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INTEGRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO POPULAR SÃO
NECESSÁRIAS PARA SUCESSO DO ZEE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2011

13/12/2011 - O conceito de Zoneamento Ecológico-Econômico necessita de integração e participação popular para sua continuidade. Essa foi a conclusão do primeiro dia de trabalho do Seminário de Zoneamento Ecológico-Econômico – Base para o desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo, realizado na Secretaria do Meio Ambiente (SMA) nessa segunda-feira, 11.

A mesa de abertura do evento foi composta por Nerea Massini, coordenadora de Planejamento Ambiental da SMA, Cláudio Antonio Gonçalves Egler, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André Lima, assessor jurídico do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Bruno Siqueira Miguel, coordenador do ZEE Brasil do ministério do Meio Ambiente (MMA) e Neli Aparecida de Mello-Théry, professora Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).

Segundo Nerea Massini, a necessidade do corpo técnico da SMA de compartilhar experiências sobre o tema com outros profissionais e pesquisadores resultou neste evento, para aprimorar o desenvolvimento do ZEE e sua implementação em São Paulo.

O ZEE é um instrumento estratégico de planejamento que tem como objetivo integrar de forma justa a gestão territorial, o desenvolvimento econômico do meio, os recursos naturais existentes e a sociedade e suas atividades, sempre sem beneficiar um dos fatores em detrimento do outro. Para isso é necessário traçar mapas e estabelecer atividades permitidas ou não nas zonas desenhadas.

A dificuldade é, no entanto, desenvolver um zoneamento que abranja toda a diversidade existente no país, bem como no estado de São Paulo. “As estratégias têm que fazer jus a diversidade cultural, social, ambiental, política e econômica do território. O ZEE é um instrumento em construção e a troca de experiências é vital para seu aprimoramento”, explica Bruno Miguel.

Para isso, é fundamental que exista uma participação ativa da sociedade na elaboração do instrumento, bem como uma transparência por parte dos gestores municipais e estaduais sobre o desenvolvimento e a implementação do ZEE.

Palestras

O pesquisador e geógrafo Cláudio Antonio Gonçalves Egler abriu a seção de palestras com o tema Ordenamento Territorial e instrumento do ZEE. Egler explicou aos presentes sobre o conceito de Inteligência Territorial que estuda como organizar, ordenar e gerir o território de forma a promover o desenvolvimento sustentável da terra. O conceito abrange quesitos chaves, o conhecimento multidisciplinar, o fortalecimento da coesão territorial e social do espaço, que permite abrigar a diversidade da cultura em sua gestão, a disseminação da informação para a sociedade, atualmente com a ajuda da internet e a promoção da governança do local nos três âmbitos, nacional, estadual e municipal.

Todos os conceitos da Inteligência Territorial servem como ferramentas para promover um zoneamento democrático das terras, envolvendo aspectos técnico-científicos e institucionais. Dessa maneira permite-se que a sociedade beneficie-se dos recursos naturais sem destruir o meio ambiente. “Não se pode ter uma visão somente protetora. É preciso aprender a potencializar o desenvolvimento”, disse Egler.

Resumidamente, o mapa do zoneamento ecológico-econômico é resultado da intersecção entre a carta de vulnerabilidade do território e a carta de potencial econômico e baseia-se num modelo já há muito tempo utilizado na Europa, o TIA - Territorial Impact Assessment (Avaliação de Impacto Territorial, em português).

Os desafios do ZEE no estado de São Paulo são superar a fase de diagnóstico e passar a aplicá-lo na prática, a integração e vinculação com políticas públicas, e a articulação estadual com os municípios, consórcios metropolitanos e comitês de bacias.

As palestras seguiram com André Lima, que explicou as questões jurídicas e institucionais do ZEE, Bruno Siqueira Miguel, que palestrou sobre o Programa ZEE Brasil, e Roberto Ricardo Vizentin, Ana Luiza Coelho Netto, Camila Cunico e Aline Nunes Garcia, que dividiram suas experiências de desenvolvimento e implantação do ZEE em seus estados, respectivamente, Amazônia, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo.

O evento continua com a programação de palestras e debates na terça e quarta-feira, 13 e 14, das 9h às 17h. Na terça-feira, 13, será discutido o Planejamento e Diagnóstico para ZEE, e na quarta-feira, 14, os Prognósticos e subsídios à implantação do ZEE. O encerramento terá a participação do secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas, na quarta-feira, 14.


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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