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ANA DEFENDE CRIAÇÃO DE CONSELHO PARA ÁGUA NA ONU

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2012

14/03/2012 - Nesta quarta-feira, 14, segundo dia do 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, a Agência Nacional de Águas defendeu a criação de um Conselho de Desenvolvimento Sustentável que inclua o tema Recursos Hídricos. Atualmente, cerca de 28 agências ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU) lidam com água, mas não é o foco de trabalho de nenhuma delas. De acordo com o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, que participou do painel “Governança Global da Água”, os desafios futuros para a água, inclusive a governança internacional, serão discutidos na Rio+20.

O Pavilhão Brasil no 6º Fórum Mundial da Água terá 26 eventos durante esta semana, todos organizados pelas 40 instituições brasileiras que integram o Conselho Mundial da Água, das quais a Secretaria do Meio Ambiente faz parte.

Segundo Andreu, o rascunho zero do documento final da Rio+20 trata do tema água de forma insuficiente. O documento inclui três temas: água como direto humano, água de reuso e gestão integrada. Para o governo brasileiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável deveria tratar da constituição de uma aliança para a gestão global da água. Essa sugestão era parte da proposta enviada pelo governo brasileiro, mas não foi incluída no texto preliminar da Rio+20.

Atualmente, quatro possibilidades estão sendo estudadas em temos de governança global da água no âmbito da Rio+20: a criação de um organismo próprio, inserir a água no contexto social da ONU, o fortalecimento do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) ou tratar os temas água e clima conjuntamente. Na segunda-feira, durante a abertura do 6º Fórum, o primeiro ministro da França, François Fillon, propôs a criação de uma Organização Mundial para o Meio Ambiente. "Por que ter uma Organização Mundial para o Comércio e não ter uma para o Meio Ambiente", questionou.

A Rio+20 será realizada entre os dias 20 e 22 de junho. Antes disso, de 16 a 18 do mesmo mês. O governo brasileiro promove os “Diálogos Sustentáveis” com nove temas, aguados quais um é água.. “Estamos sugerindo que essa sessão seja conduzida pelo Conselho Mundial da Água, mas, para isso, o Conselho precisa levar uma contribuição objetiva para o debate sobre governança mundial da água”, disse Andreu.

Também participaram do painel sobre Governança Global da Água Michael Jarraud, secretário geral da Organização Meteorológica Mundial; Francisco Nunes Correia, da Portuguese Water Partnership; Wim Kuiken, especialista do Delta da Holanda e Alistair Rieu Clarke, da Universidade de Dundee (Centro Unesco para a Água).

Os especialistas apontaram as necessidades de coordenação institucional, em nível mundial, para gerenciar a água, mas também os desafios para alcançar uma coordenação efetiva, como a falta de arcabouços jurídicos nacionais e internacionais e problemas relacionados à soberania dos países.

Um dos exemplos citados pelos palestrantes para ilustrar a dificuldade de construir consensos mundiais em torno do tema água foi a demora para fazer entrar em vigor uma convenção adotada pela ONU em 1997 que trata de rios transfronteiriços, já que apenas 16 dos 35 países signatários ratificaram o documento em seus países.
Texto: Cláudia Dianni - Agência Nacional de Águas - ANA

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SMA recebe treinamento sobre nova ferramenta de medição de carbono

13/03/2012 - A Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN) recebeu o professor e consultor Martial Bernoux para um curso sobre a mais nova ferramenta de medição de carbono, a EX-ACT (Ex-Ante Carbon Balance Tool). Entre os dias 5 e 8 de março, Bernoux esteve na Secretaria do Meio Ambiente (SMA) para realizar um treinamento dos mecanismos da EX-ACT com técnicos da CBRN e Cetesb.

Também participaram do treinamento pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), representantes do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro – RIO RURAL, técnicos da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC), especialistas da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), e representantes das ONGs The Nature Conservancy (TNC) e Conservation International (CI), entre outros.

A ferramenta fornece estimativas ex-ante do impacto de projetos de desenvolvimento agrícola e florestais nas emissões dos Gases do Efeito Estufa (GEE) e no sequestro de carbono, mostrando os seus efeitos. Seu foco principal é a agricultura, já que a atividade contribui com 14% do total das emissões de GEE no mundo, mas pode ser utilizada no desenvolvimento de florestas e projetos que consomem ou liberam carbono.

A EX-ACT vai ajudar tomadores de decisões na implementação e avaliação de projetos que envolvem compensação e mitigação de carbono. Para a SMA a utilização da ferramenta vai colaborar com as metas da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), que firma o ano de 2020 como data limite para diminuir as emissões de GEE. A PEMC estabelece uma redução de 20% de emissão dos gases, comparados com o que era emitido em 2005.

“A ferramenta é teoricamente simples, mas completa. Diferentemente de outras já existentes, ela engloba diversas atividades”, explica Bernoux. Ela também pode ser utilizada em projetos já em progresso, ou até finalizados “Mesmo que exista um erro na estimativa das emissões e sequestros nos projetos, é importante quantificar o beneficio ou as perdas para que seja possível compensá-las”, complementa.

Bernoux é um dos pesquisadores que desenvolveu a ferramenta, que é livre e está disponível para download no site da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e recentemente ganhou uma versão em português. Ela foi desenvolvida conjuntamente pelas três divisões da FAO (Food and Agriculture Organization), a Divisão de apoio no desenvolvimento de políticas e programas (TCS), a Divisão de Centro de Investimento (TCI) e Divisão da economia do desenvolvimento agrícola (ESA].

No Brasil, a ferramenta já foi utilizada nos estados de Rio de Janeiro e Santa Catarina, e o estado de São Paulo analisa a sua implementação.
Texto: Ivi Piotto


 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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