolvendo musculatura das asas e habilidade de vôo.

Quando eles se aproximavam de algum humano lhes era apresentado um estímulo aversivo não-invasivo para que não associassem a presença de um humano a um evento prazeroso ou nulo. Geralmente o estímulo era um ruído forte.

A alimentação foi apresentada de forma o mais natural possível, estimulando o comportamento de manipulação. Os alimentos foram disponibilizados em plataformas, construídas no alto do recinto, em troncos ocos e/ou pendurados no viveiro, para que os papagaios fossem estimulados a buscar o alimento e deixassem de permanecer tanto tempo em solo.

Para saber se a estratégia estava dando certo, pesquisadores pesavam os animais a cada 15 dias e adaptavam a dieta de acordo com a média de peso do grupo.

Dos 22 indivíduos, seis papagaios foram reprovados no teste de capacidade de vôo e conseqüentemente não foram soltos, totalizando 16 animais que atingiram os requerimentos propostos.

Destes 16, oito animais foram equipados com rádio-colar falso trinta dias antes da soltura para se habituarem ao peso do equipamento, que não ultrapassava 5% da massa corporal; e outros quatro desses animais receberam o rádio-colar verdadeiro três dias antes de serem levados ao local de soltura.

Após exames laboratoriais prévios à soltura, um papagaio apresentou hemoparasitas, o que fez com que os veterinários do projeto optassem por não soltá-lo. E durante o período de cativeiro dois animais vieram à óbito, um devido à bactéria Escherichia coli gama hemolítico, e outro devido à infestação parasitária por parasita não identificado.

Quinze animais receberam anilhas metálicas cedidas pelo Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE), vinculado ao ICMBio – instrumento que facilita o monitoramento da espécie após solta na natureza.



O transporte até o local de soltura foi realizado pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina em um caminhão climatizado e acompanhado por um dos veterinários responsáveis pelo projeto.

Os animais foram colocados em um viveiro provisório, no local de soltura, medindo 4m X 2m X 2m, onde permaneceram por quatro dias até a abertura do mesmo. Pesquisadores vêm monitorando os animais soltos desde então.

As pesquisadoras do Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza, Joice Reche Pedroso e Vanessa Tavares Kanaan, estão preparando um novo lote de espécimes para soltar na unidade. Com os dados do monitoramento do primeiro grupo, aumentarão as chances de sucesso de reintrodução da espécie. O apoio é dado pelo chefe do Parque Nacional das Araucárias e pelos colegas da Estação Ecológica da Mata Preta e do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas.

Sobre a espécie
O papagaio-de-peito-roxo é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, habitando originalmente da Bahia ao Rio Grande do Sul, o sudeste do Paraguai e o nordeste da Argentina.[6] Ocorre em altitudes de até 2 mil m, em habitats que variam da floresta úmida tropical e subtropical e mata de pinhais às beiras dos campos, do cerrado e do pantanal.

Chega a medir até 30 cm de comprimento, com plumagem geral verde, mas com penas arroxeadas no peito, de aspecto escamoso, que continuam em torno do pescoço em tons azuis como uma gola, a qual pode ser eriçada em certas ocasiões; loros, fronte, base do bico, encontro e espelho alar são vermelhos. A extremidade da asa é verde-azulada e as partes externas das penas secundárias são vermelhas. Seu dorso e cauda são verde-amarelados. O bico é avermelhado com a ponta acinzentada, a íris é vermelha e os pés são cinza. Não há dimorfismo sexual evidente, mas as fêmeas podem ser um pouco menores do que os machos.

A espécie, apesar de típica da região, não havia sido mais localizada pelos pesquisadores no interior do Parna Araucárias. O que indica que agora ela está de volta.
Ascom/ICMBio

+ Mais

Filhote de gato-maracajá é devolvido à Rebio das Perobas

Brasília (24/11/11) – Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii) foi resgatado na tarde do último domingo (20), em Tuneiras do Oeste, no entorno da Reserva Biológica (Rebio) das Perobas, no Paraná. Segundo funcionários da Santa Casa Municipal Nossa Senhora das Graças, o animal entrou pela porta da frente do pronto-socorro, assustou-se com as pessoas e subiu em uma árvore, nos fundos do hospital.

Integrantes do Corpo de Bombeiro de Cianorte, da Polícia Ambiental, acompanhados da bióloga da Secretaria de Meio Ambiente de Cianorte Cristiane Rocco e dos veterinários Vitor Hugo Cavasin e Juliana Cavasin fizeram o resgate, que contou também com auxílio de pessoas da comunidade.

Após ser sedado, o animal passou por exames clínicos realizados pelos veterinários. Como apresentou boa saúde, sem nenhum ferimento ou qualquer outro anomalia, o gato-maracajá foi solto no interior da Rebio.

Pela proximidade da Rebio com a área urbana de Tuneiras do Oeste, os profissionais envolvidos puderam concluir que o animal tenha saído da unidade. O biólogo Antônio Guilherme Cândido da Silva, analista ambiental da Rebio das Perobas, disse também que o gato-maracajá é muito confundido com a jaguatirica.
Ascom/ICMBio


 

ICMBio - Instituto Chico Mendes
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.