João Pessoa (01/02/2012)
– As equipes de fiscalização
da Superintendência do Ibama na Paraíba
apreenderam e devolveram aos manguezais do
litoral do estado 2268 caranguejos-uçá
durante os dois períodos reprodutivos
do crustáceo, conhecidos como andada,
no mês de janeiro, quando ficaram proibidas
a captura, o armazenamento, o transporte,
o beneficiamento e a comercialização
do animal. Neste ano, haverá mais quatro
períodos de proteção
à reprodução da espécie,
dos dias 8 a 13 e 22 a 27 de fevereiro, e
dos dias 9 a 14 e 23 a 28 de março.
Durante a operação Uçá,
foram fiscalizadas dezenas de estabelecimentos,
que declararam estoques, percorridos pontos
de comércio de caranguejo-uçá
em todo o litoral da Paraíba e os mangues,
habitat dos animais. Menores foram flagrados
capturando os animais em uma unidade de conservação
no período da andada, utilizando redinha,
técnica que é proibida. Os caranguejos-uçá
capturados foram devolvidos ao mangue.
A captura e o comércio do caranguejo-uçá
são atividades de grande importância
econômica e fonte de sustento de milhares
de pessoas no litoral. O respeito aos períodos
de reprodução do animal é
essencial à manutenção
das populações de caranguejos
e do meio de sustento de muitas famílias
nas regiões de manguezais do estado.
As pessoas físicas e jurídicas
que atuam na cadeia produtiva do caranguejo-uçá
devem declarar os estoques que possuírem
ao Ibama na véspera de cada período
de proibição. Os estabelecimentos
ou pessoas flagrados desrespeitando o período
da andada ou deixando de declarar estoque
estarão sujeitos à apreensão
dos caranguejos e a multa que varia de R$
700,00 a R$ 100 mil, acrescida de R$ 20,00
por quilo do animal apreendido, além
de responderem por crime ambiental na justiça.
Christian Dietrich
Supes/Ibama/PB
Fotos: Ariosto Rios
+ Mais
Ceclimar informa que ainda
não recebeu nenhum animal afetado por
óleo derramado no litoral gaúcho
Porto Alegre (01/02/2012)
– Na terça-feira (31/01), os técnicos
do Ibama estiveram novamente no litoral, vistoriando
o local atingido pelo óleo e levantando
informações sobre o equipamento
que teria causado o acidente: uma válvula
de segurança breackaway, apreendida
pela Polícia Federal para a realização
de perícia após o derramamento
de óleo ocorrido na quinta-feira (26).
Em documento oficial enviado também
ontem (31) à Superintendência
do Ibama no Rio Grande do Sul, o Centro de
Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos
(Ceclimar), da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, informa que o Centro de Reabilitação
não recebeu nenhum espécime
afetado por óleo até às
16h30 daquela data.
Segundo o biólogo e coordenador do
Centro de Reabilitação, Maurício
Tavares, entre o dia 26 e 31/01, o centro
recebeu três animais mortos: uma toninha
(Pontoporia blainvillei), um talhamar (Rhyncops
niger) e uma corvina (Micropogonias furnieri).
Nenhuma das espécimes apresentava qualquer
evidência externa de contaminação
por óleo. Ainda segundo o comunicado,
a toninha apresentava “marcas externas condizentes
com emalhe em rede de pesca, fato este muito
comum no litoral gaúcho ao longo de
todo o ano”.
Maria Helena Firmbach Annes