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REDD+: AVANÇOS E DECEPÇÕES NA PRIMEIRA SEMANA EM DURBAN

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2011

Veja a avaliação da Conservação Internacional sobre o andamento das negociações de REDD+ na COP17

Durban, África do Sul, 06 de dezembro de 2011 — Depois de uma semana de muitas e duras negociações, e a elaboração de textos preliminares sobre os aspectos mais técnicos, a COP17 chega ao meio com um grau moderado de avanço em elementos importantes de REDD+ (Reducing Emissions from Forest Degradation and Deforestation, em inglês).

No final da primeira semana, a Convenção Quadro Clima da ONU (UNFCCC, na sigla em inglês) definiu regras sobre como o REDD+ deve ser implementado, diminuindo a chance de se obter abordagens fragmentárias sob mecanismos discrepantes, o que é um claro avanço. No entanto, as negociações para o estabelecimento de um mecanismo único para REDD+ ainda estão avançando de forma lenta.

Mesmo assim, há esperança de maiores avanços nesta última semana de COP17 em relação aos mecanismos de financiamento, que a Conservação Internacional acredita devam incluir fontes de recursos provenientes do mercado e do setor público, além de outras fontes alternativas para alavancar os US$ 25-35 bilhões ao ano necessários para trazer escala à implementação de ações de REDD+.

“Alguns pessimistas estavam contando com o fracasso da conferência já no primeiro dia, mas isso não aconteceu” afirmou Carlos Manuel Rodriguez, vice-presidente de Política de Conservação da CI e ex-ministro de Meio Ambiente da Costa Rica. “Apesar de termos obtido um avanço modesto nas negociações de REDD+, foi um progresso de qualquer modo. Ainda estamos avançando, e isso significa um feito considerável, dadas as complexidades e a natureza mutante das negociações sobre esse mecanismo.”

Fred Boltz, vice-presidente sênior de Iniciativas Globais da Conservação Internacional eobservador na conferência, acrescenta que “é óbvio que os aspectos mais importantes da negociação ainda devem ser definidos. Pode ser que esta COP17 não chegue a nenhum acordo concreto. No entanto, estamos otimistas de que a vontade política mostrada em Cancun lançou raízes e continuará aqui em Durban, mostrando que o processo de consenso é válido e pode atingir seus objetivos. Não há mais tempo para ficar discutindo em círculos sobre coisas que podem acontecer. Agora é hora de ação.”

Veja abaixo detalhes sobre os principais pontos de negociação de REDD+:

Níveis de referência: negociações em Durban estabeleceram a importância da transparência, assim como a revisão técnica dos processos, para se ter certeza de que os níveis de referência tenham respaldo técnico. Essa decisão é positiva, mantendo o tom definido em Cancun, na COP16, de que a média histórica de emissões deva ser a base para o nível de referência para cada país. As Partes (como são chamados os países participantes das negociações na COP) também concordaram em permitir ajustes em decorrência de “circunstâncias nacionais específicas”, dando oportunidade a países com grandes áreas de cobertura florestal e baixas taxas de desmatamento para participar no REDD+, um bom avanço mas que vai requerer capacidade de monitoramento no futuro.

Salvaguardas: na questão das salvaguardas para a biodiversidade e as comunidades onde projetos REDD forem implementados, as decisões em Durban fizeram pouco avanço em relação ao acordo obtido em Cancun. As Partes concordaram em compartilhar informações em relação às salvaguardas em nível internacional, indicando a necessidade de transparência e consistência para que os doadores de recursos possam ler as informações de forma clara. No entanto, ficou especificado que isso acontecerá apenas de quatro em quatro anos, sem determinar quando acontecerá a primeira troca de informações. Isso significa que a primeira rodada de relatórios pode acontecer apenas dentro de vários anos, deixando uma brecha para que impactos negativos na biodiversidade e na vida das pessoas não sejam relatados em nível internacional por um intervalo de tempo muito grande.

Monitoramento e MRV: Em relação ao monitoramento e mecanismo MRV (Measuring, Reporting and Verification of emissions reductions, na sigla em inglês, as expectativas são bastante baixas em relação à obtenção de progressos neste ano. As Partes mais uma vez adiaram as decisões sobre MRV para o ano que vem, deixando os países que estão implementando projetos de REDD+ sem direcionamento. No entanto, isso é preferível a ter um acordo fraco neste ano sobre o tema. Os países precisam de indicações claras e consistentes sobre MRV o mais rápido possível, e é encorajador que o tema esteja na agenda para o ano que vem.


 

Fonte: Conservação Internacional Brasil
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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