28/12/2011 - 18h54
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra
do Meio Ambiente Izabella Teixeira disse hoje (28),
em São Paulo, que o governo vai buscar “convergência”
com os deputados federais para fechar um acordo
sobre o Código Florestal. O projeto foi aprovado
pela Câmara em maio. No Senado, ele recebeu
modificações e foi aprovado no último
dia 6. Agora, o projeto será apreciado mais
uma vez para a Câmara dos Deputados.
“Acho que vai existir muita conversa
[com a Câmara dos Deputados], muito diálogo,
muita postura construtiva. Entendo que tem segmentos
que querem mexer [no projeto], mas, do nosso ponto
de vista, o texto tem avanços muito expressivos
se comparado ao texto anterior da Câmara”,
disse a ministra, durante encontro com o maestro
João Carlos Martins, a quem convidou para
compor o tema da Conferência Rio+20, que será
realizado no próximo ano no Rio de Janeiro.
Segundo a ministra, ainda há
pontos do projeto que devem gerar “inquietação”,
tal como o que trata sobre a transparência
na questão envolvendo a regularização
ambiental. “Queremos que o Cadastro Ambiental Rural
seja acompanhado online por todas as pessoas”, disse
a ministra. “Minha disposição é
de dialogar e de manter as APPs [áreas de
preservação permanente], a reserva
legal e tudo o que tivemos no Senado”, completou.
+ Mais
Rio+20 deve discutir redução
da pobreza e da fome e promoção da
economia sustentável, diz ministra
28/12/2011 - 17h33
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, disse hoje (28), que os principais
desafios da Rio+20 vão envolver questões
sobre como reduzir a pobreza e a desigualdade no
mundo, a promoção do desenvolvimento
com bases mais sustentáveis e como coordenar
as políticas públicas do setor. A
Rio+20, conferência da Organização
das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento
sustentável, ocorrerá no Rio de Janeiro
a partir do dia 20 de junho do próximo ano.
“Há uma expectativa muito
grande de que os eventos (da Rio+20) não
permaneçam somente enquanto eventos, mas
tenham um dia seguinte e que aconteçam em
bases que melhorem a qualidade de vida, da infraestrutura
urbana e da vida nas cidades e de cada cidadão
brasileiro”, disse a ministra.
Segundo ela, os “desafios são
enormes”, mas há, “uma sensação
internacional de que é possível sim
explorar esse caminho e termos na conferência
um êxito em relação ao desenvolvimento
sustentável”.
A ministra disse esperar que a
Rio+20 traga resultados e “que o planeta inteiro
assuma objetivos sobre desenvolvimento sustentável,
estabelecendo metas mensuráveis”. De acordo
com Izabella isso está dentro da proposta
que foi apresentada pelo Brasil para a Rio+20. “Esperamos
ser exitosos na questão da governança
e evoluirmos com a proposta de criação
de um Conselho sobre Desenvolvimento Sustentável
nas Nações Unidas”. Segundo ela, atualmente
existe apenas uma comissão, criada em 1992,
que não tem a representatividade de um conselho.
Izabella disse que as propostas
que foram enviadas por vários países
para uma primeira conferência, que vai ocorrer
em janeiro, mostram caminhos convergentes. “É
absolutamente convergente a discussão sobre
inclusão social e sobre a erradicação
de pobreza e da fome”. Outro tema comum, que deve
ser apresentado na Rio+20, é a discussão
sobre geração de energia. “Certamente
as energias renováveis e a inovação
tecnológica são temas estratégicos”.
Hoje a ministra se reuniu com
João Carlos Martins, regente da Orquestra
Bachianas, na casa do maestro, em São Paulo.
No encontro, a ministra solicitou ao maestro para
que ele componha um tema para a conferência
que aborde a “riqueza do planeta e os desafios”.
O maestro disse que o tema está sendo criado
e será inspirado na 6ª Sinfonia de Beethoven.
A ministra também convidou
Martins para fazer parte da equipe brasileira que
está preparando a Rio+20. “Criei uma categoria
que chamei de embaixadores ou amigos da Rio+20 (da
qual o maestro fará parte), que são
pessoas que, por intermédio da cultura, vão
ajudar o governo e a sociedade para desenvolver
o maior encontro de desenvolvimento sustentável
desse século”. O maestro também foi
convidado para fazer a contagem regressiva para
a conferência, que terá início
em 5 de junho, dia mundial do meio ambiente.
O encontro contou também
com a participação de Denise Hamú,
chefe do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil.