Panorama
 
 
 

EXPANSÃO DO MANEJO PODE EVITAR APAGÃO
FLORESTAL DE MADEIRA LEGAL DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2011

23/12/2011 - A produção de madeira nativa da Amazônia em áreas privadas segue em queda e se mantiver o ritmo dos últimos anos, em duas décadas deve chegar a 5 milhões de metros cúbicos, quando a demanda deve ser de 21 milhões de metros cúbicos, em uma perspectiva conservadora.

Uma publicação elaborada pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), lançada nessa quarta-feira (21/12), mostra que para ampliar a produção legal e sustentável será necessário disponibilizar áreas para manejo em florestas públicas, principalmente aquelas ainda na categoria de não destinadas.

Existem mais de 64 milhões de florestas públicas não destinadas (sem uso definido) segundo dados do SFB e estima-se que seriam necessários 36 milhões de hectares, em um ciclo de 30 anos, para gerar 21 milhões de metros cúbicos anuais de madeira para o mercado. A produção atual de madeira no País está em torno de 14 milhões, segundo estudo do SFB e Imazon.

A publicação oferece uma perspectiva da demanda e da oferta de madeira de florestas nativas para nos anteciparmos a um problema de escassez que já aconteceu no setor de energia. No caso florestal, existe uma demanda que vem do mercado e precisamos saber de onde vai sair a oferta de madeira para que venha de fontes legais e sustentáveis, afirma a diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos.

Fontes atuais

O mercado para madeira segue aquecido no Brasil, puxado pelo crescimento da economia e por programas de infraestrutura. A produção em áreas privadas, porém, tende a decrescer devido ao aumento da fiscalização, dificuldade de expansão em função dos problemas fundiários na Amazônia, substituição da madeira por outros produtos, e poucas áreas privadas com floresta e situação fundiária regular, diz o gerente de Planejamento do SFB, José Humberto Chaves.

Esse panorama coloca as florestas públicas como uma das principais fontes para gerar madeira nativa legal nas próximas décadas, criar empregos, renda e reduzir a pobreza. As florestas não destinadas ocupam um papel especial, pois o potencial produtivo das áreas destinadas florestas nacionais federais (flonas) e estaduais (flotas) e reservas extrativistas (resex) não permite atingir, sozinho, a demanda esperada de 21 milhões de metros cúbicos de madeira.

As áreas com potencial para extração florestal em unidades de conservação de uso sustentável, que têm como objetivo a produção e o manejo florestal, somam em torno de 11 milhões de hectares, com uma produção mínima estimada em 6 milhões de m³ por ano.

A conta só fecha se o manejo puder se expandir para as florestas não destinadas, que precisam ser transformadas em áreas específicas para produção. Isso pode ocorrer por meio da destinação direta de parte dessas áreas para concessão florestal ou, alternativamente, com a criação de florestas nacionais, afirma Cláudia Azevedo-Ramos.

Segundo o relatório, há cerca de 15 milhões de hectares de florestas federais não destinadas com capacidade para a produção florestal, e 25 milhões de hectares em florestas estaduais não destinadas na mesma condição. Esses valores já excluem áreas com potenciais conflito de uso da terra.

A conservação dessas áreas tem ainda importante papel para evitar emissões de gases do efeito estufa, diz a coordenadora do Ipam e uma das autoras do estudo, Ane Alencar. "A destinação destes 15 milhões de hectares para a produção florestal tiraria as terras públicas ainda não destinadas sujeitas à invasão e desmatamento do mercado ilegal de terras, evitando a emissão de cerca de 2 Gton C ou 20% da emissão anual do mundo", afirma.

