29/02/2012 - Em pronunciamento
nesta quarta-feira (29/02) na Comissão
de Meio Ambiente do Senado, a ministra do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu
a posição brasileira na Conferência
das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável,
que acontece em junho na cidade do Rio de
Janeiro. Para ela, a crise econômica
mundial não deve afetar o debate sobre
a inclusão com sustentabilidade na
Rio+20.
Segundo ela, o Governo trabalha
para que o encontro seja uma conferência
de cúpula, que reúna um número
expressivo de líderes mundiais. Disse
que a presidente Dilma Rousseff está
pessoalmente empenhada em assegurar o sucesso
do encontro. Além disso, salientou
que "vamos reunir no Brasil lideranças
de vários segmentos da sociedade em
todo o mundo, e não só líderes
de governos", salientou.
A ministra lembrou que a
Rio+20 não será uma conferência
temática sobre meio ambiente, mas que
abordará principalmente questões
ligadas ao desenvolvimento. "Nosso desafio
é trazer a questão ambiental
para o centro das discussões sobre
as estratégias de desenvolvimento dos
países", lembrou. Ela acredita
que o encontro será um marco para a
discussão de um novo modelo econômico,
com preservação ambiental, sustentabilidade
e inclusão social e vai contribuir
para fortalecer o protagonismo brasileiro
nas questões ambientais.
A expectativa do governo
brasileiro é de que as lideranças
reunidas possam encontrar pontos de convergência,
respeitando as diferenças e o estágio
de desenvolvimento de cada um dos países
participantes. Para Izabella, como nenhum
país do mundo aceitaria abrir mão
do crescimento econômico, o que se espera
é que a Rio+20 possa definir compromissos
multilaterais fortes rumo à economia
verde e o desenvolvimento com inclusão
social adaptados às diferentes realidades.
As mudanças econômicas,
os programas sociais e modelo de geração
de energia limpa do país serão
destacados na Conferência. "Temos
que valorizar os nossos esforços",
defendeu Izabella, lembrando que o Brasil
é o único país no mundo
com mais de 75% de sua matriz energética
limpa. Lembrou que desde a realização
da Rio-92, o país foi um dos que mais
avançou rumo a sustentabilidade. "A
economia verde para nós já é
uma realidade", destacou. A relevância
e reconhecimento internacional conquistado
pelo Brasil nas questões ambientais
foram destacados pela ministra. Segundo ela,
esse papel terá peso nas negociações
da Conferência. "Queremos debater
a economia verde, mas com inclusão
social e busca da erradicação
da pobreza", concluiu.
+ Mais
Inpe divulga alerta de desmatamento
do último bimestre de 2011
02/02/2012 - O Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou
nesta quinta-feira (02/02) os dados do Sistema
de Detecção do Desmatamento
em Tempo Real na Amazônia (Deter) relacionados
aos meses de novembro e dezembro de 2011.
Foram identificados 133km²
de alertas de corte raso e degradação
florestal no mês de novembro e 74,6km2
em dezembro.
As nuvens cobriram 47% do
território da Amazônia Legal
em novembro e 44% em dezembro. Em geral, no
período de outubro a março,
época das chuvas na região,
ocorre menos desmatamento. De acordo com o
diretor de Políticas para o Combate
ao Desmatamento do MMA, Mauro Pires, não
é possível comparar os dados
atuais aos do período de 2010 devido
ao quantitativo de nuvem captado pelo satélite
na época, de 74%.
Os alertas do Sistema Deter
são instrumentos para auxiliar a fiscalização
do Ibama na maior floresta tropical do planeta.
O Ministério e o Ibama reafirmam que
todo o esforço será feito para
continuar perseguindo as metas de redução
do desmatamento, como vêm fazendo ao
longo dos últimos anos.