24/02/2012 - As cidades
de Cotia, Osasco, Taboão da Serra,
Embu e São Paulo já podem contar
com uma nova área de lazer. É
o Parque Urbano de Conservação
Ambiental e Lazer da
Fazenda Tizo (Terras Institucionais da Zona
Oeste). A cerimônia para implantação
do Parque Tizo, como é chamado, foi
realizada nessa sexta-feira, 24, e contou
com a presença do governador Geraldo
Alckmin e dos secretários de Estado
do Meio Ambiente, Bruno Covas, e da Habitação,
Silvio Torres, do Desenvolvimento Metropolitano,
Edson Aparecido, do presidente do Conselho
de Orientação, Paulo Nogueira-Neto,
além de lideranças políticas
locais.
No evento, o governador
assinou documento que autoriza a contratação
das obras do parque e fez, junto com Bruno
Covas, Silvio Torres e Edson Aparecido, o
plantio de uma muda nativa, Jequitibá-branco,
simbolizando o início das ações.
O projeto executivo foi elaborado pela CDHU,
que será responsável pela licitação
e execução das obras.
"Será uma área
de uso comum da população, de
lazer, de contato com a natureza. Não
tenho dúvida de que será um
point aqui da Região Metropolitana
de São Paulo. À beira do Rodoanel,
uma área muito bonita, preservada,
de educação e de convívio,
aqui da comunidade", descreveu o governador.
Criado pelo Decreto Estadual
nº 50.597, de 27/03/2006, o Parque Tizo
é voltado à preservação
da floresta, pesquisa, sustentabilidade e
educação ambiental. Com 1,3
milhão m² de remanescentes da
Mata Atlântica, o Parque tem áreas
em São Paulo, Osasco e Cotia e está
bem próximo de Embu e Taboão
da Serra, integrando a Reserva da Biosfera
do Cinturão Verde de São Paulo.
Abriga também espécies de fauna
e flora ameaçadas de extinção.
A área pertence à CDHU e, após
as obras, será transferida para a Secretaria
do Meio Ambiente, que administrará
o Parque.
Para o secretário
Bruno Covas, “o início das obras do
Parque Tizo é importante para a comunidade,
pois dará mais oportunidade de lazer,
além de abrigar projetos de educação
ambiental e despertar na população
a consciência de proteção
e preservação do meio ambiente”.
O secretário Silvio
Torres disse que o dia era de festa, “pois
a região terá em breve um dos
melhores parques para beneficiar a população
local. O parque contribuirá para a
conversação de uma porção
remanescente de Mata Atlântica, a exemplo
do que hoje é desenvolvido na Serra
do Mar, em Cubatão, em outra ação
conjunta entre a Habitação e
o Meio Ambiente”.
Investimentos
Os investimentos para implantação
do Parque são de cerca de R$ 34 milhões.
O Governo do Estado de São Paulo já
investiu R$ 6,1 milhões, por meio de
parceria entre Secretaria de Estado do Meio
Ambiente – SMA e Secretaria de Habitação,
via CDHU. Com isso, foi possível a
preservação da área,
construção de gradis e muros
de cercamento, a contratação
de levantamentos topográficos e de
projetos executivos, a realização
de trabalho social, a aquisição
de equipamentos e a capacitação
de vigilantes pela Polícia Ambiental.
Serão investidos
mais R$ 28 milhões, destinados à
execução de terraplenagem; implantação
de redes internas de água e de energia,
tratamento local de esgoto, caminhos de piso
intertravado, cerca de 3 mil m² de passarelas
suspensas em madeira de reflorestamento, mirante,
três portarias, centro de educação
ambiental, parque infantil, anfiteatro ao
ar livre, lanchonete, administração,
centro administrativo do viveiro, viveiro
com galpões e área de produção
de mudas, estacionamento e Praça do
Encontro. Esses recursos são provenientes
da SMA e serão repassados à
CDHU.
Conceitos sustentáveis
O Parque será construído
com ênfase na sustentabilidade, buscando
menor impacto possível das obras. Serão
construídas instalações
apenas nas áreas já alteradas.
As construções terão
estrutura de madeira de reflorestamento pré-fabricada,
inclusive para minimizar os impactos no canteiro
de obras. Está prevista a reserva de
águas pluviais, uso eficiente de energia
e água, reuso de água em algumas
edificações, aproveitamento
de energia eólica e solar, sistema
de tratamento local de efluentes onde não
há rede pública de coleta, uso
de materiais certificados e renováveis,
aproveitamento de condições
naturais locais para iluminação
e ventilação com qualidade ambiental
interna e externa do edifício, acessibilidade
a todas as pessoas. A terraplenagem será
realizada por compensação de
corte e aterro para melhor conformação
dos platôs e o tratamento paisagístico
irá torná-los mais agradáveis,
minimizando os impactos dos ruídos
do trânsito do Rodoanel, que corta a
área do Parque.
Recuperação
ambiental
Dez mil mudas de espécies
nativas foram plantadas. O projeto prevê
ainda o plantio de outras duas mil. O plantio
e a manutenção por um período
de dois anos são provenientes de TCRA
(Termo de Compromisso de Recuperação
Ambiental) de obras do trecho oeste do Rodoanel.
Participação
popular
O parque contou com a participação
da comunidade em diversos momentos, como na
mobilização para sua criação,
na elaboração do Plano Diretor
em reuniões de projeto participativo
e na gestão, por meio do Conselho de
Orientação. O Conselho é
integrado por representantes do Governo do
Estado, Prefeituras e da sociedade civil (associação
de moradores e organizações
ambientalistas das cidades). O presidente
do conselho é o professor Paulo Nogueira-Neto.
Texto: Assessoria de Imprensa - SMA Fotografia:
José Jorge