Thaís Alves - Brasília
(29/02/2012) – O Projeto “Estudo Espeleológico
das cavidades subterrâneas areníticas
do município de Ponta Grossa, Campos
Gerais do Paraná”
foi aprovado em edital da Fundação
Grupo Boticário de Proteção
à Natureza.
Desenvolvido pelo Grupo de Pesquisas Espeleológicas
(Gupe) da Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG), a pesquisa será na área
do Parque Nacional dos Campos Gerais, unidade
de conservação sob gestão
do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio).
Proposto em agosto de 2011, o projeto vai
viabilizar um estudo detalhado das cavidades
subterrâneas em rochas areníticas
no município de Ponta Grossa.
Segundo Marcio Ricardo Ferla, chefe do Parque
Nacional dos Campos Gerais, a pesquisa foi
autorizada pelo Sisbio (Sistema de Informação
da Biodiversidade), do Instituto Chico Mendes,
e terá todo o apoio logístico
da unidade.
A pesquisa visa a ressaltar as características
físicas, elementos bióticos
(animais, plantas, microoorganismos) e abióticos
(rocha, espeleotemas, solo) e o potencial
geoturístico desses ambientes.
Com a aprovação do projeto pela
Fundação Grupo Boticário,
o Gupe terá recursos para trabalhos
de campo e exploração e levantamentos
espeleológicos gerais, bem como para
compra de equipamentos específicos,
usados nos estudos em cavernas.
+ Mais
Instituto aprova 11 novos
planos de ação nacional
Brasília (24/02/2012)
– O Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) publicou na quarta-feira
(22), 11 portarias que voltadas para os Planos
de Ação Nacional (PAN), sendo
10 para a fauna ameaçada e um para
a flora ameaçada.
O exemplo a ser seguido, fruto destes 11 planos
de ação, é que há
diferentes formas de se fazer o efetivo planejamento
estratégico para a conservação
– os planos de ação - agregando
diferentes abordagens, tomando como referência
desde bacias hidrográficas (PAN Mogi-Pardo-Grande
e PAN Xingu), biomas ameaçados como
a Caatinga (PAN Aves da Caatinga e PAN Arara
Azul de lear), ambientes especiais e ameaçados
como o Patrimônio Espeleológico
(PAN Cavernas do São Francisco), a
Mata Atlântica, os Pampas e ecossistemas
peculiares (PAN Herpetofauna do Sul do Brasil,
PAN Passeriformes dos Campos Sulinos e Espinilho),
mosaico de paisagens, como a Cordilheira do
Espinhaço (Herpetofauna da Serra do
Espinhaço) até espécies
emblemáticas que só habitam
o cativeiro e necessitam de diretrizes e ações
buscando a conservação in situ
(PAN Ararinha azul, PAN Mutum-do-Alagoas).
Outra lição apreendida em todos
estes 11 planos foi a possibilidade de se
conjugar esforços e potencializar ações
já desenvolvidas por parceiros externos
internacionais e nacionais como, por exemplo,
no PAN Albatrozes e Petréis (PLANACAP).
Para a coordenadora substituta de Manejo para
a Conservação, Fátima
Pires de Almeida Oliveira, estes 11 planos
e todos aprovados, desde 2010, representam,
de fato, uma experiência de sucesso,
graças à liderança dos
centros de pesquisa do ICMBIO (CECAT, CECAV,
CEMAVE, CMA, CENAP, CEPAM CEPTA,CPB, RAN e
TAMAR) que alavancaram uma sólida parceria
com a sociedade civil e órgãos
do Governo nas esferas federais, estaduais
e municipais, envolvendo, para os 10 planos
da fauna, mais de 200 parceiros externos,
focados no alcance dos 96 objetivos específicos
e 688 ações programados nos
PAN visando a recuperação e
conservação das populações
de espécies ameaçadas nas áreas
estratégicas indicadas pelos quase
400.