A sustentabilidade do mercado de florestas nativas, porém, depende também de políticas públicas assertivas e estruturantes, ações para modernizar a indústria relacionada às florestas nativas e captar investidores, além da disponibilização de instrumentos de incentivos econômicos. Outro tema importante é um ajuste da gestão florestal em nível federal que resulte na clareza do papel de cada instituição, e que não tenham vários balcões públicos para o empreendedor atuar na área, afirma Claudia Azevedo-Ramos.
Fonte: Fabiana Vasconcelos/SFB

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Campanha do MMA fala sobre embalagens reutilizáveis

Iniciativa busca sensibilizar o consumidor sobre os impactos ambientais do consumo exagerado de sacos plásticos. Sacola gigante exposta na Rodoviária de Brasília chama atenção do público a caminho de casa, do trabalho ou das compras.

20/12/2011 - Depois de três anos de sensibilização do consumidor a respeito dos impactos ambientais negativos do consumo exagerado de sacolas plásticas, o Ministério do Meio Ambiente lançou nesta segunda-feira (19/12) a segunda fase da campanha "Saco é um Saco", agora falando sobre as alternativas reutilizáveis às sacolinhas. Em parceria com a Abras e a Apas -Associações Brasileira e Paulista de Supermercados - o MMA lança nacionalmente a campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco".

A nova campanha fala da alternativa às sacolas descartáveis: as embalagens reutilizáveis. É reutilizável toda embalagem, recipiente, sacola, caixa, que possa ser utilizada várias vezes - é, portanto, feita de material durável. São sacolas de pano ou plástico resistente, caixas de papelão, engradados plásticos, carrinhos de feira, etc.

"O Ministério entende que a sensibilização dos consumidores sobre a tragédia ambiental causada pelo excesso de sacolas plásticas e seu descarte incorreto foi exitosa. O próximo passo é apresentar soluções para seu dia a dia", coloca Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. "Saem os descartáveis, entram os duráveis. O importante é reutilizar ao máximo, diminuindo a pressão por matéria-prima e a geração de resíduos", completa.

A campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco", iniciada em São Paulo, será levada aos demais estados do País, para mobilizar cidadãos e empresários locais. Mais de 100 municípios paulistas aderiram à campanha, o que abrange 75% da população do estado. O grande benefício da campanha é a preparação da comunidade para a redução da oferta de sacolas plásticas, seja por política interna das redes supermercadistas seja por legislação. Nesta segunda-feira foi a vez de Brasília receber a campanha.

Brasília receberá, a partir do dia 19 de dezembro, uma das sacolas reutilizáveis gigantes que fará parte da intervenção urbana em São Paulo, prevista para janeiro. A sacola, de 5 metros de altura e feita de banners reciclados, ficará exposta na Rodoviária do Plano Piloto por duas semanas, chamando a atenção dos transeuntes a caminho de casa, do trabalhou ou das compras

A ação em Brasília contou com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do DF (SEMARH/DF) que realizará ações educativas e distribuição de sacolas reutilizáveis na Rodoviária e outros pontos da cidade. O DF será o próximo a aderir à campanha Vamos tirar o planeta do sufoco, parceria do MMA, Abras, GDF e Asbra - Associação de Supermercados de Brasília.

A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável da Secretaria do MMA, Laura Valente, distribuiu sacolas reutilizáveis durante o lançamento da campanha na plataforma inferior da Rodoviária. Segundo ela, é preciso mostrar à população alternativas para que as sacolas plásticas não sejam mais utilizadas.

O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF, Eduardo Brandão, juntamente com todos os órgãos do GDF apoiam a campanha. "A campanha tem foco na conscientização e este é o melhor caminho. A utilização das sacolas plásticas é um comportamento cultural e, aos poucos, vamos disseminando que este hábito pode ser substituído. Vemos hoje muito mais pessoas utilizando as embalagens retornáveis ou caixas de papelão. Sinal que a conscientização está chegando, devagarzinho. Precisamos diminuir o uso das sacolas", explica Eduardo.

Ele acrescenta ainda que um dos entraves levantados nos debates de regularização da legislação vigente, na Semarh, tem sido o uso diário das sacolas, como na proteção de lixeiras caseiras, cestos de banheiro e outros usos. "Isso é facilmente resolvido com modos alternativos, basta disseminar estas práticas", conclui o secretário.


 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

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